A Saúde Mental
Por: KarolMartiles • 12/2/2018 • Trabalho acadêmico • 7.413 Palavras (30 Páginas) • 329 Visualizações
RESUMO
Este trabalho tem como principal objetivo contribuir para uma maior compreensão dos transtornos alimentares, especialmente anorexia e bulimia nervosa. Pretende também esclarecer uma série de fatores, inclusive socioculturais que, em conjunto, podem levar ao desenvolvimento desses transtornos.
Os transtornos alimentares são desvios do comportamento alimentar que podem levar à caquexia e à obesidade, entre outros problemas físicos, os quais se destacam: a osteoporose, a destruição grave e a arritmia cardíaca. Dentre os principais tipos de transtornos alimentares existentes, já citado acima. Essas patologias nas últimas décadas têm tido incidência aumentada de forma alarmante e vem representando na atualidade importante causa de morbimortalidade que requer intervenção terapêutico multiprofissional.
1.0 INTRODUÇÃO
Segundo a Sociedade Brasileira de Psiquiatria Clínica (SBPC), a cada ano milhões de pessoas desenvolvem graves transtornos do comportamento alimentar. Muitas acabam colocando sua vida em risco. A maior parte, mais de 90% das pessoas que sofrem com esses transtornos são adolescentes e mulheres jovens. Uma das razões que levam essas pessoas a tornarem-se mais vulneráveis a transtornos alimentares é a tendência de fazerem rigorosos regimes para obterem uma “silhueta ideal”. Nos últimos anos, as mulheres têm sido vítimas de diversos padrões de aparência física, que as têm submetido a fortes pressões e a dietas com objetivo de corresponder às expectativas sociais de magreza. A sociedade exige e reforça um padrão físico absolutamente irreal e muito distante do que realmente é considerado saudável.
Nas últimas décadas, a preocupação das mulheres com a forma tornou-se tão radical que o ideal de magreza acabou transformando-se, cada vez mais, num padrão irreal e destrutivo.
Os transtornos alimentares podem levar ao emagrecimento extremo (caquexia), obesidade entre outros problemas físicos, psíquicos e incapacidades. Dentre os principais transtornos alimentares existentes temos a anorexia e a bulimia nervosa. Essas patologias estão intimamente relacionadas por apresentarem em comum a mesma patogenia, que leva a redução significativa do peso corporal.
No caso específico da anorexia nervosa, à mesma é uma patologia bastante comum na puberdade, que tende a se manifestar principalmente no sexo feminino, tendo como principal sintoma a perda de peso em decorrência da redução significativa de ingestão de alimentos, não por falta de apetite, mas devido à resistência a ingestão de alimentos, em virtude da preocupação excessiva com o peso corporal (medo de engordar), mesmo o peso estando abaixo do considerado normal para a altura do indivíduo. Ao passo que a bulimia nervosa se caracteriza pela presença de episódios de excesso de apetite, seguido de vômitos induzidos, uso constante de diuréticos e/ou laxantes para controlar e/ou reduzir o peso corporal em virtude de medo mórbido de engordar. Assim sendo, tanto na anorexia como na bulimia nervosa acaba levando o indivíduo à perseguição implacável em busca da magreza extrema.
Sabe-se que muito antes do quadro clínico da anorexia e bulimia nervosa se estabelecer, os anoréticos e os bulímicos já apresentavam alguma alteração emocional/comportamental. Com a evolução da patologia a pessoa desenvolve distúrbios mentais, osteoporose, entre outros problemas físicos e psicológicos.
A anorexia e a bulimia nervosa são transtornos alimentares cujo tratamento clínico requer a intervenção de uma equipe multiprofissional da área da saúde, composta por médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de enfermagem entre outros; que dentro de suas áreas e atuação prestarão atendimento e fornecer orientações aos pacientes e seus familiares.
A obesidade, em termos gerais, está incluída no International Classification of Diseases (ICD) como uma condição médica (doença), mas não aparece no DSM IV como um transtorno alimentar por não ter sido estabelecida consistentemente a sua associação com uma síndrome do comportamento psíquico. Contudo, quando há evidências a respeito de fatores psicológicos importantes presentes na etiologia de um caso particular de obesidade, isso pode indicar que as condições médicas afetadas mostram a presença de fatores psicológicos atuantes.
A obesidade, talvez seja a enfermidade mais antiga que se conhece. Pinturas e estátuas em pedras já apresentavam mulheres obesas. As mesmas já foram encontradas em múmias egípcias, pinturas, porcelanas chinesas da era pré-cristianismo, esculturas gregas e romanas e em vasos dos Maias e Incas nas América.
O excesso de gordura é um dos maiores problemas de saúde em muitos países, principalmente os industrializados. A obesidade é um problema de abrangência mundial pela Organização Mundial da Saúde pelo fato de atingir um elevado número de pessoas e predispõe o organismo a vários tipos de doenças e a morte prematura.
A obesidade é comum nos EUA sendo encontrada 33% em adultos e 20% nos adolescentes. Os americanos ingerem muita energia sob forma de gordura, especialmente as altamente saturadas e tem uma dieta pobre em amidos e fibras, este comportamento explica o motivo pelo qual os americanos apresentam taxas elevadas de além da obesidade, doenças cardíacas, hipertensão arterial e alguns tipos de câncer.
Apesar de uma parte da população brasileira sofrer de desnutrição nos centros urbanos vê-se um surto de “gordinhos” e obesos devido à inatividade física e a ingestão imprópria de alimentos. Com o quadro de crescimento de obesos na última década o Brasil começou a se preocupar com esta questão. Segundo IBGE 1 em cada 10 adulto é considerado obeso e a tendência é de aumentar esta proporção.
Devemos estar atentos nos períodos críticos de ganho de peso corporal, são eles: hormonal (adolescência, gravidez e menopausa); estresse e ansiedade (estresse prolongado, morte de um ente querido ou perda divórcio, Movimento & Percepção, Espírito Santo de Pinhal, SP, v.6, n.8, jan./jun. 2006 – ISSN 1679-8678 32 separação); mudanças no estilo de vida (aposentadoria, fim de carreira esportiva, meia-idade, ocasiões festivas) e fisiológica.
2.0 DESENVOLVIMENTO
A metodologia empregada para a realização desse trabalho foi revisão de literaturas, livros e artigos científicos publicados em periódicos científicos impressos e disponibilizados em bases de dados eletrônicos SCIELO, Biblioteca Virtual em Saúde – BIREME, site de acessos livres e gratuitos Google.
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