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A Definição de Doping Genético

Por:   •  20/8/2015  •  Trabalho acadêmico  •  877 Palavras (4 Páginas)  •  591 Visualizações

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AUGUSTO LOPES PUCCI - 1158061

Educação Física Bacharelado

Doping Genético

Tutor Presencial: Prof. Marcel Frezza Pisa

Centro Universitário Claretiano

CAMPINAS

2015

  1. Definição de Doping Genético

Primeiramente podemos ter que o conceito de doping esportivo é a utilização, por um atleta, de substâncias não naturais ao corpo para melhorar a sua performance em determinado esporte.

 O uso ilícito de substâncias como artifício para ganhar competições não é um fenômeno atual, essa questão ocorre desde o tempo da Grécia antiga a cerca de 300 anos a.c,, havia uma regulamentação que proibia que os competidores  de maratonas tivessem o braço arrancado, naquela época acreditava-se que com o esforço físico dos maratonistas os braços poderiam endurecer e prejudicar o resultado.

Esse tipo de doping evoluiu com o passar do tempo foram criados diversos hormônios e medicamentos, esse é o maior problema atual, com o passar do tempo cria-se medicamentos para não serem detectados nos exames anti-doping ao mesmo tempo que os exames se atualizam para detectar essas novas substâncias, havendo um tipo de busca incessante.

Nos últimos anos tem se especulado um novo tipo de doping, diferente do usual, que é realizado através de hormônios, peptídeos e medicamentos, é o doping genético, como em todos os casos de doping os hormônios, peptídeos e medicamentos foram criados inicialmente para se combater ou prevenir alguma doença, então acabou se usando para o aumento do desempenho, no doping genético não é diferente, surge um possível uso chamado de terapia gênica onde genes artificiais são introduzidos nos pacientes doentes para a cura ou melhora no quadro, a partir dessa terapia que começou a surgir rumores do doping genético que seria a introdução ou transfusão de genes sintéticos com o objetivo de melhoria na performance.

  1. Benefícios e efeitos colaterais do doping genético

Como benefícios da utilização desse recurso temos obviamente a melhora na performance através da introdução desses genes sintéticos, por exemplo, temos um gene chamado EPOr, que define em parte a quantidade de hemácias no organismo, um atleta recebendo esse gene artificial com características de mutação nesse gene apresentaria uma quantidade muito mais elevada de hemácias no sangue do que um atleta sem esse gene alterado, tendo assim um desempenho muito melhor.

Mais estritamente no desempenho esportivo temos 5 genes que estão relacionados ao nosso corpo durante a atividade física, e eles já estão em processo de manipulação genética, são eles:

  • EPOr: Hormônio responsável pelo aumento das hemácias no sangue, tendo uma quantidade elevada no corpo haverá uma melhora na troca de oxigênio aumentando a resistência ao exercício físico

  • IGF-1: proteína responsável pelo fator de crescimento, regula o crescimento das células musculares, um atleta com essa proteína mais elevada tem uma grande facilidade para o ganho muscular.
  • VEGF: proteína responsável pelo crescimento dos vasos sanguíneos um atleta com essa proteína elevada tem um estimulo para a formação de vasos sanguíneos ajudando a manter as células oxigenadas no tecido muscular após o exercício físico, auxiliando na recuperação do atleta.
  • LEP: leptina, proteína produzida pelo tecido adiposo cuja uma das funções é a formação óssea e também na capacidade do organismo tem para armazenar gordura, uma alteração nessa proteína ajudaria na recuperação de lesões ósseas e também na redução de gordura corporal.
  • MSTN: gene responsável por modificar a miostatina, proteína que como a IGF-1 regula o crescimento muscular, uma alteração nesse gene auxiliaria o ganho de massa muscular.

Como efeitos colaterais o maior deles é a falta de pesquisa e conhecimento na utilização desse recurso, não se tem estudos feitos em humanos, ainda mais na questão do doping genético, portanto por enquanto, os possíveis efeitos colaterais são especulativos, ainda não sabemos e nem imaginamos quais danos poderíamos levar ao corpo de um indivíduo saudável e muito menos de um atleta de elite que se tem padrões diferentes de um indivíduo não atleta.

  1. Conclusão

Atualmente não sabemos se já temos atletas geneticamente modificados, se esta afirmação for feita será apenas um achismo, em achar que determinado atleta fez o uso do doping genético, justamente por ainda não termos um controle antidoping de forma eficiente, simples e econômica para testar os atletas, o que dificulta ainda mais a questão dos testes é as diferentes formas que se pode introduzir um gene sintético no organismo.

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