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A Deplasmólise e a Plasmólise

Por:   •  21/2/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.077 Palavras (5 Páginas)  •  1.732 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Elodea sp. é uma planta aquática perene muito utilizada em aquariofilia. São plantas espontâneas na América do Norte, mas têm sido introduzidas em outros locais do mundo onde tem invadido os cursos de água, com alguns custos ambientais.

Preferem habitats aquáticos com fundos lamacentos, calcáreos e ricos em nutrientes, mas adaptam-se facilmente a uma grande diversidade de ambientes. Mesmo sem raiz, as partes desenraizadas mantêm-se vivas por longo tempo, podendo-se reproduzir assexuadamente (BERNARDI e DIANE, 1971).

A planta Elodea sp. apresenta caules longos, finos, ramificados e com folhas enroladas em seu torno. Suas folhas aparecem agrupadas três a três (por vezes quatro - pares opostos também são freqüentes, principalmente na base). A planta fica praticamente submersa na totalidade, à exceção das suas flores, raras, que ficam a flutuar na superfície, ligadas aos caules por pedúnculos frágeis (SOUZA e LORENZI, 2005).

São comumente utilizadas em experimentos laboratoriais para a análise do movimento citoplasmático dos cloroplastos, a ciclose. Também a osmose, plasmólise e desplasmólise.

A ciclose é o movimento do citoplasma das células vivas. Sua função é facilitar a troca de substâncias intracelularmente ou entre a célula e o meio externo. São movimentos que não acarretam alterações da forma celular e que podem arrastar determinadas estruturas e inclusões, como as organelas. A ciclose depende de interações constantes entre actina e miosina, proteínas formadoras dos microfilamentos. A actina se associa à miosina e, com a hidrólise do ATP, é gerado um movimento interno.

A plasmólise é a retração do volume das células por perda de água. Este fenômeno se dá quando a célula é colocada em meio hipertônico, ou seja, quando o meio exterior é mais concentrado que o citoplasma e a célula perde água por osmose. Este fenômeno só ocorre em condições experimentais, uma vez que, na natureza os organismos não só se adaptaram às condições do seu meio ambiente, mas também pelo fato da membrana celular ser uma membrana seletiva, no que respeita à troca de íons.

Deplasmólise é o fenômeno inverso da plasmólise, isto é, quando a célula plasmolisada é colocada em um meio hipotônico, retornando ao seu volume original.

OBJETIVOS

  1. Conhecer a morfologia dessa célula vegetal;
  2. Observar a organização das células na formação do tecido foliar;
  3. Observar o movimento de ciclose da célula;
  4. Observar os fenômenos da plasmólise e desplasmólise em célula vegetal;
  5. Verificar a existência da membrana plasmática.

MATERIAIS

  1. Microscópio óptico/MO;
  2. Folíolo de Elodea sp;
  3. Lâmina e lamínula;
  4. Água destilada;
  5. Solução salina  NaCI a 3,0%;
  6. Papel de filtro;
  7. Pipeta;
  8. Pinça.

PROCEDIMENTO A:

  • Colocou-se um folíolo de Elodea sp. sobre uma lâmina contendo duas gotas de água destilada;
  • Iniciou-se a colocação da lamínula em posição de 45° com relação à lâmina, evitando a formação de bolhas de ar;
  • Retirou-se com papel de filtro o excesso de água, para manter a lamínula fixa;
  • Levando a amostra ao microscópio óptico e observando em aumentos crescentes, utilizando as objetivas de 10X e 40X;

PROCEDIMENTO B:

  • Em uma nova lâmina, colocou-se outro folíolo de Elodea sp.;
  • Em seguida, colocou-se duas gotas de solução salina NaCI a 3,0% sobre o folíolo;
  • Após 5 minutos observou-se ao microscópio óptico as células plasmolisadas e esquematizando com as objetivas de 10X e 40X;
  • Logo após, acrescentou-se água destilada na borda da lamínula, e, com auxílio de papel filtro puxou-se a solução por capilaridade para junto do preparado;
  • E novamente levado ao microscópio óptico para fazer a observação da desplasmólise com a objetiva de 10X e 40X

RESULTADOS

PROCEDIMENTO A:

No procedimento “A” foi realizado com folíolo de Elodea sp.

Na objetiva de 10x:

Pode-se observar a grande quantidade de cloroplastos que tem por causa da função fotossintética; tem-se uma leve visão da movimentação dos cloroplastos.

Na objetiva de 40x:

Pode-se ver com melhores detalhes da nervura principal que contem muita liquilina e celulose; os cloroplastos estão bem mais agitados; as células são parcialmente uniformes em forma, tamanhos e espessura. Os cloroplastos se comportam com muita energia e é possível per com muita clareza sua movimentação em redor da membrana celular como se fosse uma rodovia; também melhores detalhes da parede celular.

PROCEDIMENTO B:

No procedimento foi utilizada outra folíolo de Elodea sp. só que desta vez foi acrescentado solução salina NaCI a 3,0%.

Nas objetiva de 10X e 40X já se pode ver a existência membrana plasmática, pois ela se retrai por causa da plasmólise; este fenômeno se dá quando a célula é colocada em meio hipertônico, ou seja, quando o meio exterior é mais concentrado que o citoplasma e a célula perdem água por osmose. No microscópio óptico podemos ver mais detalhadamente esse processo.

No último processo foi acrescentado, na lâmina, água destilada por meio de capilaridade, assim podendo ocorrer a desplasmose que é o fenômeno inverso da plasmólise, quando a célula plasmolisada é colocada em um meio hipotônico, retornando ao seu volume original.

DISCUSSÃO

  • Quais as estruturas que puderam ser observadas nesta prática?

R: Puderam ser observadas a parede celular, o citoplasma e o cloroplasto organelas fotossintetizantes;

  • Por que foi possível demonstrar a existência da membrana plasmática mesmo sem coseguirmos vê-la?

R:  Porque em solução hipertônica a membrana plasmática se contrai e diminui de tamanho e então podemos vela através dos cloroplastos que ficam perto dela.

  • Qual a composição da membrana plasmática e da parede celular?

R: Todas as membranas plasmáticas celulares são constituídas predominantemente por fosfolipídeos e proteínas em proporções variáveis e uma pequena fração de açúcares, na forma de oligossacarídeos. A parede das células vegetais é constituída por longas e resistentes microfibrilas do polissacarídeo celulose. As microfibrilas celulósicas se mantém unidas por meio de uma matriz formada por glicoproteínas (proteínas ligadas a açucares), hemicelulose e pectina (polissacarídeos).

  • As células vegetais se rompem em meio hipotônico? Explique.

R: Não se rompem. Porque a célula vegetal é feita de liquilina, celulose, actina e tubulina; por isso não se rompe com tanta facilidade.

CONCLUSÃO 

Acredita-se, pelos resultados deste trabalho, que a mudança do habitat natural influência no rendimento da planta do gênero Elodea sp. O aumento da luz do meio em que a Elodea sp. se encontra faz com que aumente o movimento dos cloroplastos e a produção de oxigênio. Também se conclui que na presença de meio hipertônico há uma diminuição do metabolismo celular e conseqüente diminuição da ciclose e da produção de oxigênio.

BIBLIOGRAFIA

BERNARDI, G. & DIANI, G. Vegetación acuática – Identificación y métodos luncha; Barcelona, Espanha; Oikos-tau, s.a. – ediciones, 1971.

SOUSA, V. C. & LORENZI, H. Botânica Sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de Angiospermas da flora brasileira, baseado em APGII; Nova Odessa, SP; Instituto Plantarum, 2005.

LINCOLN, T. & ZEIGER E. Fisiologia Vegetal; 3ª Ed. Porto Alegre, RS; Artmed, 2004.

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