Rcp E Ace
Pesquisas Acadêmicas: Rcp E Ace. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: modacris • 4/3/2014 • 1.866 Palavras (8 Páginas) • 775 Visualizações
A doença renal crônica (DRC) é um termo que descreve a ocorrência de lesão renal ou diminuição da taxa de filtração glomerular (TFG) durante três meses ou mais (Thomas-Hawkins & Zazworsky, 2005). A DRC sem tratamento pode levar à doença renal terminal (DRT), exigindo terapia de substituição renal (diálise ou transplante renal).
O transplante renal tornou-se tratamento de escolha para pacientes com DRET (Doença Renal em Estágio Terminal). Os pacientes optam pelo transplante renal com o desejo de evitar a diálise ou de melhorar sua sensação de bem estar e a vontade de levar uma vida normal. Além disso, o custo de manter um transplante bem sucedido corresponde a 33% do custo do tratamento de diálise.
A cirurgia é realizada somente depois de uma completa avaliação da função renal. É essencial a preparação do paciente para garantir que a função renal ótima seja mantida.
O transplante renal bem-sucedido elimina a necessidade de diálise. Há uma acentuada melhora não apenas na qualidade de vida dos pacientes com DRT (Doença Renal Terminal) que se submetem ao transplante, como também uma melhora da função fisiológica.
Durante os últimos 40 anos, foram realizados mais de 400.000 transplantes de rim em todo mundo, e, nos EUA, são realizados aproximadamente 9.000 a cada ano. Nos EUA, existem muito mais pacientes na lista de espera para transplante de rim do que doadores do órgão (Danovitch, 2005).
A enfermeira desempenha papel importante no acompanhamento em pacientes transplantados, monitorando as complicações, avalia a evolução e a resposta do paciente ao tratamento e fornece suporte físico e emocional. Além disso, mantém familiares informados a respeito da condição do paciente, ajuda-os a compreender os tratamentos, orientando e fornecendo apoio psicológico.
OBJETIVOS
Estudar os pacientes que se submetem à Transplante de rim focando:
• Cuidado Pré-operatório: preparar o paciente realizando o exame físico completo para garantir que o seu metabolismo esteja em equilíbrio para que não haja complicações após o transplante;
• Cuidado Pós-operatório: manter o homeostasia até que o rim esteja funcionando bem;
• Avaliar o paciente quanto rejeição do Transplante; prevenir infecções;
• Monitorar e tratar complicações potenciais;
• Orientar paciente e família sobre os cuidados domiciliar.
REVISÃO DA LITERATURA
3.1 Transplante Renal
O transplante renal envolve transplantar um rim de um doador vivo ou doador morto para um receptor que tem DRET (Doença Renal em Estágio Terminal). Os transplantes de doadores vivos compatíveis que têm um parentesco com o paciente (aqueles com antígenos ABO e antígenos leucocitários humanos compatíveis) são mais bem-sucedidos do que aqueles de doadores mortos.
Segundo Danovitch (2005), a taxa de sucesso aumenta ainda mais se o transplante de rim de um doador vivo for realizado antes que seja iniciada a diálise.
Dependendo da causa e dos sintomas de insuficiência renal, uma nefrectomia dos próprios rins nativos do paciente pode ser realizada antes do transplante. O rim transplantado é colocado na fossa ilíaca do paciente, anteriormente à crista ilíaca, ligado na artéria e veia do receptor, o ureter do rim é transplantado para dentro da bexiga ou anastomosado ao ureter do receptor. Uma vez restabelecido o suprimento sanguíneo para o rim transplantado no centro cirúrgico, a urina deve começar a fluir.
3.2 Cuidado Pré-Operatório
As metas do cuidado pré-operatório consistem em deixar o estado metabólico em um nível mais próximo possível do normal, certificando-se que o paciente está sem infecção por ocasião do transplante renal, visto que, depois da cirurgia, serão prescritos medicamentos para evitar a rejeição do transplante, que deixam o paciente imunossuprimido e em risco de infecção.
Efetua-se exame físico completo para detectar e tratar quaisquer condições possíveis de causar complicações depois do transplante. A tipagem tecidual, a tipagem do sangue e a triagem de anticorpos são realizadas para estabelecer a compatibilidade dos tecidos e células do doador e do receptor. O trato urinário inferior é examinado para avaliar a função do colo vesical e detectar qualquer refluxo uretral.
Uma avaliação psicossocial é conduzida para verificar a capacidade do paciente de se ajustar ao transplante, estilos de enfrentamento. É importante obter uma história de doença psiquiátrica, visto que os transtornos psiquiátricos são frequentemente agravados pelos corticosteroides, cuja administração é necessária para a imunossupressão depois do transplante.
3.2.1 Cuidado de Enfermagem
Como muitos pacientes que irão submeter-se a uma cirurgia renal são apreensivos, a enfermeira incentiva o paciente a reconhecer suas preocupações e a verbaliza-las. Muitos aguardam meses a anos por um transplante de rim e estão ansiosos a respeito da cirurgia, possibilidade de rejeição e necessidade de retornar à diálise. Ajudar o paciente a lidar com essas preocupações faz parte do papel da enfermeira no tratamento pré-operatório, assim como o ensino do paciente sobre o que ele deve esperar depois da cirurgia.
3.3 Cuidado Pós-Operatório
A meta do cuidado é manter a homeostasia até que o rim esteja funcionando bem.
Como o sistema imune do corpo considera o rim transplantado como “estranho”, ele atua continuamente para rejeita-lo. Para superar ou diminuir os mecanismos de defesa do organismo, são administrados agentes imunossupressores. Com frequência, as doses de agentes imunossupressores são ajustadas, dependendo da resposta imunológica do paciente ou transplante.
Os riscos associados ao uso desses medicamentos incluem nefrotoxicidade, hipertensão, hiperlipidemia (aumento do colesterol ou triglicérides na corrente sanguínea), hirsutismo (crescimento excessivo de pelos na mulher), tumores, discrasias sanguíneas, cataratas, hiperplasia gengival e vários tipos de câncer (American Nephrology Nurses Association, 2006).
3.3.1 Cuidado de Enfermagem
Depois
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