BENEFÍCIOS DA MUSICOTERAPIA NOS AMBIENTES HOSPITALARES

Faculdade Pitágoras

Pós-graduação em Terapia Intensiva, Urgência, Emergência e Trauma

Santos, Mafalda Rodrigues  dos

BENEFÍCIOS DA MUSICOTERAPIA NOS AMBIENTES HOSPITALARES

Trabalho de Conclusão de Curso de Pós-graduação apresentado à Faculdade Pitágoras como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Terapia Intensiva, Urgência e Emergência e Trauma.

Orientadora: Profa. Ms. Maria Ivanilde de Andrade

Belo Horizonte
2017

RESUMO

A musicoterapia vem sendo utilizada cada vez mais dentro das unidades de internação, seja ela um centro de tratamento intensivo ou uma maternidade, ou centro de dialise, ou pediatria. Atuando não somente na melhora fisiológica dos pacientes, mas também trazendo benefícios na parte psicológica e mental durante o período de hospitalização. Esse tipo de terapia envolve não somente o paciente, mas também familiares, e toda a equipe responsável por sua recuperação, fazendo com que o ambiente hospitalar se torne um local mais agradável e humanizado.

O presente artigo foi construído com base em uma pesquisa exploratória e também descritiva, no qual foram aplicados para a busca os descritores: música e hospital. Desta pesquisa bibliográfica qualitativa foram encontrados artigos de autores renomados que já exemplificaram a temática dos estudos da musicoterapia.

Desta forma, tal estudo conclui como objetivo demonstrar de um modo amplo os benefícios que a musicoterapia traz ao longo das hospitalizações, sejam elas mais prolongadas ou por curtos período, proporcionando respostas positivas ao tratamento dos utentes tais como diminuição dos níveis de ansiedade, diminuição da dor e até mesmo de sintomas depressivos.

Os resultados dos estudos feitos concluem, porém, que é necessário que mais artigos sejam publicados, e que a musicoterapia seja mais amplamente divulgada e aplicada dentro das instituições hospitalares, clinicas, consultórios, de forma a trazer cada dia mais benefícios a quem se permitir passar por esse tipo de terapia complementar.

PALAVRAS-CHAVE: Musicoterapia; Enfermagem; Terapia intensiva; Humanização; Assistência.

ABSTRACT

Music therapy is being used more and more inside the units of hospitalization, be it an intensive treatment center or a maternity, or dialysis center, or pediatrics. Acting not only on the physiological improvement of the patients, but also bringing benefits in the psychological and mental part during the period of hospitalization. This type of therapy involves not only the patient, but also family members, and the whole team responsible for their recovery, making the hospital environment a more pleasant and humanized place.

The present article was constructed based on an exploratory and descriptive research, in which the descriptors: music and hospital were applied to the search. From this qualitative bibliographical research, we have found articles by renowned authors that have already exemplified the theme of music therapy studies.

Thus, this study concludes with the objective of demonstrating in a broad way the benefits that music therapy brings throughout the hospitalizations, whether they are longer or for a short period, providing positive responses to the treatment of the users such as reduction of anxiety levels, Pain and even depressive symptoms.

The results of the studies concluded, however, conclude that it is necessary that more articles be published, and that music therapy be more widely disseminated and applied within the hospital institutions, clinics, offices, in order to bring more and more benefits to those who allow themselves to pass by this type of complementary therapy.

KEYWORDS: Music Therapy; Nursing; Intensive Care;Humanization; Assistance;

1 INTRODUÇÃO

O ambiente hospitalar em sua maioria é compreendido como um local promotor de sentimentos desagradáveis e complexos para o paciente. Tais sentimentos podem ter como origem desde a gravidade do quadro clinico do paciente até a falta de compreensão de um espaço onde não há em muitas vezes, a certeza de retorno para uma vida normal em sociedade.

Em muitas vezes, o embasamento em relatos de outras pessoas que já passaram pelo ambiente de internação, como por exemplo, a unidade de terapia intensiva (UTI), pode produzir medo, raiva, ansiedade, entre outros, em relação a esses ambientes. Todos esses fatores podem contribuir positiva ou negativamente para a melhora do quadro clínico do utente. Entretanto, estes pontos podem ser manifestados de diversas maneiras em graus diversos, diferindo de paciente a paciente.

É sabido que os ambientes hospitalares apesar de estarem voltados para a humanização de toda a equipe nele existente, ainda é visto como um ambiente frio e impessoal, onde grande parte das pessoas estão voltadas a estarem num ritmo acelerado de trabalho, o que muitas vezes deixa a desejar no que tange a necessidade proporcionar aconchego ao paciente internado. 

Entende-se que o adoecimento e a hospitalização pode causar extrema ansiedade, sobrecarga emocional, solidão, sentimento de perda, medo do desconhecido, e principalmente quando se tratando de internações em UTI, o sentimento é de estar perto da morte, fazendo com que na maioria das vezes a junção destes atrapalhem na recuperação e tratamento no ambiente hospitalar.

Além de todos esses sentimentos negativos, a visão que a maioria dos pacientes tem de um ambiente hospitalar é de um local frio, apático, pouco humanizado, onde não sabem realmente como serão, seus dias durante a hospitalização, ou seja, enxergam esse momento como um mal necessário.

Devido a todo esse processo negativo durante as hospitalizações é que ao longo dos anos terapias alternativas estão sendo utilizadas de forma cada dia mais presente dentro dos hospitais e principalmente em setores onde o paciente tende a ter um isolamento maior ou quase total do mundo exterior, de familiares e amigos.

Em relação às alternativas terapêuticas, Valença (2013) defende que a musicoterapia vem sendo utilizada dentro das unidades hospitalares cada dia mais, desde a sala de espera até as unidades mais complexas como os centros de terapia intensiva (CTI), centros de transplantes e os centros de tratamento de doenças imunossupressoras, aonde pacientes extremamente debilitados podem através da aplicação da musicoterapia alcançar o estado de bem-estar físico, mental, emocional e até mesmo espiritualPorém desde o início de sua existência, o uso desse tipo de terapia vem sendo objeto de estudos, e por este motivo de acordo com Nóbrega e Sousa (2016) necessita ser aplicado com mais frequência dentro dos hospitais para que se possam observar os avanços que podem ser obtidos por meio deste método terapêutico.