A Estimativa Rapida Participativa
Por: alguem0101 • 19/4/2016 • Trabalho acadêmico • 1.328 Palavras (6 Páginas) • 834 Visualizações
III – Desenvolver um cronograma
1. Programar o tempo que se julga necessário, em dias ou semanas, para:
• seleção dos membros da equipe: Diego Freire Marincek e Ana Cristina Ribeiro Rocha, tendo a ajuda das ACS e com acompanhamento feito pelas tutoras do curso de Medicina.
• treinamento dos membros da equipe: Em um momento inicial de organização dos detalhes e das demais etapas da pesquisa, iniciamos a coleta dos dados das diferentes fontes, exploração do campo e aplicação do questionário.
• análise dos dados existentes: Por meio dos dados do SIAB, podemos inferir que população cadastrada na área de abrangência do PSF Vila Mariana foi 4.577 no ano de 2001. Notamos então, uma redução da população cadastrada nos anos de 2005 que foi de 3.611 e 2006 com 3.649.
• reconhecimento inicial do campo: Em meados da década de 60, a “Vila Mariana” era um grande pasto de uma fazenda pertencente à família Botelho, tradicional em Paracatu. O nome “Vila Mariana”, se deu pelo fato de que antes da família Botelho, morava na região uma fazendeira chamada “Dona Mariana”, que era dona das terras, e por isso decidiu-se pelo nome. No início dos anos 70, foi vendido 25 hectares para a IMPAR (Imobiliária Paracatu Ltda.), primeira imobiliária da cidade, no qual deu início a vários loteamentos. Era uma área arborizada e encontrava-se água potável.
• elaboração dos questionários: Buscamos realizar um trabalho de mapeamento das características socioeconômicas e demográficas do bairro Vila Mariana, no período de 25 de agosto a 15 de setembro de 2006.
• seleção dos informantes-chave: Buscou-se a identificação de informantes chaves, que são moradores antigos da área e pessoas com diferentes funções na comunidade.
• aplicação dos questionários: Foram entrevistadas, utilizando um questionário padronizado, dez pessoas com diferentes funções na comunidade, tais como: funcionárias da unidade de saúde, representantes do bairro, comerciantes e moradores antigos.
• observação de campo: Em relação à topografia, 90% da área do bairro é irregular e 10% plana. Nota-se que cerca de 90% da área é asfaltada. O uso do solo é predominantemente residencial, sendo que a maioria é propriedade privada.
• análise do conjunto de dados coletados das distintas fontes: As informações foram adquiridas por meio de entrevistas (Informantes-Chave), dados do SIAB (Sistema de Informação de Atenção Básica) e pesquisas de campo, tendo a ajuda das ACS e com acompanhamento feito pelas tutoras do curso de Medicina. Foi feita uma análise da distribuição espacial das características socioeconômicas, culturais, demográficas e epidemiológicas da área de abrangência do PSF Vila Mariana.
• definição das microáreas de risco e das necessidades de saúde: O território é divido em cinco microáreas, as quais são de responsabilidade da equipe de saúde. Os profissionais são responsáveis pelo cadastramento, acolhimento, consultas, vacinação, tratamento dentário e promoção de saúde. Como as microáreas passam por diversas modificações, é importante que se realize novas pesquisas de Estimativa Rápida Participativa para se obter informações específicas e atualizadas, as quais serão de grande importância no conhecimento e planejamento de ações em saúde e para que essas sejam mais efetivas. Necessidade de um maior recurso para trabalhar com o grupo operativo (ex.: grupos de hipertensos, 3ª idade e etc.). Com relação a saúde do adulto, principalmente no que se diz respeito a patologias como diabetes e hipertensão, a equipe deve estar preparada para evitar complicações dessas doenças. A adesão do paciente é fundamental para se obter o controle da pressão arterial e da glicose, e ainda constitui um grande desafio para a equipe de saúde. Apesar da eficácia dos medicamentos no controle de tais níveis, os profissionais devem estar atentos aos pacientes que são assintomáticos e orientar a população quanto à mudança no estilo de vida e prática de exercícios físicos.
2. Organizar essas atividades na sequência ideal – sugerimos a ordem apresentada neste manual – e ordenadas no tempo. Isso permitirá saber quanto tempo será dispensado a essa atividade.
IV – Elencar os dados pertinentes à análise
- Dados sobre a comunidade:
- Composição: Predomínio da população feminina de 20 a 39 anos na área de abrangência nos anos de 2001, 2005 e 2006. O número de crianças na faixa etária de 0 a 4 anos em 2001 foi 459, contra 250 no ano de 2005 e 239 em 2006. Na faixa etária de 10-19anos, havia em 2001 1.092 jovens, 833 em 2005 e 817 em 2006, nota-se uma queda da população nessa faixa etária. Em 2001 havia na área 2.347 pessoas entre 20 e 59 anos, em 2005 1.946 e em 2006 1.995 pessoas. Tomando por base a população idosa (acima de 60 anos) da área, havia em 2001 187, 235 em 2005 e 257 em 2006.
- Movimentos Migratórios: Pode ser para outros bairros ou cidades, e até mesmo por óbito.
- Organização Comunitária: Foram entrevistadas dez pessoas com diferentes funções na comunidade, tais como: funcionárias da unidade de saúde, representantes do bairro, comerciantes e moradores antigos. Buscou-se a identificação de informantes-chave, que são moradores antigos da área e pessoas com diferentes funções na comunidade.
2. Descrição do ambiente:
- Físico: Em relação à topografia, 90% da área do bairro é irregular e 10% plana.
- Socioeconômico: 100% dos homens são assalariados, 70% das mulheres são donas de casa e 30% trabalham fora do lar. Entre os jovens, 20% começaram a trabalhar após 18 anos e 100% dos jovens abaixo desta idade estão estudando. Em relação ao nível de renda familiar mínima, 70% delas vivem com mais ou menos dois salários mínimos, 10% não têm ideia do valor e 20% vivem com 3 a 4 salários mínimos.
- Distribuição dos problemas de saúde: Principais Doenças da Área de Abrangência - Alcoolismo, Chagas, Deficiência mental, Deficiente físico, Diabetes, Epilepsia, Hanseníase, Hipertensão Arterial, Malária.
3. Avaliação dos serviços e de suas condições
- Tipos de serviços existentes (saúde, educação, centros sociais, creches): Existem creches na área, no entanto, dos entrevistados, apenas 30% as consideram suficientes e 70% relatam que existem creches, mas faltam vagas. A população tem fácil acesso a bares, cantinas, sacolões, lanchonetes e outros, sendo que o comércio local atende às necessidades básicas da população do bairro. Cerca de 80% da população tem conhecimento dos projetos sociais existentes no bairro, como ginástica na praça, ginástica para idosos, escola de informática e escola de capoeira, que são coordenados pela SEELA (Secretaria de Esporte e Lazer) e por particulares. Os entrevistados consideraram que 100% das escolas tinham boa estrutura e foram consideradas de fácil acesso por 80% deles. Com relação aos serviços de saúde, 90% dos entrevistados disseram que frequentam os serviços e 60% destes acham que as campanhas e serviços são bem divulgadas. 90% não têm o conhecimento e opinião sobre o Conselho de Saúde.
- Condições de acesso e suficiência da oferta em relação à demanda: Falta de infraestrutura do bairro, como ausência de farmácias e delegacia. O número de creches existentes no bairro é insuficiente para atender a demanda do bairro, pois com a crescente inserção da mulher no mercado de trabalho, as creches tornaram-se ainda mais necessárias e presentes na educação das crianças. A carência de instituições públicas de ensino superior no bairro compromete a inclusão educacional de muitos jovens da área, pois como a maior parte da população do bairro vive com cerca de dois salários mínimos, fica quase impossível o acesso a um curso superior.
4. A equipe de trabalho deverá discutir o que considera relevante investigar, para que se acrescente isso ao rol de dados a serem coletados. É necessário ressaltar que essa pesquisa deve respeitar a especificidade da necessidade de cada município, território ou micro área.
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