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EFEITO DO TREINAMENTO RESISTIDO EM MULHERES PORTADORAS DE FIBROMIALGIA

Por:   •  16/5/2018  •  Projeto de pesquisa  •  2.108 Palavras (9 Páginas)  •  443 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE BELO HORIZONTE

FILIPE LUCAS DE SOUZA RODRIGUES

EDSON AGOSTINHO TAVARES

EFEITO DO TREINAMENTO RESISTIDO EM MULHERES PORTADORAS DE FIBROMIALGIA

Belo Horizonte

2018

INTRODUÇÃO

A Fibromialgia (FM) é uma doença reumática não inflamatória e crônica, de etiologia desconhecida, que se manifesta no sistema músculo esquelético podendo apresentar sintomas em outros aparelhos e sistemas. Sendo não transmissível, ataca prioritariamente a grande maioria das pessoas do sexo feminino, causando dores espalhadas em todo o corpo. Sendo que, além das dores, o paciente pode apresentar rigidez das articulações e músculos, prejuízos na atenção e cognição, problemas de humor, fadiga, transtornos mentais e físicos, disfunção intestinal, depressão, distúrbios do sono, ansiedade, dor de cabeça, diminuição da resistência muscular e da força, cansaço, baixa resistência ao frio e tontura (ANG et at., 2011; BELLATO et at., 2012; HAUSER et at., 2010b; KINGSLEY et al., 2005; KINGSLEY et al., 2005; PANTON et al., 2006; QIAO et al., 1991; RAJ et al., 2000; WIERWILLE, 2011).

A incidência da FM varia na população mundial entre 0,66% e 4,4%, sendo responsável por aproximadamente 15% das consultas ambulatoriais de reumatologia e 5% a 10% nos ambulatórios de clínica geral. Já no Brasil, a síndrome acomete cerca de 2% da população. De acordo com alguns autores, a fibromialgia ataca principalmente as mulheres (ALVARES; LIMA, 2010; BRASIO et al., 2003; CAVALCANTE et al., 2006, MATTOS; GONÇALVES et al., 2010; LUZ, 2012; PROVENÇA et al., 2004).

É caracterizada como síndrome, pois, para ser diagnosticar faz-se necessário a observação do médico e dos sintomas relatados pelo paciente. O termo reumatismo pode ser justificado pelo fato de que a FM envolve músculos, tendões e ligamentos. Portanto, a gestão da doença ainda é desconhecida por alguns pesquisadores que acreditam que não haja um único tratamento que seja eficaz para a FM, Ehrlich (2003). Porém, segundo Hauser et al. (2010b) e Hurley et al. (2011) ,como seu tratamento é diversificado e multifatorial, muitos estudos apresentam problemas metodológicos que comprometem conclusões mais apuradas. Uma das referências para o diagnóstico da FM é o mesmo recomendado pelo Colégio Americano de Reumatologia (ACR), que utiliza como parâmetro de dor bilateral em membros superiores, inferiores e na espinha dorsal por pelo menos três meses e também o excesso de sensibilidade à dor na aplicação de pressão em onze (11) dos dezoito (18) pontos músculo-tendíneos específicos (Tender-Points) (WOLFE et al.,1990).

[pic 1]

Fonte: Adaptado de Scotton e Fraga (2000); Antônio (2001); Scotton et al. (2004)

De acordo com Bates & Hanson (1998), para que um diagnóstico de Síndrome da Fibromialgia (SMF) seja confirmado, o paciente precisa queixar-se de dor “generalizada” musculoesqueléticas em quatro quadrantes do corpo – acima e abaixo da cintura e nos dois lados do corpo por mais de três meses. O médico precisa excluir a possibilidade de possível lesão traumática, doença reumática estrutural, artropatia endócrina ou teste de laboratório anormal. Balsamo & Simão, (2005) também explicam que a SFM não pode ser detectada por exames laboratoriais ou radiológicos. Por essa razão, seu diagnóstico depende principalmente das queixas ou sensações que o indivíduo relata. Durante os últimos 10 anos, entretanto, SFM tem sido mais bem definida por meio de estudos que estabeleceram regras para seu diagnóstico.

Como forma de amenizar as dores em indivíduos portadores de FM, atualmente são utilizados diversos tratamentos, dentre eles podemos destacar o medicamentoso com ministração de fármacos: amitriptilina, tramadol, fluoxetina, venlafaxina, milnaciprano: duloxetina e pregabalina e não farmacológicos: exercício físico, terapia cognitivo-comportamental, programa educacional e terapia múltipla (SANUDO et al.,2010). Ellingson et al.,(2012) sugerem que uma das estratégias utilizadas de terapia não medicamentosa para o tratamento da FM é o exercício físico. Destacam-se os aeróbicos, conforme Jones & Liptan (2009), que parecem reduzir a dor, fadiga, melhora a saúde, diminui a depressão e melhora a aptidão física dos pacientes (HAUSERET et al., 2010a).

Segundo Fleck e Kraemer (1999), o termo treinamento de força pode ser descrito como um tipo de exercício físico que requer quê os músculos se movam ou tentem se mover contra uma determinada resistência. Recentemente, Hurley et al. (2011), corroboram com a afirmativa de que a maioria dos estudos que utilizaram o treinamento resistido como tratamento da FM era de baixa qualidade. Entretanto, três estudos discordam e afirmam que programas de treinamento resistido, são seguros e podem ser recomendados aos pacientes de FM se executados corretamente (JONES et al., 2002; HAKKINEN et al., 2001; VALKEINEN et al., 2005).

O presente estudo se justifica a partir da premissa de que não foram encontrados estudos que mostrem o efeito do treinamento resistido no tratamento dos sintomas da Fibromialgia.

Portanto, o objetivo do estudo é verificar os possíveis mecanismos pelos quais o treinamento resistido concorre para atenuação dos sintomas da Fibromialgia.

MÉTODO

Amostra: O estudo contará com a participação de 20 mulheres portadoras de Fibromialgia que serão divididas em dois grupos, sendo: Grupo de Intervenção (GI) 10 pessoas e Grupo Controle (GC) 10 pessoas. As participantes têm idades entre 24 e 71 anos  com média de 35 anos e são das academias localizadas nas cidades de Sabará e Belo Horizonte.

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