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Inclusão na Escola: o professor de educação física

Por:   •  17/4/2017  •  Projeto de pesquisa  •  2.584 Palavras (11 Páginas)  •  455 Visualizações

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Inclusão na Escola: o professor de educação física, seu entendimento e experiência em tempos de acessibilidade

’A verdadeira deficiência é aquela que prende o ser humano por dentro e não por fora, pois até os incapacitados de andar podem ser livres para voar. ’’ (Thaís Moraes)

Bruna Danduline Gomes

Dejanir Pereira Bittencourt

Rafaela Macarena Meira Silveira

Riciely Maria Gottardo

Introdução

O Censo 2010 revelou que 45 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência, isso equivale á 23,9% da população.                                                                                                                                            

Desde a década de 1980, a partir da constituição brasileira de 1988, a legislação busca a inserção e a aceitação político-social dos alunos com deficiência na escola básica regular através do Estatuto da Criança e do Adolescente, leis, decretos, dentre outros.                                                        

Em teoria, a inclusão é obrigatória e deve ser praticada tanto no âmbito escolar como em qualquer outro ambiente que a pessoa com deficiência venha a frequentar, porém é de extrema importância fornecer condições e subsídios para que essa pessoa possa desenvolver sua autonomia, tanto no espaço físico como social e intelectualmente.

Não é mais novidade ter um colega cadeirante no trabalho, um atendente de caixa com síndrome de Down, deficientes visuais ou paralisados cerebrais realizando uma apresentação de dança. E todas essas pessoas tiveram que, ou tentaram, um dia, passar pela educação básica.  

Na instituição de ensino, além da garantia de matricula para escolares com necessidades especiais, é necessária a adequação do espaço físico e fundamentalmente o conhecimento pedagógico e a qualificação do corpo docente.

O processo de “inserção” pode ser considerado ultrapassado, uma vez que já vem há mais de três décadas sendo discutido e aplicado no sistema educacional. O desafio seguinte a se superar é o do preparo para lidar com os mais diferentes tipos de deficiências.

                                                           

Metodologia

O grupo de estudo foi composto por: uma Escola Pública municipal de São Bento do Sul e duas escolas de Joinville, uma da rede municipal de ensino e outra Particular, ambas localizadas no estado de Santa Catarina.

 O instrumento utilizado para a coleta de dados foi uma entrevista com perguntas elaboradas por alunos do curso do 4º ano de educação física com habilitação em licenciatura da Universidade da Região de Joinville – Univille, com colaboração da professora Sônia Ribeiro.

 Dois dos professores entrevistados possuem graduação em Educação Física Licenciatura e Bacharelado e o terceiro apenas em graduação em Licenciatura com faixa de idade de 25 a 57 anos e de 2 à 33 anos de graduação.

Os professores serão identificados como professor 1, 2 e 3 sendo que o professor 1 será o professor da escola municipal de são bento do sul, o 2 o professor da escola particular, e o professor 3 será da escola municipal de Joinville.

Resultados e Discussão dos Dados

A partir dos dados coletados foram criadas quatro categorias de analise das respostas.

  1. A interferência do poder público no movimento da educação inclusiva

O professor 1 relata que ao seu ver está em fase de adaptação e que vai se aprimorando conforme surge a necessidade, acredita que somente quando um aluno com deficiência é matriculado é que as medidas necessárias são tomadas, seja elas arquitetônicas ou pedagógicas.

Já o professor 2 avalia como insuficiente a interferência do poder público, e que apesar de existirem alguns programas, os recursos financeiros e humanos em relação a educação inclusiva, ainda deixam a desejar e não atendem a demanda nacional.

O professor 3 acredita que o poder público não faz a sua parte quando o assunto se trata da educação inclusiva.

 Acreditamos que isso é a realidade comum ás escolas brasileiras, mesmo a educação sendo um direito de todos previsto em lei, estabelecida na Constituição Federal de 1988, no artigo 205, que define: “a educação como um direito de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho”. E estabelece como dever do estado garantir o acesso a educação e com qualidade á todos como esta no artigo 206 inciso I, “igualdade de condições de acesso e permanência na escola” e ressalta no artigo 208. “como dever do Estado, a oferta do atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino”.

  1. O entendimento do educador sobre acessibilidade, assim como a sua influência no movimento da educação inclusiva

Segundo o Professor 1, acessibilidade é todo processo que tenha como objetivo facilitar a locomoção, a aprendizagem, a convivência com a sociedade de uma pessoa com deficiência e acredita que a busca pela acessibilidade influencia positivamente, pois seja ela arquitetônica, ou através de profissionais preparados, é uma forma de eliminar o preconceito e as barreiras existentes na sociedade.

O professor 2 define como acessibilidade condições de acesso e uso dos espaços urbanos, públicos, privados, entre outros diversos locais e também acredita que influencia positivamente pois, se permitido criar condições de acesso aos indivíduos com necessidades especiais seja na acessibilidade arquitetônica ou a forma de trabalhar com estes alunos, permite-se o direito e a inclusão na sociedade (espaços públicos, educação, moradia, mobilidade urbana, etc.

O professor 3 define acessibilidade como condição ao bom uso ou acesso de espaços e materiais para todos, e destaca que a  acessibilidade proporciona melhores resultados para o trabalho, é isso que trará o acesso a educação inclusiva, algo que precisa ser repensado por todos para que seja trabalhado com mais frequência.

Observamos que para os professores acessibilidade é algo que possa facilitar e incluir pessoas com deficiência na sociedade, tanto pelo simples fato da locomoção da pessoa com deficiência em lugares públicos como a aceitação e a convivência do mesmo no trabalho, na escola, no lazer.

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