Transgênicos: Defesa Do Consumidor

Defesa do Consumidor

Para iniciarmos o debate, alguns questionamentos são importantes: se você pudesse escolher entre um alimento produzido a partir do cultivo tradicional e orgânico ou outro colhido numa lavoura de sementes transgênicas, por qual optaria? E se o produto fosse produzido com milho ou soja geneticamente modificado, mas a embalagem não informasse a sua origem, você se sentiria prejudicado?

Os estudos ainda não são conclusivos e as consequências quanto ao uso de transgênicos são desconhecidas.

Objeto de muitas polêmicas e de uma batalha judicial homérica na Justiça Federal brasileira, o plantio e o uso dos organismos transgênicos afetam diretamente os consumidores no que tange à proteção da vida, da saúde e da segurança contra riscos potencialmente provocados por produtos ou práticas utilizadas na sua elaboração e, ainda, ao direito ao meio ambiente saudável e ao direito à informação.

Importante ressaltar que a polêmica se estende desde a produção até a comercialização de produtos. Antes mesmo de se falar em consumo de produtos geneticamente modificados, devemos considerar todo o processo que envolve o ciclo dos transgênicos: plantio, colheita, armazenamento, industrialização e rotulagem são etapas cruciais para a identificação dos grãos modificados.

Muitas plantas são cultivadas e analisadas pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), porém a comercialização dessas especialidades ainda não está autorizada. Muitos transgênicos ainda nãosão autorizados para serem comercializados em decorrência da polêmica gerada pelo impacto ambiental e reações alérgicas já observadas em algumas pessoas.

Muitos transgênicos estão chegando à mesa dos consumidores sem as devidas informações. Todos os consumidores têm o direito de saber o conteúdo do produto que está consumindo e as conseqüências disso, inclusive qual foi a técnica empregada para a melhoria daquele alimento.

Sem entrar no mérito dos benefícios ou malefícios causados pelo uso de sementes modificadas geneticamente, temos que o direito à informação está em primeiro lugar. Considerando os riscos e a incertezas afetas a esses alimentos, é de extrema necessidade a adoção de uma postura cautelosa na liberação de cada produto, a fim de assegurar a proteção dos consumidores.

Tendo informações claras e precisas a respeito da origem, dos riscos e da composição do produto, o consumidor passará a exercer seu direito de escolha de forma consciente!