JOGOS COM INTERAÇÃO SOCIAL
Por: biancaglelis • 17/9/2016 • Pesquisas Acadêmicas • 1.839 Palavras (8 Páginas) • 1.350 Visualizações
COOPERAÇÃO COMO PRÁTICA SOCIAL:
JOGOS COM INTERAÇÃO
S U M Á R I O
INTRODUÇÃO................................................................................... 04
COOPERAÇÃO.................................................................................. 05
JOGOS COM INTERAÇÃO............................................................. 07
CONCLUSÃO..................................................................................... 09
BIBLIOGRAFIA................................................................................. 10
I N T R O D U Ç Ã O
Desde que o mundo tornou-se um lugar habitado por seres humanos, temos convivido em sociedades, todas diferentes ao seu modo, seja por tamanho, cultura, localidade, modo de distribuição... É algo encontrado em cada cantinho do mundo que seja povoado. Algo que existe em todas as sociedades, é a cooperação, que é um conceito, de certa forma, com duplo sentido, permitindo vários usos. É usado para definir ações, relações entre indivíduos, ou é usado como um conceito de organização institucional. E neste trabalho, estaremos vendo alguns assuntos que se remetem a sociedade: modos de cooperação social.
COOPERAÇÃO COMO PRÁTICA SOCIAL
A cooperação é um conceito, de certa forma, com duplo sentido, pois permite múltiplos usos. É usado para definir ações, relações entre indivíduos, ou é utilizado como um conceito de organização institucional. Para Erik Boettcher (1974, p. 22), cooperação é a atuação consciente de unidades econômicas (pessoas naturais ou jurídicas) em direção a um fim comum, pela qual as atividades dos participantes são coordenadas através de negociações e acordo. Assim sendo, em abertura, a cooperação é compreendida como uma ação consciente e combinada entre indivíduos ou grupos associativos com vista a um determinado fim.
A educação é um fenômeno abstruso da essência humana. Por consecutiva, também tem muitos sentidos, abrangências ou esclarecimentos e ocorre em diferentes lugares e de vários modos. José Carlos Libâneo (1998, p. 22) a define como o conjunto das ações, processos, influências, estruturas, que intervêm no desenvolvimento humano de indivíduos e grupos na sua relação ativa com o meio natural e social, num determinado contexto de relações entre grupos e classes sociais.
Para Mario Osorio Marques (1996, p. 14), a educação se cumpre num diálogo de saberes, não em simples troca de informações, nem em mero assentimento acrítico a proposições alheias, mas na busca do entendimento compartilhado entre todos os que participam da mesma comunidade de vida, de trabalho, de uma comunidade discursiva de argumentação.
Dessa relação nasce um "espaço de atuação pedagógica", onde se desenvolvem métodos, práticos educativos e cooperativos. Na verdade, a educação e a cooperação são dois estágios sociais que se acionam de tal forma que, diante certos aspectos, uma possui a outra. A educação é um processo social fundamental na vida dos homens. Na cooperação como processo social, produz-se educação, sendo, assim, a organização cooperativa, além de seus outros significados, também um lugar social de educação. Juntam-se e potencializam-se a educação e a cooperação como processos sociais.
No processo da educação, podem-se identificar práticas cooperativas e, no processo da cooperação, podem-se identificar práticas educativas. A organização da cooperação, em seus aspectos práticos, exige de seus sujeitos e intérpretes uma comunicação de interesses, de objetivos e práticas, a respeito do qual precisam discorrer, argumentar e definir. Nesse processo de interlocução de saberes de cada associado, os dois acontecimentos se relacionam, entrelaçam-se e se potencializam como práticas sociais específicas. Assim, no bate-boca da cooperação, cumpre-se a educação, fundada no processo de construção e reconstrução dos diferentes saberes daqueles que participam da preparo e das práticas cooperativas. Há assim, uma estreita relação entre esses dois acontecimentos, entre essas duas práticas sociais: na prática cooperativa, para além de seus propósitos e interesses específicos, produz-se conhecimento, educação e aprendizagem; na prática educativa como processo complexo de relações humanas, encontra-se cooperação.
Para entender essa analogia em suas aberturas práticas, em seus significados, deve-se olhar e perguntar pelo seu uso social, pelos seus sentidos, por suas forças, suas agitações, suas ascendências. Deve-se perguntar pelos alvos, interesses e necessidades de quem pratica a cooperação, de quem está envolvido no processo da educação. Deve-se compreender o sentido pedagógico dessas práticas, isto é, a direção que se dá ao processo educativo.
Afirmando a importância da cooperação, diz Pierre Lévy (1999, p. 44) que a riqueza das nações depende hoje da capacidade de pesquisa, de inovação, de aprendizado rápido e de cooperação ética de suas populações. Esta afirmação pode ser trazida para o contexto da realidade regional na qual se quer atuar. Necessita a região, em função de seu desenvolvimento, de incentivo à pesquisa científica, de inovação tecnológica, de novas aprendizagens e de cooperação de todos os atores e sujeitos presentes nos seus diferentes espaços das atividades humanas. Porém, como algo que nasce de dentro da região, enraizado e participado, como expressão de sua afirmação no contexto maior.
Estes aspectos todos precisam conduzir a uma base de força política, de identidade e afirmação. A necessária politização desses aspectos do desenvolvimento regional coloca, quem sabe, um dos maiores desafios à educação na região. A cooperação como prática social, um lugar de discussão e de ações, de argumentação e realização, pode constituir-se em espaço de "educação política" das pessoas que o integram. Na prática da cooperação, certamente, os seus sujeitos cooperados tomam consciência das diferentes dimensões dos fatos da vida, dos seus significados, dos interesses e das relações sociais que constroem entre si.
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