Processos De Enfermagem
Artigos Científicos: Processos De Enfermagem. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: uannya • 23/11/2014 • 1.550 Palavras (7 Páginas) • 492 Visualizações
Sobre o Processo de Enfermagem
O Processo de Enfermagem é um instrumento metodológico que orienta o cuidado profissional de Enfermagem. Indica um trabalho profissional específico que desencadeia uma série de ações dinâmicas e inter-relacionadas para a sua realização, ou seja, indica a adoção de um determinado método ou modo de fazer (Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE) se tornado assim um sistema de valores e aplicação de conhecimento técnico-científico da área. O Processo de Enfermagem pode ser definido como:
1) um instrumento de que lançamos mão para favorecer o cuidado, para organizar as condições necessárias à realização do cuidado e para documentar a prática profissional; ou
2) um modelo metodológico que nos possibilita identificar, compreender, descrever, explicar as necessidades humanas de indivíduos, famílias e coletividades, em face de problemas de saúde, reais ou potenciais.Esse conjunto de conhecimentos adquiridos durante a realização do Processo de Enfermagem possibilita uma justificativa para a tomada de decisões, julgamentos e ações. A SAE ou PE é constituído de cinco etapas: Histórico de Enfermagem – HE, Diagnostico de Enfermagem – DE, Implementação de Enfermagem IE, e Avaliação de Enfermagem, ou Evolução de Enfermagem EE.
1ª Etapa do Processo de Enfermagem: Histórico de Enfermagem – HE
Começou em 1965 no Programa de fundamentos de Enfermagem da escola de Enfermagem da USP. Em 1967 em reunião do corpo docente da cadeira de Fundamentos da Enfermagem, como, o que era feito, era a história da enfermagem do paciente, surgiu o nome “Histórico de Enfermagem”. Constituído por entrevista e exame físico.
A. A Entrevista - investiga a situação de bem-estar ou doença do cliente ou comunidade, identificando os problemas e necessidades relacionados com as intervenções de Enfermagem. A entrevista é um diálogo entre o paciente e a Enfermagem e envolve a direção sensível da conversa por parte do profissional, a fim de obter informações. A abordagem do enfermeiro ao paciente determinará, em grande parte, a quantidade e a qualidade de informações que são colhidas. Alcançar uma relação de confiança e respeito mútuos requer a capacidade de comunicar e um interesse sincero pela pessoa. Para realizar uma boa entrevista de enfermagem é necessária uma boa capacidade de comunicação, respeito e conhecimento teórico-científico. Também é fundamental que o profissional use uma linguagem compreensível ao paciente e tenha uma visão holística e um pensamento crítico. O procedimento deverá ser realizado apenas com a autorização do paciente. Também é importante sempre confrontar os dados colhidos durante a entrevista, a fim de assegurar a veracidade das informações passadas.
Informações a serem colhidas:
Identificação Pessoal do Paciente
Histórico de Doença Atual
Histórico de Doenças Anteriores
Queixa Principal
Após a coleta e análise dos dados é imprescindível que seja feito o registro das informações.
B. Para a realização só exame físico utiliza-se quatro técnicas: inspeção, palpação, percussão e ausculta. O exame físico facilita a detecção de doenças e problemas estruturais, ajuda na prevenção e diagnóstico precoce de algumas patologias, por isso se faz essencial no Histórico de Enfermagem. A sua realização exige constantes estudos e práticas de como usar corretamente as técnicas. O exame físico é uma importante ferramenta da Enfermagem e nunca será demais ressaltar sua importância. Sua realização proporciona conhecer o paciente como um todo, estabelecer prioridades e avaliar seu estado geral. Os recursos tecnológicos disponíveis para a melhoria do estado de saúde do paciente são aplicados em sua plenitude, e com o máximo de proveito, quando se tem um exame físico detalhado e completo do paciente.
Sobre as quatro técnicas aplicadas no exame físico:
- Inspeção: é a análise visual da condição geral do paciente, uma etapa importante que não pode ser deixada de lado ou desvalorizada, sob pena de erro ou dificuldade de diagnóstico. É importante o aprendizado das características que indicam a normalidade para identificar quando não estão presentes, alem dos sinais específicos das doenças.
- Palpação: geralmente é feita logo após a inspeção. Evolve toque no corpo para determinar tamanho, formato, posição de estruturas, além de ser necessária para detectar e avaliar a temperatura, pulsação e áreas sensíveis a dor.
- Percussão: determina a localização, tamanho e densidade de uma estrutura subjacente. Quando o examinador golpeia a superfície do corpo com um dos dedos, produzira uma vibração e um som. Essa vibração e transmitida através dos tecidos do corpo e a natureza do som vai depender da densidade do tecido subjacente. Através do conhecimento de como as varias densidades influem nos sons, o profissional será capaz de localizar órgãos ou massas, de mapear seus limites e de determinar seu tamanho. Um som anormal sugere a presença de massa ou substancia, tais como liquido dentro de um órgão ou cavidade do corpo. A percussão direta envolve um processo de golpeamento da superfície do corpo diretamente com os dedos. Utilizam-se, tipicamente, um ou dois dedos. A percussão indireta e executada colocando-se o dedo médio da mão não dominante do examinador (chamado de plessômetro) firmemente contra a superfície do corpo. Mantendo a palma e/ou outros dedos afastados da pele, a ponta do dedo médio da mão dominante (chamado de plessor) golpeia a base da articulação distal do plessômetro. O examinador utiliza um golpe rápido e curto com o dedo plessor, mantendo o antebraço estacionário. O punho deve estar relaxado para conduzir adequadamente o golpe.
- Ausculta: é o processo de ouvir os sons gerados nos órgãos do corpo para identificar variações do normal. Alguns sons podem ser percebidos com a orelha sem equipamento, embora a maioria deles só possa ser detectada através de um estetoscópio. Em primeiro lugar, o estudante precisa se familiarizar com os sons normais gerados pelos órgãos internos (por exemplo, as bulhas cardíacas ou o murmúrio vesicular nos pulmões). Os sons anormais poderão ser reconhecidos depois que o estudante aprender as variações sonoras normais. O profissional terá mais sucesso na execução da ausculta, se conhecer os tipos de sons provenientes
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