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A VULNERABILIDADE DOS ADOLESCENTES À TRANSMISSÃO DE HIV/AIDS: uma perspectiva das políticas de saúde pública

Por:   •  24/2/2019  •  Artigo  •  4.047 Palavras (17 Páginas)  •  338 Visualizações

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A VULNERABILIDADE DOS ADOLESCENTES À TRANSMISSÃO DE

HIV/AIDS: uma perspectiva das políticas de saúde pública

 

 

Esther da Costa Froes¹ 

 Francisca Poliane Silva Soares1  

 Reiziane Melo da Costa Santos2 

 Tatiana Leite Mafra3

Maria do Socorro Correa da Cruz4

 

Resumo: Sabe-se que a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS/HIV), retrata um fenômeno global e dinâmico cuja ocorrência depende de uma rede complexa de determinantes fatores, que são eles políticos, socioeconômico e culturais, dos adolescentes com faixa etária entre 15 a 24 anos no qual expressa a vulnerabilidade a este grave grupo populacional de saúde pública. Desse modo, o presente estudo objetiva-se por demonstrar a vulnerabilidade de adolescentes em relação à infecção, identificando os fatores que os levam a exposição dessa doença,  bem como descrever as condições sócio demográficas no qual eles estão inseridos. Assim, utilizou-se como metodologia, um estudo de revisão bibliográfica, utilizando-se de documentos acessados no site do Ministério da Saúde e artigos publicados, as literaturas usadas são referentes aos anos de 2010 a 2017.  Há muitos adolescentes não têm o devido conhecimento sobre o HIV/AIDS, e por esta razão, acabam contraindo a doença. Desta forma, existem várias maneiras pelas quais ocorrem a transmissão, sendo essa transmissão dada por meio da via sexual desprotegido, por via sanguínea ou através da barreira placentária, amamentação, além de materiais perfurocortantes, como agulhas, alicates etc., Nesse estudo também encontra-se fatores fundamentais para  diagnosticar  a doença, bem como as formas de  prevenção e tratamento do HIV/AIDS.

Palavras-chave: AIDS, HIV, Adolescentes, Vulnerabilidade.

1 INTRODUÇÃO  

        Desde o surgimento dos primeiros casos da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS/HIV) os casos no Brasil tornaram-se uma epidemia, no qual desafia o sistema de saúde pública bem como os profissionais da área, no que diz respeito à prevenção.

        Atualmente, a infecção o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), retrata um fenômeno global e dinâmico cuja ocorrência depende de uma rede complexa de determinantes fatores, que são eles políticos, socioeconômicos e culturais. Levando tais aspectos para a proporção de infecções nos adolescentes, isso torna-se ainda mais agravante.

        Os adolescentes estão sendo mais vulneráveis quanto a infecção por HIV, pois estão vivendo uma fase de transformação do corpo e também de comportamento, devido a transição para a vida adulta. A adolescência tornou-se uma fase de maior vulnerabilidade , não só pelas modificações biopsicossociais que ocorre com eles, mas também pela necessidade que os adolescentes possuem de explorar algo novo.

         Nota-se que os jovens menos vulneráveis são aqueles que conversam com os pais sobre sexualidade e que tem maior nível de conhecimento. Mas são poucos os que dialogam sobre essa temática, pois há muitos pais que não tem uma relação de proximidade com os filhos, e também a falta de fortalecimento de um vínculo dos profissionais de saúde com esses jovens e isso acaba influenciando ainda mais a vulnerabilidade deles.

        Muitos desses adolescentes contraem a doença por não possuírem informações adequadas, ou até muitos dele tem conhecimento mas ignoram por achar que durante a primeira relação sexual não há risco de contrair a doença, e consequentemente acabam por se expor durante realizando o ato sexual desprotegido, e com isso tornam-se ainda mais vulneráveis a transmissão.

        É importante salientar que a família é um dos fatores fundamentais na educação sexual, pois os pais devem conversar com seus filhos e quebrar o tabu de que pais e filhos não podem dialogar abertamente sobre sexualidade, a escola também tem um papel importante na divulgação de informações para esses adolescentes em relação a sua vida sexual e outros fatores de medida de prevenção, bem como os profissionais de saúde também devem desenvolver estratégias por meio de campanhas para orientá-los. E dessa forma todos estarão ajudando esses adolescentes a se prevenirem e consequentemente ter uma vida sexual saudável.

2  A AIDS/HIV E SEU CONTEXTO HISTÓRICO

         A AIDS é uma doença que vem cada dia mais se tornando um dos maiores problemas da saúde dos últimos tempos, isso por causa da sua gravidade e a sua pandemia que ela gera.

        Segundo estudos, o surgimento desta doença ocorreu na década de 80, nos Estados Unidos, porém há relatos de que essa doença teve sua origem na África Subsaariana, através do sangue de primatas que estavam contaminados com vários tipos vírus, dentre eles o HIV, no qual, em 1983 foi constatado que ele é o agente que causa a AIDS, e esses homens ao entrarem em contato com o sangue acabavam sendo contaminados.

                  De acordo com dados do Ministério da Saúde (2017) a AIDS:

[...] é causada pela infecção do vírus da imunodeficiência humana (HIV é a sigla em inglês). Esse vírus ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. (BRASIL, 2017).

        O HIV está presente na corrente sanguínea dos portadores, e acaba infectando as células do sistema que está imune, mas muitos não sabem porque ainda não apresentaram sintomas, e quando estes sintomas começam a se manifestar ele já vem modificado, pois tem uma taxa muito alta de mutação, caracterizando-se como a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), no qual apresenta sintomas que vão identificar a presença dessa patologia na corrente sanguínea. Muitas vezes os sintomas demoram anos para se manifestarem, porque a doença vai evoluindo de acordo com os estágios dele, de forma lenta e silenciosa.

        Após os primeiros casos de HIV descobertos em 1980, houve uma grave problema de saúde pública, de início gerando uma epidemia e não demorou muito para tornar se uma pandemia, devido ao seu grande número de casos que foi aumentando nas diversas regiões do mundo. (BAZIN et al, 2014 apud AMARAL, 2016).

        A partir do primeiro caso que ocorreu na década de 80, até o princípio do ano de de 2015, o Brasil registrou cerca de 798.366 casos, sendo 290.929 mil óbitos registrados, todos relacionado à AIDS até o mês de dezembro de 2014. Na região do Nordeste, mais especificamente no Maranhão, no mês de junho de 2015 houve um número de casos foi de 14.286 e obteve 4.141 mil óbitos. (BRASIL, 2015).

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