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PROJETO BRILHAR: BRINQUEDOTECA, LITERATURA E ARTE NO AMBIENTE HOSPITALAR

Tese: PROJETO BRILHAR: BRINQUEDOTECA, LITERATURA E ARTE NO AMBIENTE HOSPITALAR. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  25/9/2013  •  Tese  •  2.133 Palavras (9 Páginas)  •  1.009 Visualizações

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PROJETO BRILHAR: BRINQUEDOTECA, LITERATURA E ARTE NO AMBIENTE HOSPITALAR

Introdução: O brincar é uma atividade essencial para a saúde física, emocional e intelectual do ser humano. Brincar é coisa séria, porque na brincadeira há sinceridade, engajamento e doação. É brincando que se desenvolve o reequilíbrio e a reciclagem das emoções vividas, da necessidade do conhecer e reinventar a realidade, desenvolvendo ao mesmo tempo a atenção, concentração e muitas outras habilidades. Quando a criança está brincando ela mergulha em um mondo de possibilidades. Neste espaço ela pode recriar e enfrentar situações por ela vividas no seu cotidiano. É por isso que todas as crianças precisam usufruir dos benefícios emocionais, intelectuais e culturais que as atividades lúdicas proporcionam. Quando uma criança sofre uma internação hospitalar o seu curso de desenvolvimento, a sua forma de ver o mundo tem continuidade, mas muitas vezes promovem uma série de alterações na rotina e na vida da criança e de sua família. Para assisti-la é necessária uma atuação que busque sempre diminuir os efeitos da doença e seu tratamento, porque os efeitos da doença e seu tratamento muitas vezes irão acometer a crianças de forma global. A criança internada pode apresentar perda de algumas funções em vários e diversos níveis do seu desenvolvimento, mas na maioria das vezes não perde a percepção do que está acontecendo a sua volta e quer participar ser ouvida e respeitada. É necessário um investimento na criança, que continua a desenvolver-se, continua gostando de suas atividades, ou seja, de brincar. Neste sentido, é essencial oferecer e encontrar alternativas de atividades nas quais ela possa vivenciar o universo lúdico e continuar participando no seu meio. Segundo Bowlby (1995) quando as crianças são hospitalizadas elas passam por três fases neste período. No princípio, se revoltam com a internação pelos procedimentos invasivos. Posteriormente, entram em um estado de apatia no hospital. Com o processo de formação de vínculos com a equipe médica e paramédica, começam aos poucos substituir a reação de revolta e apatia por afetividade e aceitação a esses cuidados que estão sendo oferecidos.

Sendo assim, é essencial que as intervenções realizadas com a criança atuem no sentido de minimizar as seqüelas deste processo e destas fases. Na revisão de literatura, é possível encontrar nas produções de Benjamin (1984), Friedmann (1992), Lima (1995), Didonet (1997), Porto (1998) e Paula; Gil e Marcon (2002), diferentes concepções sobre a importância da brinquedoteca e do brincar para o desenvolvimento infantil. Entendendo o brincar como uma função básica da criança, que brincando ela explora, descobre, aprende e apreende o mundo a sua volta e que numa situação de internação hospitalar, toda a sua rotina é modificada, a brinquedoteca apresenta-se como uma alternativa rica para atender a essa demanda. Diante de tais questões e por iniciativa da comunidade do hospital Bom Jesus em Ponta Grossa, que procurou a Universidade Estadual de Ponta Grossa, UEPG/PR para formação de convênio com professores e universitários para auxiliarem na implantação e

operacionalização da brinquedoteca, deu-se inicio o projeto Brilhar: Brinquedoteca, Literatura e Arte no Ambiente Hospitalar. A iniciativa foi pautada pela Lei n 11.104/2005, de autoria da Deputada Luiza Erundina, que prega que todas as unidades que ofereçam atendimento

pediátrico em regime de internação devem, por obrigatoriedade, instalar brinquedotecas nos hospitais. Este projeto foi implantado sob a coordenação da Prof.Dr. Ercilia Maria Angeli Teixeira de Paula do Departamento de Educação e sob a supervisão dos seguintes professores: Elenice Parise Foltran – DEED, Dierone César Foltran- DEINFO, Esméria de Lourdes Saveli – DEED e Jefferson Mainardes- DEED. Atualmente participam do projeto 20 acadêmicos dos cursos de Pedagogia, Letras, Artes e Informática da UEPG. Com a implantação do projeto no Hospital Bom Jesus desde outubro de 2006 foi inaugurada a brinquedoteca que caracteriza-se como um espaço onde a criança internada, os acompanhantes e a equipe, podem brincar livre, espontânea e criativamente. O trabalho com brinquedotecas nos hospitais é atual e necessário para o bem estar de crianças e adolescentes no período o qual estão internados. A brinquedoteca é um espaço onde as crianças e adolescentes aprendem a compartilhar brinquedos, histórias, emoções, alegrias e tristezas sobre a condição de hospitalização. Através das brincadeiras coletivas, elas desenvolvem aspectos de socialização, desenvolvimento motor e cognitivo. A brinquedoteca também permite uma aproximação entre pais e filhos e possui várias representações: é um espaço lúdico, terapêutico e político, pois além de garantir o direito da criança poder brincar, se divertir, também é um espaço de formação de cidadania. Através do aprendizado do

cuidado com o acervo de brinquedos, com a preservação do patrimônio e o aprendizado do desprendimento e da posse dos brinquedos, seus freqüentadores aprendem conceitos de democracia e direitos sociais. A atuação dos estagiários e voluntários que atuam no projeto, tem sido de suma importância na concretização dos objetivos propostos, na inserção do brincar na rotina diária das crianças internadas e na elaboração de suporte para o funcionamento da brinquedoteca, como o software para cadastro e controle dos brinquedos e a elaboração do pagina na web para divulgação das ações desenvolvidas no projeto.

Objetivos: O objetivo do Projeto está voltado para desenvolver ações de recreação, arte, literatura infantil e educação na brinquedoteca. Oferecer a possibilidade de brincar livremente, profundamente, podendo a criança dirigir a atividade, criar, inventar, transformar, construir e se expressar. Possibilitar, pelo brincar espontâneo, a expressão de uma realidade interior que pode estar bloqueada pela necessidade de ajustamento às expectativas sociais e familiares (e porque não dizer, no nosso caso, hospitalares). Investir no aperfeiçoamento dos acadêmicos dos cursos de Pedagogia, Letras, Artes e Informática e de todos os participantes da equipe da Brinquedoteca; visando não só a vivência da fundamentação teórica na prática da extensão, como a melhora cada vez maior na atenção e na qualidade do trabalho desenvolvido com as crianças internadas e seus familiares.

Metodologia: Atualmente as atividades do projeto têm se caracterizado por garantir a existência de um espaço especifico para a brincadeira, que faça parte da rotina diária da ala Pediátrica

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