Fratura Radio Distal
Por: Gerson Luís • 22/10/2024 • Ensaio • 1.956 Palavras (8 Páginas) • 23 Visualizações
A fratura do rádio distal ocorre na extremidade do osso do antebraço (rádio), próximo ao punho. É uma das fraturas mais comuns, especialmente em casos de quedas, acidentes esportivos ou traumas diretos. Ela pode variar em gravidade, de uma simples fratura sem deslocamento a casos mais complexos que envolvem múltiplos fragmentos ósseos.
Indicação
- Deslocamento significativo: Quando os fragmentos da fratura estão desalinhados, necessitando de uma redução para restabelecer a anatomia do osso.
-Fratura intra-articular: Quando a fratura se estende até a articulação do punho, comprometendo a estabilidade e o movimento normal.
-Fratura exposta (aberta): Quando o osso atravessa a pele, apresentando maior risco de infecção e exigindo intervenção cirúrgica urgente.
-Fratura cominutiva: Quando o osso está fragmentado em múltiplos pedaços, dificultando o tratamento conservador.
-Instabilidade da fratura: Se a fratura não puder ser mantida estável apenas com gesso ou imobilização, a cirurgia pode ser necessária.
-Pacientes jovens e ativos: Para garantir a melhor recuperação funcional em pessoas que precisam de restauração completa da mobilidade e força do punho.
-Falha no tratamento conservador: Quando o alinhamento não é mantido adequadamente com gesso, ou se houver complicações.
Contraindicações
-Fratura estável e sem desvio: Em fraturas simples e não deslocadas, o tratamento conservador com gesso pode ser suficiente, sem a necessidade de cirurgia.
-Pacientes com comorbidades graves: Condições de saúde que apresentam risco elevado em procedimentos cirúrgicos, como doenças cardíacas severas ou risco elevado de trombose, podem ser contraindicações.
-Osteoporose severa: Em casos de osso muito fragilizado, a fixação com placas ou parafusos pode ser menos eficaz.
-Incapacidade de seguir reabilitação pós-cirúrgica: Em pacientes que não conseguem participar do processo de reabilitação adequado após a cirurgia, pode-se optar por um tratamento conservador.
-Infecção ativa no local ou condições sistêmicas: A presença de infecção no local ou no corpo pode contraindicar a cirurgia até que a infecção seja controlada.
### **Cuidados Pré-Operatórios**
1. **Avaliação Clínica**:
- Realizar exames laboratoriais e de imagem (radiografias, tomografia) para avaliar a extensão da fratura.
- Revisar o histórico médico do paciente para identificar possíveis comorbidades (como diabetes ou doenças cardíacas) que possam influenciar o procedimento.
2. **Jejum**:
- O paciente deve seguir o jejum recomendado (geralmente 8 horas) para reduzir o risco de complicações com a anestesia.
3. **Controle de Medicações**:
- Suspender ou ajustar medicamentos anticoagulantes, anti-inflamatórios ou outros que possam interferir na coagulação sanguínea ou na cicatrização, conforme orientação médica.
4. **Orientação ao Paciente**:
- Explicar o procedimento cirúrgico, os riscos e os benefícios.
- Instruir sobre o pós-operatório, como cuidados com imobilização, dor e restrições físicas.
5. **Higienização**:
- O local da cirurgia deve ser adequadamente higienizado e, em alguns casos, pode ser recomendada uma preparação com soluções antissépticas.
6. **Anestesia**:
- Definir o tipo de anestesia (geral ou regional, como o bloqueio do plexo braquial) após avaliação com o anestesista.
### **Cuidados Pós-Operatórios**
1. **Imobilização**:
- O braço será imobilizado com gesso, tala ou órtese para garantir a estabilização da fratura. O tempo de imobilização varia de acordo com a gravidade da fratura e a técnica cirúrgica utilizada.
2. **Controle da Dor**:
- Medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios e, eventualmente, opioides são prescritos para controlar a dor. O uso adequado deve ser monitorado para evitar complicações como dependência ou efeitos colaterais.
3. **Cuidados com a Ferida Cirúrgica**:
- Manter a área da cirurgia limpa e seca. Os curativos devem ser trocados conforme orientação médica, e sinais de infecção (vermelhidão, inchaço, calor local, secreção purulenta) devem ser observados.
4. **Elevação do Membro**:
- Manter o braço elevado nos primeiros dias para reduzir o inchaço. É comum orientar o paciente a usar uma tipóia e apoiar o braço em uma almofada.
5. **Fisioterapia**:
- Após a fase inicial de imobilização, a fisioterapia é crucial para restaurar a amplitude de movimento, força e função do punho e do braço. Os exercícios devem ser iniciados gradualmente e conforme recomendação do médico.
6. **Monitoramento e Consultas de Revisão**:
- Acompanhamento regular com o cirurgião para monitorar a cicatrização óssea e ajustar o tratamento conforme necessário.
- Novas radiografias podem ser solicitadas para verificar a consolidação da fratura.
7. **Prevenção de Complicações**:
- Prevenir a rigidez articular e a perda de mobilidade por meio de exercícios leves, conforme autorizado pelo médico.
- Evitar atividades que sobrecarreguem o membro operado até a liberação médica.
8. **Cuidados Gerais**:
- O paciente deve evitar levantar peso ou realizar movimentos repetitivos com o punho até que haja consolidação total da fratura.
O procedimento cirúrgico para tratar uma fratura de rádio distal envolve o uso de materiais específicos para garantir a estabilização adequada do osso e a recuperação funcional do punho. Os materiais podem variar conforme a técnica cirúrgica (fixação interna ou externa), mas aqui estão os principais itens necessários:
### **Materiais Necessários para a Cirurgia de Fratura do Rádio Distal**
#### **1. Materiais para a Preparação do Paciente:**
- **Campos cirúrgicos estéreis**: Para delimitar a área operatória e garantir a assepsia.
- **Luvas, máscaras e aventais estéreis**: Para toda a equipe cirúrgica.
- **Soluções antissépticas**: Como clorexidina ou povidona-iodo, para a desinfecção da pele no local da cirurgia.
- **Esparadrapo ou ataduras**: Para fixação do campo operatório e imobilizações pós-operatórias.
#### **2. Instrumental Cirúrgico Básico:**
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