A Auditoria em Serviços de Saúde

Pós Graduação Albert Einstein

Auditoria em Serviços de Saúde – turma B

Auditoria Contábil e Financeira

Carolina Lodo

Felipe Ramos

Gabriela Souza

Isadora Stefanini

Maíra Rugoni

Paloma Ferrer

São Paulo

2015

1. Introdução

        Este trabalho mostra a rotina de um hospital de grande porte situado no município de São Paulo.

Avalia-se também o como é feito a auditoria interna e o controle interno, fazendo um levantamento de materiais (curativos e medicações) utilizados na UTI adulto.

        Este determinado hospital conta com a tecnologia como auxílio ao seu meio de trabalho, utilizando dois sistemas de dados, sendo eles o Tasy (prontuário eletrônico) e Pyxis (sistema para controle de retirada de medicamentos e utensílios), nos quais consta com todas as anotações possíveis de serem feitas e suas contabilizações por meio eletrônico, assim, diminuindo os riscos de informações inconsistentes e incoerentes para poder facilitar o trabalho dos auditores em questão.

2. Caracterização da empresa, setor e itens auditados

2.1 Caracterização da empresa

Hospital privado de grande porte situado no município de São Paulo.

2.2 Setor e itens auditados

Foi realizado o levantamento de materiais como curativos e medicações, que são utilizados em uma UTI adulto provida de 10 leitos.

Para realização deste trabalho, utilizou-se de auditoria interna a do tipo simultânea, realizada durante o período de internação com visitação in loco.

Durante a visita dos auditores na unidade, são levados em consideração os itens utilizados no cuidado geral dos pacientes como materiais de punção venosa, curativos de cateteres, curativos gerais e medicações.

Para o melhor controle dos itens utilizados em cada paciente, a instituição implantou sistemas de controle com o uso do sistema eletrônico conhecido como Tasy, que é um prontuário eletrônico que contém a prescrição médica, anotações de enfermagem e processos referentes à internação do indivíduo.

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Figura 1: Página inicial sistema Tasy

        Pode ser visto na figura a seguir, a prescrição médica e o sistema de anotações de enfermagem. A prescrição médica é contemplada com legendas que auxiliam o auditor no momento da análise, como por exemplo, uma medicação que foi preparada, mas em seguida foi suspensa e, portanto não administrada e também não poderá ser devolvida ao serviço de farmácia, gerando uma despesa na conta do cliente que em determinado momento, poderá ser contestada pelo convênio do mesmo.

        No campo de Anotações de Enfermagem, o profissional deverá saber qual o tipo de anotação irá fazer que também serve como auxílio no momento da auditoria, uma vez que, por exemplo, o auditor queira conferir se o tipo e a quantidade do material de curativo cobrado vai de encontro ao que está descrito no sistema eletrônico.

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Figura 2: Sistema Tasy – Prescrição médica e sistema de anotações de enfermagem

        Além do Sistema Tasy, outros métodos para controle dos gastos gerados são utilizados pela instituição e auxiliam a realização da auditoria interna. O sistema Pyxis compreende o controle dos materiais utilizados individualmente durante o período de internação. Neste sistema, os materiais são disponibilizados em uma série de estantes lacradas e numeradas que são liberadas mediante a solicitação do funcionário, cliente, material e quantidade, ou seja, são liberados apenas para o indivíduo que realmente irá utilizar e na quantidade necessária.

        Outros materiais como luvas, álcool e de uso mais comuns são incluídos na diária do cliente, não sendo necessária a retirada dele no Pyxis e consequentemente, sem gerar a cobrança indevida ao cliente.

        

        Durante a auditoria interna, o auditor pode confrontar o extrato dos insumos retirados no Pyxis e os que estão registrados no sistema Tasy, verificando assim, se há inconsistências no processo.

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Figura 3: Sistema Pyxis

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Figura 4: Retirada do material no Sistema Pyxis

        Em relação aos medicamentos utilizados, outro sistema implantado que auxilia no controle dos gastos excessivos é a presença de uma sala de preparo, onde um profissional específico realiza o preparo da medicação através da prescrição contida no sistema Tasy, a leitura de código de barras e a liberação da medicação correta, no horário devido e para o cliente certo, ou seja, em casos de alta hospitalar ou procedimentos que o paciente estiver ausente da unidade, as medicações não serão preparadas. Todo este processo auxilia na diminuição de gastos indevidos.

Juntamente aos sistemas já apresentados, a auditoria interna do setor analisado leva em consideração o chamado “Cardápio”, onde são contemplados os procedimentos realizados e suas taxas a serem cobradas, e novamente, os auditores utilizam os sistemas Tasy e Pyxis para confrontar as informações contidas com as contas apresentadas.

        No cardápio, além das taxas de curativos, são também apresentadas as taxas de oxigenoterapia e procedimentos invasivos, ou seja, as taxas que representam grande contingente dos gastos elevados de um hospital a serem cobrados do paciente.