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Fundamentos da GG

Por:   •  29/3/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.061 Palavras (9 Páginas)  •  675 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Podemos dizer que a Ginástica Geral pode servir tanto para competição como para recreação. Ela possibilita a transformação das relações humanas, bem como o olhar para dentro de si mesmo, possibilita ao ser humano um melhor reconhecimento do seu corpo, o compartilhar com o outro, o despertar para o mundo externo. Toda a categoria citada tem seu valor próprio que juntas objetivam o mesmo resultado, os benefícios sócios culturais, fisiológicos, cognitivos e estéticos.

A GG é o caminho para o conhecimento de grandes habilidades. Seu papel geral é citado como importante para o desenvolvimento motor, físico e psíquico.

Mas para tratarmos a respeito da GG, precisamos de antemão buscar compreender o seu momento histórico e suas respectivas modalidades para então seguirmos com nossa proposta de mostrar seus fundamentos técnicos.

DESENVOLVIMENTO

O termo ginástica vem do latim “gymnasia” - arte de exercitar, de fortificar, de desenvolver o corpo através de exercícios.

 A Ginástica Geral é a disciplina que engloba modalidades competitivas e não competitivas e envolve a prática de uma série de movimentos exigentes de força, flexibilidade e coordenação motora para fins únicos de aperfeiçoamento físico e mental. Desenvolveu-se a partir dos exercícios realizados pelos soldados da Grécia Antiga (montar e desmontar um cavalo). Naquela época, os ginastas praticavam o exercício nu (gymnos – do grego, nu), nos chamados gymnasios, patronados pelo deus Apolo. A prática só voltou a ser retomada no final do século XVIII, na Europa, através de Jean Jacques Rousseau, do posterior nascimento da escola alemã de Friedrich Ludwig Jahn – de movimentos lentos, ritmados, de flexibilidade e de força – e da escola sueca, de Pehr Henrik Ling, que introduziu a melhoria dos aparelhos na prática do esporte. Tais avanços geraram a chamada ginástica moderna, agora subdividida.

Como pratica esportiva, a ginástica teve sua oficialização e regulamentação tardiamente, se comparada a seu surgimento enquanto mera condição de pratica metódica de exercícios físicos, já encontrados por volta de 2600 a.C., nas civilizações da China, da Índia e do Egito onde se valorizava o equilíbrio, a força, a flexibilidade e a resistência, utilizando inclusive de matérias de apoio como pesos e lanças.

Anos mais tarde a Federação Internacional de Ginástica(FIG) foi fundada para regulamentar, sistematizar e organizar todas as suas ramificações surgidas posteriormente. Já as praticas não competitivas, popularizaram-se e difundiram-se pelo mundo de diferentes formas e com diversas finalidades e praticantes.

Segundo Ayoub (2003) a origem da Ginástica para Todos está relacionada com a trajetória da FIG, a qual “é a mais antiga dentre todas as associações esportivas internacionais e foi desenvolvida em uma base democrática.” Sua origem foi em 1881, com a denominação de Federação Européia de Ginástica, após a filiação dos EUA em 1921, passou a ser denominada de Federação Internacional de Ginástica. A frente da presidência o belga Nicolas J. Cuperus, “demonstrava mais interesse pelos festivais de ginástica que pelas competições”. Tal interesse foi de fundamental importância para que em 1953, realizasse o Festival Internacional de Ginástica (“Gymnasetrada” atualmente “World Gymnaestrada”) inspirada nas “Lingiádas” que acontecia na Suécia. Após este festival vários representantes de diferentes países da faixa central da Europa começaram a pressionar mais intensamente a FIG, a fim de que ela voltasse o olhar com mais dedicação para a ginástica fora do âmbito competitivo. Em conseqüência desta pressão em 1979 foi criado uma Comissão de Trabalho de Ginástica Geral, cinco anos mais tarde, foi oficializado o Comitê Técnico de Ginástica Geral da FIG com a finalidade de uma modalidade não competitiva. Uma das missões do CTGG tem sido a divulgação desta modalidade nos outros continentes.

Atualmente as modalidades de ginástica vinculadas a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) estão classificadas em: Ginástica Acrobática, Ginástica Aeróbica, Ginástica Artística, Ginástica Circense, Ginástica Para Todos, Ginástica Rítmica e Ginástica de Trampolim. Além dessas modalidades regidas pela FIG, existem ainda outras, difundidas e popularizadas, cujos fins trabalham no patamar único das melhorias para o corpo e a mente, praticadas em academias, escritórios, residências, consultórios e ao ar livre; em grupos, individualmente e como tratamento. Estas modalidades são: Contorcionismo, Ginástica Cerebral, Ginástica Laboral, Ginástica Localizada e de Academia, Ginástica natural, Corretiva, de Compensação e de Conservação e Hidroginástica.

“A ginástica é a ciência racional de nossos movimentos, de suas relações com nossos sentidos, inteligência, sentimentos e costumes, e o completo desenvolvimento de nossas faculdades. É a ciência do movimento racional, sujeito a uma disciplina e a um fim prático”.

Amoros

De acordo com o Samaranch, in Amateur Gymnastic Association (1966) ”A ginástica é a base de toda prática desportiva”. A ginástica é fundamental no aprimoramento dos movimentos naturais do ser humano, no aperfeiçoamento de suas capacidades psicomotoras, no desenvolvimento das qualidades físicas e do ritmo, podendo também ser considerada como uma forma de trabalho físico, artístico e expressivo.

Arnold & Zinke (1983) nos diz que na ginástica praticada hoje, é importante que os exercícios ginásticos (rolo, parada de mãos, etc.) estejam coordenados com o sentido dos elementos acrobáticos (saltos mortais, flic-flac e outros) e com elementos da ginástica (saltos, impulsos). Outro aspecto a ser lembrado é com relação a técnica respiratória pois o objetivo é uma expiração e inspiração regulares durante a execução dos movimentos sem suster a respiração ou interromper a contração (Borrmann, 1980).

Antes de iniciarmos a explanação sobre os exercícios, apresentaremos as posturas básicas que de acordo com Santos & Albuquerque (1984) são:

  1. Estendida – quando o tronco, braços e pernas unidas estão totalmente estendidos;
  2. Grupada – quando as pernas estão flexionadas com os joelhos próximos ao tórax;
  3. Carpada – quando as pernas estão estendidas e unidas com o tronco fletido sobre elas ou vice-versa;
  4. Afastada – quando ad pernas estão estendidas e afastadas com o tronco flexionado entre elas ou com o tronco ereto e braços elevados.

Existe uma infinidade de exercícios, porem devemos nos lembrar que se trata de exercícios básicos, dos quais partirão outros elementos ou junção de elementos que dão origem a ginástica de competição. Segue então alguns exemplos de iniciação dos exercícios básicos:

1- Vela

Em decúbito dorsal elevar as pernas e o quadril, mantendo o corpo numa posição de equilíbrio invertido a princípio com os joelhos próximos ao peito e depois com o corpo ereto, apoiado apenas na nuca e nos braços, com as mãos no solo ou ajudando a manter o quadril elevado

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