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Enfermagem na Urgência e Emergência: Entre o prazer e o sofrimento

Por:   •  28/2/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.370 Palavras (10 Páginas)  •  460 Visualizações

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SUMÁRIO

1 Introdução

2 Justificativa

3 Objetivos

3.1 Objetivo Geral

3.2 Objetivo especifico

4 Referencial teórico

4.1 Urgência e emergência

5 Desenvolvimento

5.1 Instrumentos de coleta de dados:

5.2 Análise e discussão dos resultados

5.3 Categoria prazer

5.4 Categoria sofrimento

6 Considerações Finais

7 referências

8 Anexos

 


Introdução

A urgência e emergência é o setor do hospital onde são realizados procedimentos rápidos e eficazes com o intuito de salvar uma vida em risco. Trata-se de um ambiente de trabalho onde o tempo é limitado, as atividades são inúmeras e a situação dos usuários exige, muitas vezes, que o profissional faça tudo com rapidez para afastá-lo do risco de morte iminente. (SOUZA, SILVA, NORI, 2007). Em consequência a isto, trabalhar nesse departamento desencadeia sentimentos de prazer e sofrimento aos profissionais devido à sobrecarga e a intensificação do trabalho causando assim, alterações físicas e psíquicas ao funcionário. (GODOY, 2009). Além dessas alterações surgem diversas emoções com o serviço prestado, como medos, preocupação, angústia, ansiedade, incluindo o risco de morte dos pacientes. Ainda assim, a possibilidade de aliviar a dor, salvar vidas e de se sentir útil são fatores que ocasionam um grande conforto e satisfação, contribuindo e favorecendo para o equilíbrio psíquico do trabalhador. (ALMEIDA, PIRES, 2007). Cuidar da equipe é promover as experiências de prazer no setor. Conhecer as fontes de alegria dos profissionais pode ajudar a melhorar o ambiente, permitindo que o trabalhador apresente prazer ao trabalhar. (GARCIA et al. 2012). O trabalho nos serviços de emergência hospitalar exige um conhecimento amplo e certo domínio dos profissionais sobre o processo de trabalho. Este domínio envolve exigências como pensar rápido, ter agilidade, competência e capacidade de resolver problemas emergentes. (ALMEIDA, PIRES, 2007)

Partindo dessa premissa buscamos encontrar as fontes de prazer e sofrimento da equipe de enfermagem que atua no setor de urgência e emergência.

Justificativa

A OMS (Organização Mundial de Saúde) define a saúde como "um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades".  Partindo desta, pode se afirmar que o meio em que o indivíduo está inserido, como seu local de trabalho, interfere em sua saúde.O trabalho ocupa parte considerável da vida e para aqueles que atuam no setor de urgência e emergência, é necessário que tenha muita responsabilidade uma vez que trata-se de um ambiente no qual o tempo é limitado, as atividades são inúmeras e a situação clínica dos usuários exige, muitas vezes, que o profissional faça tudo com rapidez para afasta-los do risco de morte iminente o que acarreta uma certa pressão para o funcionário. Desta forma, é de extrema importância que o trabalhador esteja com a saúde em dia; não apenas saúde física, mas principalmente a saúde mental, visto que toda tensão que o setor demanda pode ocasionar sofrimento psíquico ao trabalhador, prejudicando sua saúde. (KESSLER, KRUG 2012) (KOLHS 2017). Respectivamente, a urgência e emergia consegue despertar prazer na equipe de enfermagem. Principalmente quando existe o trabalho em equipe, o reconhecimento pelo trabalho exercido e pela possibilidade de salvar uma vida em risco. (GARCIA et al. 2012).

Em função disso, buscamos compreender como a urgência e emergência provoca este misto de emoções e sentimentos de prazer e sofrimento simultaneamente.

Partindo desta, este trabalho tem o intuito de identificar os causadores de prazer e sofrimento na equipe de enfermagem no setor de urgência e emergência. Procuramos identificar os pontos específicos que ocasionam estas emoções para o profissional de enfermagem.

Objetivo geral

Identificar fatores que causam prazer e sofrimento na equipe de enfermagem no setor de urgência e emergência

Objetivos Específicos

Descrever o setor de urgência e emergência.

Identificar fatores de prazer e sofrimento.

Analisar os dados de entrevista e salientar o sentimento de maior prevalência

Referencial teórico

O trabalho sempre envolveu a vida das pessoas como necessidade de realização profissional e pessoal, bem como sua fonte de sobrevivência. Entretanto, o trabalho abre espaço para a dominação do trabalhador ao capital, fazendo assim com que este, tenha poder sob os menos qualificados, que estão na base da pirâmide social.  (GODOY 2009). O homem, ao trabalhar, constrói seus sonhos, almejando um lugar onde o belo e o perfeito sejam possíveis e para isso, paga preços excessivos para realiza-los. Esse homem é um singelo mortal, que apresenta medo e receios de não ser reconhecido, angústia de se tornar desnecessário em sua vida profissional para a aprovação organizacional. As organizações, que antes eram percebidas como sistemas de produção, passam a levar em conta a vida psíquica do homem, propondo um aspecto, que o trabalhador deve se conter, se quiser continuar membro da organização. As organizações percebiam os indivíduos como iguais e que estes, iriam investir na organização com a qual se identificassem. A organização consegue que o trabalhador se entregue de corpo e alma ao trabalho. (ENRIQUEZ 2002). No entanto, em situações de organização de trabalho rígida a divisão no trabalho se apresentará de forma intensa e, consequentemente, a execução das tarefas, será de forma insatisfatória. (GODOY 2009). Essa organização do trabalho poderá promover a perda da liberdade de criação, surgindo assim, o sofrimento, pois essa liberdade permite que o trabalhador adapte a organização do seu trabalho às necessidades do seu organismo e às suas aptidões fisiológicas. (DEJOURS 1992). No espaço do trabalho, o sofrimento ou a satisfação depende das possibilidades para que o trabalhador possa realizar as adaptações entre o que se caracteriza como o prescrito e o real do trabalho. O trabalho real é representado pela criatividade, pelos quebra-galhos e pelas estratégias de cada trabalhador no seu processo produtivo. (GODOY 2009).

Urgência e emergência

Define-se como urgência, a ocorrência imprevista de agravos à saúde, não necessariamente que proporcione riscos à vida, mas que o portador necessita de atendimento imediato; emergência como a constatação de que a condição de agravo à saúde indica risco iminente de morte e, que, da mesma forma, necessita de atendimento imediato (BRASIL, 2006).

 Assim, o trauma, a depender de sua gravidade, pode ser classificado como urgência, ou como emergência. As unidades de emergência, portanto, são unidades nas quais há atendimento de ambos os eventos, dispondo sempre de terapêutica adequada e de profissionais qualificados para prestar essa assistência (BRASIL, 2001).

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