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O que é crise da Biodiversidade e como ela afeta o ser humano?

Por:   •  8/4/2016  •  Relatório de pesquisa  •  1.325 Palavras (6 Páginas)  •  347 Visualizações

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UFSB – Campus Sosígenes Costa

Quadrimestre 2015.3

Ecologia de Ecossistemas e Biodiversidade

Carlos Hackradt, Cristiana Costa

Mateus Alexander, Victor Leon, Vinícius de Alencar Freire

O que é a crise da Biodiversidade e como ela afeta o ser humano? 

Definindo de uma forma rasa, biodiversidade ou diversidade biológica é o conjunto de todos os seres vivos do planeta, é a variedade e a riqueza da vida na Terra. A biodiversidade é importante porque pode dar pistas da evolução da vida, garante o bem-estar e o equilíbrio da biosfera e ajuda na subsistência do ser humano. Dos duzentos países existentes, dezessete possuem uma riqueza biológica invejável, nesses países está concentrada 70% de toda biodiversidade do mundo, esses países são chamados de megadiversos e estão localizados nos trópicos, os países são: África do Sul, Austrália, Brasil, China, Colômbia, Equador, Estados Unidos, Filipinas, Índia, Indonésia, Madagascar, Malásia, México, Papua-Nova Guiné, Pero, República Democrática do Congo e Venezuela (CONSERVAÇÃO, 2011).

Devido a fatos atuais ocorrentes no cenário mundial, vemos e sentimos os impactos antrópicos no meio ambiente, causando mal estar tanto aos seres humanos quanto as demais espécies que possuem seu habitat em locais que sofrem com as alterações. O impacto causado pelo ser humano para favorecimentos sociais e econômicos em locais de grande diversidade ecológica, tem causado a extinção massiva de diversas espécies. Há locais que possuem espécies contidas apenas naquela região, qual o nome dado a essas espécies? E caso possuam várias? É o que será visto a seguir.

Há locais considerados ricos por possuírem espécies que são encontrados apenas naquela região, essas são consideradas espécies endêmicas. Essas espécies, se encontram unicamente naquela região devido a condições que favoreçam sua reprodução no habitat, dificuldade de migração a outros locais por fatores como clima, predação e outros. Por não possuírem uma variabilidade de habitat, essas espécies são mais susceptíveis à extinção. Quando há uma concentração de diversas espécies endêmicas na região, é nomeado endemismo. Locais com elevadas quantidades de espécies endêmicas possuem alto nível de endemismo.

Myers (2000 apud Ricklefs, 2010) com um grupo de colegas identificou pontos críticos de locais com alto nível de endemismo, esses pontos críticos são chamados de hotspots de biodiversidade. Os locais identificados como hotspots de biodiversidade são priorizados para que se obtenha maior ênfase em sua conservação. Desses hotspots, dois estão contidos no Brasil, são os biomas mata atlântica e cerrado.

Um caso que serve de exemplo de ameaça as espécies endêmicas de um local do hotspot, o cerrado, ocorreu no desastre do rompimento da barragem na cidade de Mariana MG, que afetou. Segundo a Correio Brasiliense (2015), um grupo de moradores e outros mobilizadores realizaram a operação “Arca de Noé” buscando prevenir as espécies endêmicas e outras que correm risco de extinção de desaparecerem.

A ênfase aos hotspots de biodiversidade faz com que políticas sejam tomadas a favor de prevenir espécies e garantir o equilíbrio dinâmico do ecossistema local. O alto nível de endemismo em locais de constantes ameaças se não cuidadas em combate a ação antrópica pode afetar os seres humanos em termos culturais, medicinais, educacionais e outros.

Segundo a Avaliação Ecossistêmica do Milênio, o número de espécies na Terra está em declínio, nos últimos séculos, a taxa de extinção de espécies pelo homem aumentou cerca de 1.000 vezes em comparação a taxas históricas do planeta. Entre 10 e 30% das espécies de mamíferos, aves e anfíbios encontram-se atualmente ameaçadas de extinção. Em geral, os habitats de água doce tendem a apresentar a maior proporção de espécies ameaçadas de extinção por causa do grande teor de poluição, assoreamento e má gestão dos rios.

A vida marinha esteve por demasiado tempo totalmente exposta à exploração por parte de quem possuísse meios para o fazer. Os rápidos avanços tecnológicos implicaram que, atualmente, a capacidade, o alcance e a potência das embarcações e do equipamento usados para explorar a vida marinha exceda de longe a capacidade da natureza de a preservar. A vida nos oceanos possui um incrível conjunto de formas e dimensões – desde o plâncton microscópico até à maior das grandes baleias. A perda de biodiversidade é uma crise silenciosa. Se não interrompida, levará à homogeneização biótica do planeta.

As evidências dessa crise manifestam-se no declínio das populações biológicas e na ameaça de extinção de espécies, na perda de diversidade genética entre as espécies aquáticas, na degradação dos ecossistemas associados como manguezais e restingas e extensa perda de hábitats de espécies endêmicas. Impactos antrópicos como aquecimento global e acidificação dos oceanos, tornou-se uma ameaça a biodiversidade nesse bioma. O aquecimento global aliado com a acidificação dos oceanos, tem dizimado recifes de corais em torno do mundo, acredita-se que até 2100 não haverá mais recifes nos oceanos. A pesca predatória é um fator preponderante na redução da biodiversidade de peixes no oceano. Estima-se que a população mundial desses animais tenha sido reduzida a apenas 10% do que era no início da década de 1970. De lá para cá, a atividade pesqueira em escala industrial já provocou, nas contas da organização americana Save the Seas, uma redução superior a 90% nos estoques comerciais em todo o mundo. Segundo Jeffrey Hutchings, professor de Biologia da Universidade de Dalhousie, quase 100 espécies de peixe revelaram, por exemplo, que populações de espécies marinhas reduzidas em mais de 60% podem nunca mais se recuperar, porém enquanto a exploração predatória é identificada como a maior ameaça para a biodiversidade do oceano, o estudo mostra que as mudanças climáticas estão causando mudanças mais rápidas que em qualquer outro período em milhões de anos. Entretanto, a poluição dos oceanos como vazamento de petróleo, resíduos químicos e lixo em geral, tem exterminado espécies endêmicas. Portanto, a crise da biodiversidade nos oceanos, tornou-se constante devido ações antrópicas. Existe doenças e fatores naturais que levam o declínio de algumas espécies, mas ao nível dos últimos anos, em toda história do planeta houve uma mudança brusca do clima e de crise genética no planeta.

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