O Diabetes Gestacional
Por: anacarolior • 8/9/2022 • Trabalho acadêmico • 700 Palavras (3 Páginas) • 148 Visualizações
DIABETES GESTACIONAL
Diabetes mellitus é uma condição patológica que se caracteriza em um quadro de hiperglicemia decorrente de uma deficiência na produção da insulina, devido a disfunção pancreática que a mesma causa, desencadeando distúrbios metabólicos. A diabetes é classificada em 3 tipos, sendo eles a diabetes insulino dependente, diabetes não insulino dependente e diabetes gestacional. O Diabetes Mellitus Gestacional se relaciona diretamente com a gravidez, sendo uma classe clínica na qual o inicio do diagnostico acontece durante o período gestacional e desaparece logo após o parto. A prevalência desse quadro de diabetes tem sofrido um aumento no numero de casos relacionados com o aumento do diabetes do tipo não insulino dependente, acarretando em um alto índice de casos do desenvolvimento de diabetes do tipo não insulino dependentes após a gestação, em mulheres com elevados níveis de glicose. Essa condição em mulheres gestantes se dá, na maioria dos casos, em decorrência de uma predisposição genética, envolvendo os mecanismos metabólicos e hormonais. A diabetes gestacional afeta diretamente o ambiente de desenvolvimento fetal, sendo uma das causas de malformação congênita e de casos de parto prematuro. Dessa forma é possível analisar o quanto a diabetes gestacional é prejudicial tanto para a gestante, durante e após o parto, quanto para o feto que está sendo gerado pelo organismo com essa síndrome.
As causas da diabete gestacional estão relacionadas a vários fatores, que dependem do quadro e diagnostico que cada paciente apresentar. Esses fatores desencadeiam reações diferentes que afetam todo o organismo da gestante, como por exemplo o fator hormonal que, durante a gravidez, influencia na produção desregulada de hormônios pela placenta, que podem interferir negativamente na ação da insulina no organismo materno. Outro fator é a genética materna, que está ligada a uma probabilidade maior de mulheres com predisposição de resistência à insulina desenvolverem um quadro de diabetes pós parto. A obesidade também é considerada um fator de causa de diabetes gestacional, principalmente por estar presente na maioria das pessoas diagnosticadas com diabetes mellitus. Todos esses e outros fatores podem gerar complicações irreversíveis, tanto a curto prazo como a longo prazo. Desse modo, quanto antes for o diagnostico e o tratamento menos complicações serão desencadeadas, para a saúde da mãe e do feto. O diagnostico pode ser realizado por meio de um teste que deve ser preferencialmente realizado entre 24-28 semanas de gestação. Os valores para diagnóstico são: glicemia de jejum acima de 92 mg/dl, 1h e 2h após a ingestão do açúcar valores acima de 180 mg/dl e 153mg/dl respectivamente. Um valor alterado já é suficiente para a confirmação da diabetes gestacional, sendo priorizada uma dieta que deve proporcionar uma nutrição suficiente, tanto para a gestante quanto para o feto, junto com um monitoramento adequado da mãe durante toda a gestação, através das medições de concentração da glicose plasmática em jejum, semanalmente, no consultório ou no laboratório, e somente iniciar a insulinoterapia quando seu valor exceder 105 mg/dl. A atividade física também possui um papel fundamental no tratamento, pois ajuda no controle da diabetes e trazem inúmeros benefícios ao organismo das gestantes, principalmente as caminhadas, que envolvem o estímulo, adaptando corretamente cada mãe em seu tratamento que não possuem contraindicações. Portanto iniciar o tratamento da diabetes gestacional é importante para reduzir a morbimortalidade materna e fetal, pois estudos confirmam que o tratamento, iniciado de forma precoce e correta, reduz a morbidade perinatal e melhora a qualidade de vida materna pós-natal.
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