EXERCÍCIOS FÍSICOS NO CONTROLE DA FREQUENCIA CARDIACA E PRESSÃO ARTERIAL EM HIPERTENSOS DO MUNICÍPIO DE JAGUARUANA.
Por: Cleber Cesar Ramos • 28/12/2015 • Artigo • 3.729 Palavras (15 Páginas) • 462 Visualizações
EXERCÍCIOS FÍSICOS NO CONTROLE DA FREQUENCIA CARDIACA E PRESSÃO ARTERIAL EM HIPERTENSOS DO MUNICÍPIO DE JAGUARUANA.
Cléber Cesar Ramos[1]
José Airton de F. Pontes Junior[2]
Resumo:
De acordo com Aronow, (2012), a hipertensão arterial sistêmica é um dos maiores fatores de risco para as doenças cardiovasculares, estando presente em 69% do primeiro infarto do miocárdio. No município de Jaguaruana-CE, segundo dados levantados no ano de 2014 pela Secretaria de Saúde são mais de 11% da população hipertensas, tendo como número preciso de 3,636 pessoas, sendo que 123 pertencem ao bairro Alto. O objetivo deste estudo foi verificar a resposta da frequência cardíaca de idosos hipertensos nos distintos momentos de um programa de atividades físicas orientadas (PAFO) como fator da regularização da pressão arterial (PA) de pacientes do posto de saúde do bairro Alto do município de Jaguaruana. Constituiu-se de um estudo longitudinal realizado durante 04 meses. Participaram 18 idosos com Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), em tratamento farmacológico, inativos, com a P.A superior a 140x90 mm/gh e a F.C superior a 100bpm. Realizados exames preliminares e com a autorização médica, foi iniciado um programa de exercícios físicos anaeróbicos e aeróbicos para controlar a P.A. O Índice de Massa Corporal (IMC), a frequência cardíaca e a pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) foram avaliados no início e após 04 meses de PAFO. Nas amostras de IMC, tanto na primeira, na segunda, como na terceira ocorreram diminuições bem significativas com nível de significância de p≤0,001 em todas as amostras. Nas amostras de FC, tanto na primeira, na segunda, como na terceira, observaram-se baixas evolutivas com significância de 0,42 para significância de 0,000. Contudo, nas amostras de P.A, tanto na primeira, na segunda e terceira não ocorreram diminuições significativas na Sistólica e Diastólica e nem aumento nas amostras, com isso mostrando que não é relevante para o estudo comparativo.
INTRODUÇÃO
Segundo Casado, 2009, as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) são um dos principais desafios para a saúde e para o desenvolvimento global nas próximas décadas.
De acordo com Aronow, (2012), a hipertensão arterial sistêmica é um grande fator de risco para as doenças cardiovasculares, sendo responsável pôr 69% do primeiro infarto do miocárdio, e 77% dos acidentes vasculares cerebrais.
Cesario, (2008), aponta que nas cidades brasileiras nos últimos 20 anos há uma prevalência de HAS acima de 30%. Considerando-se esses valares de PA ≥ 140/90 mmHg, e em outros 22 estudos encontraram prevalências entre 22,3% e 43,9%, (média de 32,5%), com mais de 50% entre 60 e 69 anos e 75% acima de 70 anos.
Em outro estudo Pereira, et al (2009) observaram que há uma prevalência de hipertensão arterial nos homens de 35,8% e nas mulheres de 30%, semelhante à de outros países.
De acordo com os dados do Sistema Único de Saúde (SUS) foram registrou 2010, mais de 154.919 decorrentes de complicações da hipertensão mais de 154.919 internações; em 2011, o número ficou em 136.633 e foi a 115.748 em 2012. Com isso, o Ministério da Saúde registrou a menor taxa de pessoas internadas para 100 mil habitantes nos últimos 10 anos (BRASIL, 2014).
Recentemente o Ministério da Saúde divulgou que o número de brasileiros diagnosticados com pressão alta aumentou de 21,5% em 2006 para 24,4% em 2009. A Sociedade Brasileira de Cardiologia estima que apenas 10% da população faça regularmente acompanhamento médico e siga corretamente as orientações.
No município de Jaguaruana esses números segundo dados levantados no ano de 2014 pela secretaria de saúde são mais de 11% da população hipertensas, tendo como número preciso de 3,463 pessoas, sendo que 123 pertencem ao bairro Alto (JAGUARUANA, 2014).
- Exercícios Físicos: uma forma de se obter uma melhor qualidade de vida
Segundo Neto, (1999) o exercício físico é uma atividade de repetições sistemáticas com movimentos orientados, com um aumento no consumo de oxigênio devido à solicitação muscular, gerando, portanto, trabalho.
De acordo com Wilmore, (2003) o exercício representa um subgrupo de atividade física planejada com a finalidade de manter o condicionamento. (SILVERTHORN, 2003) classifica exercícios físicos como qualquer atividade muscular que gere força e interrompa a homeostase.
Segundo Colberg, (2003) a atividade física proporciona ganhos de músculos e a perca de gordura, uma melhora no humor, redução do estresse e da ansiedade, aumento do nível de energia, melhora da imunidade, tornando as articulações e os músculos mais flexíveis.
De acordo com Sharkey (2001), indivíduos praticantes de atividades físicas têm seu estilo de vida influenciado por hábitos saudáveis, incluindo uma boa dieta e uma alimentação saudável, excluindo o uso de álcool e tabaco, controlando o peso, melhorando a autoestima e autonomia ao executar atividades do dia a dia.
Neri (2001) confirma que em praticantes de atividades físicas além da melhora do estado de saúde física e psíquica, os mesmos adquirem benefícios psicossociais que são o alívio da depressão, o aumento da autoconfiança e melhora nos relacionamentos socioafetivos.
O exercício físico é um importante aliado no combate ao sedentarismo e a diversas doenças, pois melhora a agilidade e a capacidade de se exercitar, como também a aptidão física. Em indivíduos mais fisicamente ativos há índices menores de mortalidade por todas as causas, em decorrência de uma diminuição de doenças crônicas, inclusive doença arterial coronária (TOPOL, 2005).
Cooper (1990), também concorda com Topol (2005) com relação aos benefícios que os exercícios físicos podem trazem aos indivíduos, enfatizando que quanto mais apto fisicamente estiver, menor será a probabilidade de sofrer uma hipertensão e que quanto mais sedentário for, maior será o risco de desenvolver doenças crônicas relacionadas a uma alta pressão no sangue.
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