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ABORTO INCOMPLETO

Por:   •  28/4/2015  •  Dissertação  •  880 Palavras (4 Páginas)  •  991 Visualizações

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ABORTAMENTO INCOMPLETO

    Está relacionado com a eliminação do feto, ou seja, o feto geralmente é expelido e a placenta e bolsa amniótica são retidas, causando hemorragia persistente e infecção. O abortamento incompleto é comum após 8 semanas de gestação.O sangramento é intermitente, podendo ser intenso por consequência de restos ovulares que impedem a contração uterina adequada.O útero tem volume aumentado, mas com o escoamento do líquido amniótico, comumente do feto, reduz suas dimensões. O colo está entreaberto.

Tratamento

    O tratamento para o abortamento incompleto é o esvaziamento cirúrgico, ou seja, a aspiração a vácuo.

ABORTAMENTO INFECTADO

    Geralmente este tipo de quadro decorre da tentativa ilegal de indução do abortamento. Nestes casos existe infecção intrauterina, geralmente provocada por patógenos introduzidos por objetos contaminados. Dependendo da gravidade do processo, a paciente pode apresentar saída de material fétido ou purulento, febre, comprometimento do estado geral e quadros abdominais variáveis.Os microrganismos causadores são os existentes na flora normal do sistema genital e dos intestinos: cocos anaeróbios, E. coli, bacteroides, Clostridium perfringens.

A classificação usada é:

Endomiometrite: É a mais comum. A infecção é limitada ao conteúdo da cavidade uterina, à decídua e provavelmente ao miométrio.

Pelveperitonite: A infecção progride, localizada no miométrio, nos paramétrios e anexos, comprometendo o peritônio pélvico.

Peritonite: É a forma extremamente grave da infecção generalizada. Há peritonite, septicemia e choque séptico.Em casos de abortamento provocado por substâncias injetadas no útero, considera-se o quadro do infarto uteroanexial.

Tratamento

    O tratamento é a terapêutica anti-infecciosa de largo espectro. Ocitócitos: ocitocina e derivados ergóticos.Sangue, solutos glicosados, Ringer Lactado, em função da anemia, desidratação, diminuição de eletrólitos.Em casos graves como choque séptico, esquemas de antibióticos como ampicilina mais clindamicina, gentamicina. Em certos casos a paciente pode precisar de cirurgia, para esvaziar possível conteúdo ovular, devendo-se drenar o abscesso pélvico ou extirpar o órgão.Na infecção causada por Clostridium, está indicado por vezes a histerectomia total com anexectomia bilateral.

 ABORTAMENTO HABITUAL

    Abortamento espontâneo é a perda de duas ou mais gestações.

Etiologia:

Fatores epidemiológicos: Este abortamento, afeta cerca de 5% dos casais.A idade materna e o número de abortamentos anteriores são fatores de risco. A idade paterna também tem sido reconhecida como fator de risco.

Alterações cromossômicas: Em 5% dos casais com dois ou mais abortamentos recorrentes pelo menos um dos parceiros, em especial a mulher é portador da anomalia.

Síndrome antifosfolipídio: Talvez seja a causa mais importante do abortamento habitual. A SAF refere-se à associação entre anticorpos antifosfolipídico – lúpus antigoagulante (LAC) e anticardiolipina (aCL).

Doenças endócrinas: Associadas à deficiência luteínica, hipotireoidismo (tireoidite de Hashimoto) e síndrome do ovário policístico.

Fatores anatômicos: malformações uterinas, pois deformam a cavidade uterina e prejudicam o desempenho reprodutivo, acentuando a incidência de abortamentos.

Insuficiência cervical: A insuficiência cervical determina abortamentos do 2º. trimestre e o diagnóstico é feito pela história clínica de ruptura espontâneas e dilatação sem dor.

Miomas: Os miomas também podem determinar abortamento no 2º. Trimestre, pois eles distorcem a cavidade intrauterina.

Fatores Imunológicos: As células T regulatórias são um subtipo de célula T auxiliar CD4 que funciona para inibir a resposta imunológica decorrente de infecção, inflamação e autoimunidade.

Tratamento

    O tratamento traz as seguintes medidas terapêutico: Fertilização in vitro com diagnóstico pré-implantação nas alterações cromossomiais;Se houver insuficiência luteínica, deve-se administrar progesterona vaginal;Administração de levotiroxina no hipotireoidismo;Redução de peso e metformina;Administração de heparina e ácido acetilsalicílico infantil.O casal com abortamento habitual de causa inexplicável deve ser confortado e comunicado que terá chance de êxito de 70% em outras gestações, mas para que isso aconteça deve-se ter mudança no estilo de vida com exercícios moderados, perda de peso, suplementação de ácido fólico, parar com o tabagismo e moderação no consumo de cafeína e de álcool.

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