ESTUDO DO TEOR 17β-ESTRADIOL NA ÁGUA POR ESPECTROFOTOMETRIA ULTRAVIOLETA - SÃO PAULO
Por: Nathalia Borghi Pavan • 8/8/2016 • Artigo • 5.996 Palavras (24 Páginas) • 561 Visualizações
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ESTUDO DO TEOR 17β-ESTRADIOL NA ÁGUA POR ESPECTROFOTOMETRIA ULTRAVIOLETA - SÃO PAULO
Joyce Ferreira Hyppolito
Lucas Oliveira de Melo Barbosa
Nathalia Borghi Pavan
Paula Morais de Oliveira Silva
Escola Técnica Estadual Getúlio Vargas, Rua Moreira e Costa, 243, 04266-010 Ipiranga, SP, Brasil.
STUDY OF THE CONTENT 17β-ESTRADIOL IN WATER BY SPECTROPHOTOMETRIC ULTRAVIOLET - SÃO PAULO. The objective of this research was analyze the potable water provided for the São Paulo State from Sabesp in order to inquire the presence of endocrine desregulators by UV Spectrophotometry. The methodology used was the application of a standard solution, in sequence was measured many concentrations of the component concomitantly with the water examined to detect estrogen level studied. The analysis realized demonstrated that the chemistry substance level couldn´t be detected because the concentration was below the limit Beer-Lambert Law. Therefore, studies realized to demonstrate the significance of attention with water quality by these emerging pollutants.
Keywords: Potable water; endocrine desregulators; emerging pollutants.
INTRODUÇÃO
Atualmente, há uma preocupação em nível mundial sobre a poluição da água potável. Entre diversos fatores poluentes, vêm sendo dado enfoque nos casos de alteração do nível hormonal em seres vivos, causado por Disruptores Endócrinos Químicos (DE).
Os DEs depositam-se em fontes fluviais e pluviais, contaminando-as, e estas desembocam em margens de mananciais. Estas fontes são contaminadas por: esgotos a céu aberto, lençóis freáticos previamente contaminados e/ou esgotos clandestinos - que desembocam nos rios ou próximo à suas localidades.
Disruptores Endócrinos são substâncias que interferem no sistema endócrino afetando o equilíbrio hormonal dos seres
Em sua maioria, são hormônios, femininos e masculinos lançados ao meio ambiente, provenientes das substâncias utilizadas na agropecuária e seus subprodutos, na indústria e seus subprodutos e em compostos farmacêuticos.
Quanto ao 17β-estradiol, é de extrema importância detectar o teor deste na água destinada à população, pois sua presença pode acarretar em danos à saúde. Este estudo mostra um dos métodos que são eficientes na detecção deste desregulador endócrino.
Neste contexto o nosso objetivo foi a averiguar o nível do estrogênio 17β-estradiol presente na água potável da Sabesp por Espectrometria UV/Vis, estudando também se esse método é eficiente para detectar o nível presente.
DESENVOLVIMENTO
O sistema endócrino é formado por uma diversidade de glândulas e órgãos que em conjunto com o sistema nervoso, coordenam os processos fisiológicos de um organismo. O ser humano possui glândulas, que ficam localizadas em diferentes segmentos do corpo, como a hipófise ou pituitária (principal glândula do sistema), a tireoide, as gônadas, as glândulas supra-renais, etc, as quais sintetizam hormônios.1 Dentre os hormônios produzidos está o estrogênio, ao qual será dado enfoque nesse trabalho.
Estrogênio
O estrogênio é um termo genérico, usado para nomear um conjunto de hormônios esteroides formado por 18 carbonos. Sua liberação se da principalmente pelos ovários (órgão onde são produzidos os gametas femininos.2
Hormônio em relevância deste trabalho: Estradiol ou 17β-estradiol
Este estrogênio, que será tema das análises deste trabalho apresentado, é um dos principais hormônios produzidos pelo folículo ovariano. Ele tem inúmeras funções exercidas no organismo feminino, o estradiol estimula produção de colina-acetiltransferase (enzima diretamente envolvida na prevenção de Alzheimer), aumenta taxa anabólica, melhora a resistência à insulina, regula a temperatura corporal, previne o catabolismo muscular, estimula a síntese de miosina, estimula o sono REM 2, reduz o risco de catarata, mantém a elasticidade das artérias, aumenta o fluxo sanguíneo, inibe agregação plaquetária, reduz a deposição da placa ateromatosa, aumenta a captação orgânica de magnésio, mantém as concentrações fisiológicas de colágeno na pele, possui ação hipotensora, reduz LDL, inibe a oxidação do LDL, mantém performance da memória, aumenta o poder de criatividade, otimiza as habilidades motoras que exigem refinamento, mantém a firmeza e a elasticidade da pele, aumenta a produção dos NGF (Nerve Growth Factors), aumenta HDL, reduz o risco geral de doenças cardiovasculares em 50 a 60%, reduz lipoproteína A, possui ação bloqueadora dos canais de cálcio, mantendo a permeabilidade arterial (efeito superior à nifedipina), eleva os níveis de energia, potente ação antidepressiva, melhora o humor, eleva a capacidade de concentração, mantém a densidade mineral óssea, aumenta o interesse sexual, reduz homocisteína, reduz PC reativa, reduz a incidência de rugas, protege contra degeneração macular, reduz dramaticamente a perda dental, poderoso indutor da síntese de serotonina, elimina a irritabilidade, ação ansiolítica, reduz a sensibilidade à dor, reduz o risco de câncer colorretal e, associado ao Estriol, reduz de forma dramática as chances de desenvolvimento do câncer de mama.3
Informações específicas do estradiol ou 17β-estradiol:
1,3,5(10)-estratrien-3,17-β-diol.
Fórmula molecular = C18H24O2
Massa molecular = 272,388 g/mol
Figura 1. Fórmula estrutural do 17β-estradiol
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Interferências causadas no sistema endócrino
Cada hormônio produzido no organismo possui um receptor hormonal, com o qual possui afinidade e sensibilidade. Devido a essa interação, mesmo as menores concentrações de um determinado hormônio surtem efeito, produzindo uma resposta natural. Todavia, diferentes substâncias químicas podem se unir a estes receptores hormonais (efeito agônico), causando interferência no sistema endócrino. Quando ocorre essa interferência, essas substâncias mimetizam os hormônios naturais, resultando em diversas alterações (efeito antagônico), como a produção de mais receptores hormonais, o bloqueio dos sítios receptores em uma célula, a elevação da produção e secreção de hormônios naturais, a desabilitação das enzimas responsáveis pela liberação de hormônios, e/ou a inviabilização da interação dos hormônios com seus receptores celulares.4
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