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PLANTAS MEDICINAIS: CONHECIMENTO EMPÍRICO E SABERES FITOTERÁPICOS NA PERSPECTIVA DA COMUNIDADE NOVA ESPERANÇA - ASSÚ/RN1

Por:   •  15/4/2021  •  Artigo  •  2.520 Palavras (11 Páginas)  •  293 Visualizações

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PLANTAS MEDICINAIS: CONHECIMENTO EMPÍRICO E SABERES FITOTERÁPICOS NA PERSPECTIVA DA COMUNIDADE NOVA ESPERANÇA - ASSÚ/RN1

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RESUMO: O uso de plantas medicinais é uma prática comum desde as civilizações primitivas, e que foi propagada por meio do conhecimento empírico na sociedade com a finalidade de curar doenças. O principal objetivo desse estudo foi realizar um levantamento de fitoterápicos utilizados pela comunidade Nova Esperança em Assú/RN para sintetizar as pesquisas produzidas na análise das plantas medicinais a partir de uma revisão bibliográfica verificando se o conhecimento e o uso popular dessas plantas condiziam com o que o âmbito científico afirmava. Para tanto, foi aplicado um questionário direcionado a uma amostra de


moradores dessa região abordando ervas mais conhecidas, obtenção, forma de preparo e utilização. De acordo com os resultados obtidos na pesquisa, hortelã-verde, capim-santo e arruda foram relatadas com mais frequência no quesito consumo. Verificou-se que a maioria dos entrevistados utilizam espécies semelhantes para tratar dores, gripe, doenças renais, má digestão, entre outros, e nas mesmas formas de preparo como: chás e lambedor. Conclui-se que várias plantas utilizadas pelos moradores da comunidade possuem resposta terapêutica com respalde científico.

Palavras–chave: Plantas medicinais; hortelã-verde; capim-santo; arruda; fitoterápicos.

MEDICINAL PLANTS: EMPIRICAL KNOWLEDGE AND FITOTERÁPICOS KNOWS IN THE PERSPECTIVE OF THE COMMUNITY NOVA ESPERANÇA - ASSÚ/RN

ABSTRACT: The use of medicinal plants has been common practice since primitive civilizations, and has been propagated through empirical knowledge in society for the purpose of curing diseases. The main objective of this study was to perform a survey of herbal medicines used by the Nova Esperança community in Assú / RN to synthesize the researches produced in the analysis of medicinal plants from a bibliographical review verifying if the knowledge and the popular use of these plants were compatible with what the scientific field affirmed. For this purpose, a questionnaire


directed to a sample of residents of this region was applied, addressing the most known herbs, obtaining, preparation and use. According to the results obtained in the research, green peppermint, holygrass and ruegrass were reported more frequently in consumption. It was verified that the majority of the interviewees use similar species to treat pains, flu, renal diseases, bad digestion, among others, and in the same forms of preparation as: teas and licker. It is concluded that several plants used by the residents of the community have therapeutic response with scientific support.

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Keywords: Medicinal plants; “hortelã-verde”; “capim-santo”; “arruda”; herbal remedies.

INTRODUÇÃO

O Brasil tem uma das mais ricas diversidades culturais e éticas, fruto de informações transmitidas por longas gerações. Dentro de todo esse conhecimento, estão inseridas as plantas medicinais que, com as diferentes formas de manejo, perpassam por grandes eixos habitacionais (BRASIL, 2006). Desse modo, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) as plantas medicinais seriam espécies vegetais das quais produtos de cunho medicinal poderiam ser colhidos e usados nos seres humanos como medicação. Análogo a isso, Almeida (2000) afirma que essa prática é perpetuada há vários séculos e está presente desde a habitação dos índios e africanos, com influência também da cultura europeia com a vinda dos colonizadores.

E, mesmo abrigando uma das floras mais bem vistas no mundo, quase que majoritariamente toda diversidade (99,6%) dessas, não são conhecidas e nem estudadas (GOTTLIEB et al., 1996). Conforme Soares et al. (2006), é por isso que há dificuldade por parte dos médicos recomendarem tais medicações, haja vista a falta de avaliação da qualidade e eficiência terapêutica. Vale ressaltar ainda, que em muitos dos casos, as plantas medicinais são as únicas medidas terapêuticas para diversos grupos éticos e comunidades, o que reverbera a necessidade de mais estudos acerca do tema. (TRESVENZOL et al, 2006). Porém, para tanto, é necessário que haja uma constância da propagação de plantas medicinais, pois, de acordo com Silva et al. (2011) elas assumem a função de auxiliar nos tratamentos de patologias e ainda contribui para a permanência da cultura popular. Outrossim, ainda pode apresentar outros benefícios, tais como: mínimos impactos à natureza; e menor subordinação a produtos externos.

Em contrapartida, dentro da perspectiva local, Pereira (2005) informa que existe uma grande variedade de espécies na Caatinga, as quais são usadas para as mais variadas finalidades terapêuticas. Nesse sentido, a pesquisa em questão citará seis espécies, das quais apenas três serão estudadas mais a fundo, devido ao peso dessas diante das informações coletadas. São elas: hortelã-verde, capim santo e arruda. Tomando isso como base, a hortelã- verde (Mentha spicata) (Figura 1), como é mais popularmente conhecida, é originária da Ásia e pertence à família Lamiaceae, sendo uma herbácea cultivada no mundo inteiro. Já a Cymbopogon citratus (Figura 2), espécie de nome popular capim-santo ou capim-limão, de acordo com Dubey (1997) é originária da Índia, e usada principalmente como chá. O capim-santo é cultivado principalmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil e em quase todos os países com

clima tropical. Por último, a espécie Ruta graveolens (Figura 3), que é mais popularmente chamada de arruda, e tem origem no Sul da Europa e Mediterrâneo. O nome do gênero Ruta deriva do grego – Rute – e quando traduzido para o português significa o salvador, que está indicando suas propriedades terapêuticas. (RODRIGUES, 2001).

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Figura 1: Hortelã-verde Fonte: Cura Natural


Figura 2: Capim-santo Fonte: eCycle


Figura 3: Arruda Fonte: Óleos Essenciais

Por isso, o presente trabalho visa pesquisar quais as principais plantas medicinais mais usadas pelos moradores da comunidade Nova Esperança em Assú no Rio Grande do Norte, e a partir disso comparar por meio de embasamento científico as informações cedidas pelas pessoas participantes acerca das espécies citadas e constatar, de fato, se há ou não comprovação para o que o conhecimento popular propõe.

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