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TRANSPORTE DOS ALIMENTOS PRODUZIDOS NAS COMUNIDADES

Por:   •  24/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  5.123 Palavras (21 Páginas)  •  298 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS[pic 1][pic 2]

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

AGRONOMIA

TRANSPORTE DOS ALIMENTOS PRODUZIDOS NAS COMUNIDADES DE VÁRZEA NO MÚNICÍPIO DE IRANDUBA-AM

MANAUS – AMAZONAS

2016

                                          ALMIR IGNÁCIO CARDOSO

TRANSPORTE DOS ALIMENTOS PRODUZIDOS NAS COMUNIDADES DE VÁRZEA NO MÚNICÍPIO DE IRANDUBA-AM

[pic 3]

                                                

          Orientador: Prof. Dr. Ayrton Urizzi.

        

MANAUS – AMAZONAS

2016

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO        3

OBJETIVOS        5

OBJETIVO GERAL        6

OBJETIVOS ESPECÍFICOS        6

ESTRATÉGIA METODOLÓGICA        7

ACESSO AO MUNICÍPIO        7

DEMOGRAFIA/GEOGRAFIA        8

ECONOMIA        8

CLIMA        8

RELEVO        9

SOLOS        9

HIDROGRAFIA        10

FAUNA E FLORA        10

MÉTODO E TÉCNICAS DA PESQUISA        10

PESQUISA DOCUMENTAL        11

PESQUISA DE CAMPO        11

MARCO LÓGICO METODOLÓGICO        12

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES        14

REFERENCIAL TEÓRICO        15

AGRICULTURA FAMILIAR        15

RESULTADOS ESPERADOS        17

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        18

APRESENTAÇÃO

A agricultura familiar é uma prática antiga que se desenvolveu e foi sendo repassada ao longo dos séculos ajudando no amparo de famílias geralmente isoladas e afastadas da zona urbana, caracterizando-se como uma forma de sustento e sobrevivência, mas que influencia de maneira direta a economia, por movimentar o setor primário e produzir a maior parte do alimento que chega à nossas mesas, ela é hoje a forma mais predominante de agricultura, e com a crescente preocupação com a sustentabilidade e preservação, ela acaba tornando-se um dos mais recomendáveis meios de produção, atuando juntamente com a agricultura orgânica e ecológica.

Segundo dados descritos em 2014 pela Organização de Agricultura e Alimentação das Nações Unidas (FAO) em um relatório sobre o estado da alimentação e agricultura, a produção familiar era responsável por 80% do alimento produzido em todo o mundo e mais de 500 milhões de propriedades rurais gerenciavam a maioria das terras agrícolas, em 2015 ela era responsável por 90% das propriedades agrícolas existentes, isso destaca a extrema importância que a agricultura familiar exerce na economia e mostra como ela cresceu rapidamente ao longo dos últimos anos.

Ghilhoto et al. (2000, p.1) destacaram que “o setor agropecuário familiar é sempre lembrado por sua importância na absorção de emprego e na produção de alimentos, especialmente voltada para o autoconsumo” sendo assim, a agricultura familiar torna-se uma prática voltada para o auto sustento das pequenas famílias não caracterizando-a com grande potencial produtivo, mas sim de caráter social, “entretanto, [...] a produção familiar, além de fator redutor do êxodo rural e fonte de recursos para as famílias com menor renda, também contribui expressivamente para a geração de riqueza, considerando a economia não só do setor agropecuário, mas do próprio país”.

Apesar da extrema importância da agricultura para a humanidade, ela ainda passa por algumas dificuldades que interferem no seu crescimento. No Brasil, um dos problemas que há muito se mantém influenciando no potencial agrícola sem resultado é o transporte, isso incluindo todos os fatores como disponibilidade, tempo, higiene e localização, segundo dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (2009), de todos os 1.452.853 equipamentos rodoviários para o transporte de cargas em operação no Brasil, apenas 23.678 possuem câmaras de refrigeração, apenas 1,6%, uma quantidade insignificante.

Levando para o contexto da região norte, no Amazonas, a situação torna-se mais escassa, enquanto os grandes produtores de terra firme sofrem com a falta de higiene e manutenção nos veículos diminuindo a qualidade produtos, diminuindo as vendas e aumentando os preços, os pequenos produtores, que utilizam da agricultura como única forma de sustento, sofrem com a falta do próprio veículo para transporte, ficando retidos a levar seus produtos para o melhor ponto de venda que, no caso de municípios próximos a capital, esse melhor ponto seria a própria capital.

Com a recente construção da Ponte Rio Negro que interliga a cidade de Iranduba à capital Manaus, o fluxo de transporte em todos os meios recebeu melhorias que ajudam no desenvolvimento do município, que antes era limitado pela dificuldade em seu acesso que se dava apenas por via fluvial, espera-se agora por parte dos agricultores que, com o acesso por via rodoviária ao município, o método de escoamento da produção rural possa alcançar todos os produtores, incluindo portanto, os produtores de várzea.

Pinheiro e Leite (2009, p.9) concluíram que o transporte dos alimentos do interior à capital ainda era ineficiente, tanto por via fluvial como por via rodoviária, essa última por sua vez, não era considerada com a Ponte Rio Negro, ainda em construção, mas com a via AM-070, que cortava a cidade de Iranduba até o porto Cacau Pereira. É possível levantar a hipótese de que o modelo atual de transporte não seja adequado ou não esteja sendo aplicado da maneira correta e necessita de ajustes.

O presente projeto irá estudar a agricultura familiar no interior do Amazonas, com ênfase no sistema de transporte de alimentos produzidos na zona rural para a zona urbana. O estudo será realizado nas comunidades ribeirinhas que moram na várzea do município de Iranduba, que segundo dados do IBGE (2010) fica a cerca de 25 quilômetros da cidade de Manaus, capital do Amazonas, fazendo parte, portanto, de sua região metropolitana. Iranduba é uma pequena cidade que foi registrada recentemente, em 1981. Sua economia é regida principalmente pela área de serviços e agropecuária, que também atua na economia do estado.

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