Síntese monográfica dos 2 primeiros capítulos do livro “Por que a evolução é uma verdade” de Jerry Coyne

Síntese monográfica dos 2 primeiros capítulos do livro “Por que a evolução é uma verdade” de Jerry Coyne

junho de 2018

          Objeto de homéricas polêmicas e discussões no decorrer dos últimos séculos a evolução vem se consolidando no meio científico e acadêmico e, até mesmo, fora deste como uma explicação plausível para a resiliência das espécies que atravessam milênios e permanecem sobreviventes e também para explicar a causa da extinção de tantas outras espécies.

          Grande protagonista das Ciências Naturais, especialmente Biologia, a evolução prossegue alvo de grande interesse pelos estudiosos. Mas afinal de contas qual seria uma explicação plausível para “Evolução”?

          Segundo Jacques Monod, renomado bioquímico Francês Nobel em Fisiologia, uma face instigante da teoria da evolução é que todos acham que entendem o que é. É u pressuposto interessante para começar a explica-la.

          É irrefutável que as formas de vida na terra, como se apresentam, parecem¸ ter sido produzidas para com maestria para viverem suas vidas. Um exemplo disso é o beija flor que com suas asas perspicazes capazes de pairar numa mesma posição e mudar de lugar num lapso de tempo utilizam-se dessa habilidade para nutrirem-se do néctar presente em flores e, simultaneamente, as flores utilizam-se do beija-flor para transportar no bico dele pólen que será fertilizado numa visita do beija flor a outra planta.

          Antigos naturalistas ligados a vida eclesiástica afirmavam que tudo isso só poderia ser produção de um ser consciente pois o mecanismo era deveras espantosamente perspicaz para ocorrer de outra forma.

          Atentar-se a tal linha de pensamento não era difícil, visto seu denso poder retórico persuasivo para época, prova disso é que até Darwin refletiu sobre a possibilidade, no entanto descartou-a, concluindo que a explicação para o mecanismo da vida, na verdade, eram 2 que refutavam a ideia de um projeto deliberado: a Evolução e a Seleção Natural.

          Darwin foi o primeiro a munir-se de dados da natureza para corroborar a veracidade da evolução como um fato. Um vestígio de seu brilhantismo é a ruptura com a teologia natural por parte do mundo estudioso ocidental apenas poucos anos após a publicação de “Origem das espécies”.

          A essência da atual teoria da evolução pode ser resumida em poucas palavras, bem como: “A vida na terra evoluiu a partir de uma espécie primitiva”. Tal espécie é desconhecida mas poderia ser uma molécula replicante datada de 3,5 bilhões de anos atrás, que se subdividiu no decorrer do tempo geológico selecionando os mais bem afortunados com características compatíveis a sua sobrevivência no meio em que habitavam. Tal mecanismo é conhecido como seleção natural que descartou várias espécies não capacitadas a sobrevivência em seu meio.

          Visando possibilitar sua melhor compreensão e teoria da evolução pode ser fragmentada em seis componentes: Evolução; Gradualismo; especiação; Ancestralidade comum; Seleção natural e mecanismos não seletivos de mudança evolucionária.          

         No tocante a evolução pode se dizer que a espécie sofre alterações no decorrer do tempo geológico. Tais alterações possuem cunho genético advindos de mutações no DNA. Contudo o tempo evolucionário é relativo para cada espécie a depender da pressão evolucionária as quais ela está submetida.

          É o que diz o Gradualismo, a próxima etapa da evolução: Uma espécie pode levar centenas, milhares ou até mesmo milhões de anos até detectar-se nesta uma mudança evolutiva substancial ao ponto de poder ser chamada de evolução. Ao passo que em outras espécies, com curto tempo de vida, podem ser notadas tais mudanças em um breve espaço de tempo, como uma semana ou menos. Exemplo: Vírus, bactérias. A força da seleção natural sob uma nova espécie colonizando um novo habitat e tempo de mudança evolucionária são grandezas diretamente proporcionais, ou seja, uma depende da outra no mesmo sentido. Se uma aumenta a outra também, por consequência, vai aumentar e se uma diminuir o mesmo ocorrerá com a outra.