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Sindrome Do Estresse Tibial Medial

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Por:   •  10/10/2014  •  2.224 Palavras (9 Páginas)  •  533 Visualizações

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Curso: Fisioterapia – Noturno

Disciplina: Fisiologia II

Docente:

Relatório de Atividade Prática Supervisionada

Síndrome do Estresse Tibial Medial e Melhoramento do Rendimento Físico de Atletas de Alta Performance.

Membros do Grupo:

Campinas, 2014.

ATPS FISIOLOGIA II

Melhoramento do Rendimento Físico de Atletas de Alta Performance:

 Lesão causada por estresse em atletas;

 Treinamento físico para atletas de alta performance;

 Melhoramento muscular e neuroendócrino para obtenção de melhores resultados em competições;

 Práticas profissionais fisioterapêuticas.

Membros do Grupo:

1ª Etapa – Atividade Prática Supervisionada para obtenção de nota parcial na disciplina de Fisiologia II, apresentada ao curso de Fisioterapia, ministrada pelo Docente xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx em Campinas, SP.

Campinas, 2014.

1. Introdução

Com o aumento dos cuidados com a saúde e a busca por uma melhor qualidade de vida, percebemos nas duas últimas décadas, e podemos constatar cada vez mais pessoas praticando atividades físicas dentre as quais podemos destacar a corrida de rua. Fato que aumentou consideravelmente o número de diagnósticos de síndrome do estresse tibial medial e consequentemente fraturas por estresse tibial. A decorrência de tal lesão tem efeito indesejado pois diminui os benefícios que o esporte proporciona e a forma como funciona para a manutenção da saúde e qualidade de vida. A fisioterapia surge em meio a esse cenário como grande aliada, atuando na prevenção e reabilitação dessas lesões, bem como, das diversas lesões e patologias que acometem o sistema musculoesquelético, através de diversos recursos fisioterapêuticos em corredores de provas de rua e atletas de alta performance portadores da síndrome do estresse tibial medial.

2. Síndrome do Estresse Tibial Medial

A Síndrome do Estresse Tibial Medial (SETM), ou Periostite Medial da Tíbia que também popularmente é conhecida como Canelite de Corredor, está associada a atletas que praticam corridas ou mesmo esporte de alto impacto, podendo assim provocar inflamações nos músculos da perna e inflamação do periósteo sem fraturas. Os músculos mais afetados são o tibial posterior, flexor longo dos dedos, e flexor longo do hálux, sendo o tibial posterior a principal estrutura afetada.

Inicialmente o paciente sente dor de baixa intensidade junto à margem medial no terço médio da tíbia após a prática de exercícios, essa dor evolui progressivamente a ponto de impedir que o atleta desenvolva sua prática esportiva.

Os fatores de riscos para o desenvolvimento dessas queixas são: estresse repetitivo principalmente corridas e saltos, pés planos e pronados, pés cavos, rápido aumento de intensidade de treinamento, mudanças de piso de treinamento, sexo feminino, índice de massa corpórea fora do ideal, membros inferiores em varo, história prévia de canelite.

A SETM é bastante semelhante a fratura por estresse, que são microfraturas decorrentes de sobrecarga de exercícios repetitivos com a mesma intensidade em mesmo local, porém é diferenciada a partir de exames complementares como ressonância magnética, cintilografia óssea ou tomografia computadorizada.

Geralmente é tratado de forma não invasiva, ou seja não cirúrgica, com anti-inflamatórios, termoterapia, repouso, redução e mudança do padrão de atividade, quando indicado o uso de órteses-palmilhas para compensação de deformidade nos pés, alongamento e fortalecimento muscular.

3. Treinamento Físico

A maratona é um evento de corrida (42,2 Km) que desafia o participante a condições extremas, e existem numerosos estudos para entender os desafios fisiológicos e físicos necessários para o sucesso de um maratonista. Sabemos que o tamanho do corpo, condições aeróbicas, eficiência de corrida, tipo de fibra, nutrição e um programa de treinos contribuem para o sucesso. O processo de treinamento exige uma planificação sistematizada e individualizada, para que o atleta possa alcançar seu melhor desempenho. Os fundistas participam de um grande número de eventos no ano, e nem sempre respeitam o intervalo de recuperação, dificultando-os a regressarem aos níveis ideais de performance.

A relação inadequada entre a carga de treinamento, competições e recuperação podem gerar níveis elevados de fadiga, queda no rendimento, alterações no humor, depressão e lesões. Alguns programas de treinamento tornam a rotina do atleta muito extenuante. A chamada “teoria da supercompensação” pode gerar sintomas como da síndrome de Overtraining. Os sintomas do Overtraining chegam a atingir cerca de 65% dos maratonistas em algum momento da carreira. Algumas hipóteses são descritas como possíveis causadoras desta síndrome: lesões, inflamações, citocinas, redução do estoque muscular e hepático de glicogênio e diminuição da disponibilidade de glutamina durante o exercício.

Para otimizar o processo de recuperação, pode-se realizar a recuperação passiva ou ativa, todavia, cabe destacar que a base aeróbia é importante para o fortalecimento geral do organismo e antecede a outros métodos de treinamento. A vascularização decorrente de um exercício aeróbico e fundamental para que os vasos sanguíneos sejam capazes de transportar mais oxigênio e nutrientes para musculatura.

Treinadores atuais sugerem um treinamento fracionado, com variáveis comuns como tempo, estimulo, número de repetições, intervalo e ação no intervalo. As pausas são necessárias porque, quando o coração está trabalhando de modo muito intenso, ele depende de um pouco mais do metabolismo anaeróbico, e os produtos deste metabolismo devem ser eliminados no sangue durante os intervalos dos períodos

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