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Classificação Fisiológica da Paralisia Cerebral

Por:   •  10/7/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.237 Palavras (5 Páginas)  •  1.421 Visualizações

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QUADRO 2.1: Classificação Fisiológica da Paralisia Cerebral

   A Paralisia Cerebral é classificada fisiologicamente em três tipos, sendo eles: Piramidal, Extrapiramidal e Misto.
  O tipo Piramidal, é decorrência de uma lesão no sistema cortical e tem em sua manifestação, características como: espasticidade, hiper-reflexia, hipertonia tipo
canivete’’ com propensão para contraturas musculares.
  O tipo Extrapiramidal, é decorrência de lesão nos gânglios basais e cerebelo, possui em sua manifestação, características como: atetose, ataxia, rigidez tipo
cano de chumbo’’ e coréia.
  Já o tipo Misto, é decorrência de combinações de lesões tanto no sistema cortical, quanto nos gânglios basais e cerebelo, tendo em suas manifestações, características tanto do tipo Piramidal, quanto do tipo Extrapiramidal.

QUADRO 2.2: Classificação Anatômica da Paralisia Cerebral

   A Paralisia Cerebral é classificada anatomicamente em seis tipos, com classificações distintas. São estes: Hemiplegia, Diplegia, Tetraplegia, Monoplegia, Paraplegia e Triplegia.
  A Hemiplegia, tem um acometimento unilateral, onde, em geral, a extremidade superior é mais afetada que a extremidade inferior.
  Já a Diplegia, é caracterizada por um acometimento bilateral, onde as pernas, em geral, são mais afetadas que os braços.
  Enquanto a Tetraplegia, tem um acometimento do corpo em sua totalidade, incluindo nervos cranianos. Frequentemente, a tetraplegia é acompanhada de um déficit cognitivo.
  A Monoplegia é caracterizada pelo acometimento de um único membro, enquanto a Paraplegia tem o acometimento apenas das pernas, já a Triplegia, tem apenas um dos quatro membros, não afetado.

QUADRO 2.5: Escala de Ashworth para Tônus Muscular

   A Escala de Ashworth, é uma escala clínica de avaliação subjetiva, que mede diretamente a espasticidade. Graduando o tônus de 1 até 5.
  O tônus grau 1, não provoca nenhum aumento no tônus muscular. Já o grau 2, provoca um ligeiro aumento no tônus, produzindo uma espécie de
freada’’ quando a parte afetada é movimentada em flexão ou extensão. O aumento mais acentuado no tônus, dificultando movimentos passivos, é caracterizado como tônus grau 3. O grau 4, provoca um aumento considerável no tônus, dificultando ainda mais os movimentos passivos. Já o tônus grau 5, provoca uma rigidez na parte afetada, em flexão ou extensão.

QUADRO 2.7: Testes de Limitações Funcionais

   Alguns testes são aplicados para avaliar as habilidades e o grau das mesmas, em pessoas com PC. Os referidos testes são: Avaliação Pediátrica do Inventário das Incapacidades, que avalia as habilidades na mobilidade, auto-assistência e função social do indivíduo. Medida da Função Motora Grosseira, que avalia as habilidades motoras grosseiras. Escalas Motoras Desenvolvimentais de Peabody, que avaliam as habilidades grosseiras e delicadas, do indivíduo. Teste de Eficiência de Bruininks-Oseretsky, que avalia a coordenação motora grosseira e olho-mão, a força, o equilíbrio e a agilidade. Teste de Desempenho Motor de Lactente, que avalia o controle postural da cabeça e do tronco necessário para o movimento funcional no início da primeira infância. Escala Motora para Lactentes de Alberta, que identifica as crianças com desenvolvimento motor grosseiro retardado ou com postura e coordenação anormais.

QUADRO 2.8: Mensurações da Deficiência

   Cada característica da deficiência é medida através da utilização de um método específico.
  O Movimento Involuntário é medido com base na análise do movimento, posição e orientação de múltiplas articulações e segmentos corporais. O treinamento de
biofeedback, é utilizado para reduzir os movimentos indesejados ou medir as mudanças após uma intervenção.
  A Velocidade/Progressão do movimento, também é mensurada com base na análise do movimento, posição e orientação de múltiplas articulações e segmentos corporais, medindo as modificações após uma intervenção.
  A Espasticidade é medida através da Escala de Ashworth, mensurando a resistência ao movimento involuntário, após uma intervenção.
  O Controle e Alinhamento Postural, é mensurado através de 5 métodos, são eles: Medição do Desempenho Motor Grosseiro, que é a quantificação da deficiência no alinhamento postural, deslocamento de pesos, coordenação e ativação selecionada de articulações/segmentos específicos durante a realização de habilidades motoras grosseiras. Avaliação dos Componentes Comportamentais, caracterizada pela identificação de alinhamento postural desordenado em crianças com TC utilizando posturas de referência ilustradas e padronizadas em crianças. Escala de Avaliação na Posição Sentada, consiste em classificações do controle postural da cabeça, do tronco e dos pés durante a realização das tarefas de extensão assim como de várias outras tarefas funcionais além das medidas do desempenho funcional dessas habilidades. Avaliação de Melbourne da Função Unilateral de um Membro Superior, é utilizada uma escala da qualidade de movimento, que aborda o controle e o alinhamento do tronco, a fluência e a amplitude de movimento e a qualidade de preensão e liberação durante 12 atividades motoras e de extensão delicada. Exame de uma Criança com Ligeira Disfunção Neurológica, mede o equilíbrio, a coordenação, a postura e a função motora da criança.
  A Força é medida através da dinamometria de preensão manual e dinamometria isocinética. Sua utilização é dada através de medidas úteis dos resultados de um programa de treinamento de força para crianças com PC.
  A Amplitude de Movimento, medida através da goniometria (tal método carece de confiabilidade satisfatória na presença de espasticidade) ou eletrogoniometria, que se mostrou mais confiável.
  O equilíbrio, é medido através do Teste de Alcance Funcional, que avalia a capacidade de projetar-se para a frente na posição ereta sem perder o equilíbrio. É um método simples, rápido e confiável.
  O Custo Energético é indicado através do Índice do Custo Fisiológico, que indica o custo biológico da deambulação utilizando a frequência cardíaca (bpm) durante a caminhada menos a frequência cardíaca de repouso dividida pela velocidade da caminhada. Por conta da marcha de pessoas com PC ser ineficiente, esta medida é considerada como apenas uma estimativa do custo energético real.

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