Armas biológicas
Por: Valeska Scuro • 5/10/2015 • Trabalho acadêmico • 622 Palavras (3 Páginas) • 668 Visualizações
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HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO
Docente: Prof. Dr. Ana Rosa Muniz
Discentes: Fabíola Dalla Nora, Valeska Scuro
ARMAS BIOLÓGICAS - ANTRAZ
O que é? - É uma doença provocada pela bactéria Bacillus anthracis. Até 11 de setembro de 2011, essa doença era de interesse exclusivamente veterinário. Segundo o professor de microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, Jorge Timenetsky, o primeiro cientista a manipular o Bacillus anthracis foi Robert Kock, mais conhecido pelos estudos do bacilo da tuberculose. Por volta de 1888, Louis Pasteur realizou as primeiras experiências e conseguiu isolar o Bacillus antracis. O antraz, do grego ánthrax (carvão), existe naturalmente nos campos europeus, sobretudo na França. É comum em regiões agrícolas, com registros da América Central e do Sul, Ásia, África, Caribe e Oriente Médio. Atinge animais vertebrados selvagens e domésticos (gado, ovelhas, cabras, camelos, antílopes e outros herbívoros). Também pode ocorrer em humanos, quando expostos a animais infectados ou a seus tecidos. No Brasil, o antraz é mais conhecido como carbúnculo, pois ao abrir o corpo de um animal morto verifica-se que o fígado e o baço estão totalmente enegrecidos, lembrando o carvão.
Sintomas - Há três variedades de antraz, de acordo com a forma como ataca o corpo: cutâneo (quando a bactéria entra em contato com a pele), gastro-intestinal (quando é ingerida) e pulmonar (quando é inalada). No antraz cutâneo, há a formação de feridas na pele, mas esta forma da doença raramente é fatal. O antraz gastro-intestinal causa febre e dores abnominais e mata cerca de 25% dos pacientes. Já o antraz pulmonar é o mais perigoso. Depois de uma fase inicial em que os sintomas se assemelham aos da gripe, o paciente passa a desenvolver febre, dificuldade para respirar e dores no peito, e morre geralmente em dois dias. O tratamento é feito com altas doses de antibióticos, embora pessoas em estados avançados da doença possam não apresentar reação à medida.
Uso como arma - É possível transportar esporos de antraz em mísseis, foguetes e bombas, além de usar aviões para espalhar a doença em vastas áreas. Uma vez presentes no ambiente, os esporos do antraz podem permanecer inativos por décadas. O objetivo do bioterrorismo é criar medo e pânico na população, desestabilizando a autoridade, economia e segurança de um povo. Os ataques resultam em doença e morte, destroem o equilíbrio psicológico e emocional da população e expõem os indivíduos à submissão pelo medo. O número de mortes indiscriminadas e a falta de controle sobre os agentes biológicos disseminados no ambiente são os principais instrumentos do bioterrorismo, associados à agonia de se estar lidando com um inimigo invisível cuja face e identidade é desconhecida e que pode atacar de qualquer lugar e a qualquer momento. A mais antiga história descrita sobre o bioterrorismo, pode-se ler no Livro do Êxodo da Bíblia, quando Moisés faz uso desta arma para libertar seu povo do Egito. A quinta praga lançada sobre o Egito é identificada ao Anthrax, considerado até hoje o agente biológico mais utilizado como bioarma A Organização Mundial de Saúde encomendou um estudo sobre os possíveis efeitos de uma guerra biológica convencional. Os resultados da simulação conduzida por um grupo especializado pode ser visto na tabela a seguir. Nota-se que o Anthrax pode revelar-se outra vez como a arma biológica ideal e de maior poder de destruição de vidas. Tabela: I - Casualidades estimadas em um bioataque hipotético *.
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