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Pedagogia do esporte: Significações da iniciação esportiva e da competição

Por:   •  3/7/2018  •  Resenha  •  818 Palavras (4 Páginas)  •  531 Visualizações

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Universidade Federal de Goiás

Discente: André Augusto Batista Pires

“Pedagogia do esporte: significações da iniciação esportiva e da competição”

Com a influência da mídia para as práticas esportivas em escolas e até clubes, a iniciação esportiva está alcançando cada vez mais as crianças e isso vem gerando uma inquietação dos estudiosos da área sobre até que ponto isso é positivo para as crianças, seja para aquelas que praticam esportes como forma de entretenimento até as que almejam ganhar competições.

Nesse artigo os autores trazem a discussão de como é tratada a pedagogia da iniciação esportiva e as competições e fazem uma crítica sobre o tema ao ressaltar que o vencedor sobrepõe o perdedor. Um dos sinalizadores disso pode ser visto pelo distanciamento do objetivo da recreação, aproximando-se da dinâmica de competições em que os resultados devem vir quase imediatamente ao início da prática, sendo muito importantes para deixar a criança motivada a continuar no esporte.

Os autores trazem a fala de Coakley, em que a iniciação esportiva se divide em dois eixos distintos, o primeiro relacionado à proporcionar prazer e participação e o segundo visando resultados e performance, a fim de achar talentos o mais cedo possível para nutrir as categorias acima e consequentemente os times profissionais. Desta forma, a partir do segundo eixo, o esporte estaria atendendo a demanda de adultos e/ou instituições, deixando as necessidades das crianças em segundo plano. Além disso, Coakley também traz que as principais motivações para a prática esportiva seriam as oportunidades bem sucedidas, influências da família e amigos e as habilidades e características pessoais. Logo, fica claro que um das preocupações do autor é a formação das crianças, que acaba ficando de lado, enquanto o foco principal está na formação de atletas antes de pessoas.

Uma característica que se torna muito recorrente e bastante estudada passa a ser a especialização precoce da criança, que exige a execução de ações técnicas características de situações de jogos mais complexas, supervalorizando o desempenho da performance e deixando de lado o processo de aprendizagem e o prazer pela prática esportiva em questão.

Rose Junior não faz uma interpretação positiva da competição esportiva para as crianças ao criticar a especialização precoce e a exigência de bons resultados, que incentivam a vitória a qualquer custo. Ela ressalta o fato de que a criança não é preparada para a derrota, mesmo não sendo possível saber quem sairá vencedor de uma competição.

Os autores também trazem para o texto o autor Byrne, que mostra que uma das principais influências no desenvolvimento da criança com o esporte é o técnico, que tem maior influência que a família nesse aspecto, sendo que em alguns casos os interesses das crianças pelo esporte ficam de lado e sobressaem-se os objetivos dos adultos, tendo o esporte não como um momento de lazer e sim como um planejamento a longo prazo, com o intuito de transformar a criança em um profissional.

Vale ressaltar que o problema não está em estimular a competitividade infantil, mas sim na motivação por trás dos resultados da competição, em que os vencedores

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