GUILLAIN-BARRÉ
Por: Alessandra Heep • 8/5/2016 • Trabalho acadêmico • 1.013 Palavras (5 Páginas) • 807 Visualizações
A SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ
Caracterizada por progressivo aumento na fraqueza muscular, a síndrome de Guillain-Barré esta associada a perda dos reflexos profundos decorrentes de uma resposta autoimune, ou seja, por algum motivo o nosso corpo produz,através das suas células de defesa, anticorpos que irão atacar o nosso próprio sistema nervoso periférico.
Os principais dados histopatológicos são a infiltração linfocítica e macrocitaria da bainha de mielina, levando à desmielinização focal e segmentar das raízes nervosas e nervos periféricos. Tais alterações resultam em distúrbios na propagação dos impulsos elétricos nervosos, com eventual bloqueio de condução resultando assim na perda dos reflexos musculares.
Aproximadamente dois terços dos casos da síndrome são precedidos por quadros de gripe ou diarréia e todos os sintomas aparecem até quatro semanas após os primeiros sinais.TendoiIncidência anual de 1 a 2 casos por 100.000 pessoas, ocorre em todos os grupos etários, sendo mais freqüente nas faixas de 16 a 25 anos e de 45 a 65 anos.
Antigamente acreditava-se que existia somente em tipo da doença, mas descobriu-seoutros tipos pelas formas de se manifestarem, mais comuns nos EUA, e na Ásia.
PolirradiculoneuropatiaDesmielinizante Inflamatória Aguda (AIDP)
É o tipo mais comum nos Estados Unidos. O sinal mais comum dessa forma da doença é a fraqueza muscular que começa na parte inferior do seu corpo e se espalha para cima.
Síndrome de Miller Fisher (MFS)
Aqui, a paralisia começa nos olhos. A MFS também está associada ao caminhar instável e ocorre em cerca de 5% dos pacientes com a Síndrome de Guillain-Barré. É mais comum na Ásia do que em qualquer outro lugar no mundo.
Neuropatia Motora Axonal Aguda e Neuropatia Motor-sensorial Axonal Aguda são tipos menos comuns nos Estados Unidos e são mais frequentes na China, no Japão e também no México.
CAUSAS
As causas da Síndrome de Guillain-Barré estão relacionadas às defesas do próprio organismo, porque neste caso os anticorpos devido a um erro, atacam o próprio sistema nervoso periférico, destruindo a bainha de mielina que recobre os nervos, gerando os sintomas, esse processo pode ser desencadeado por alguns fatores, tai como:
Processo infeccioso ocorrido em dias ou semanas anteriores;
Bactérias como Campylobacterjejunie Mycoplasma pneumonia;
Vírus como citomegalovirus, HIV e varicela-zoster;
Vacinação, procedimentos cirúrgicos e traumas
O Ministério da Saúde confirmou que a infecção pelo Zika Vírus pode provocar também à Síndrome de Guillain-barré. No Brasil, a ocorrência de síndromes neurológicas relacionadas ao vírus Zika foi confirmada após investigações da Universidade Federal de Pernambuco, a partir da identificação do vírus em amostra de seis pacientes com sintomas neurológicos com histórico de doença exantemática. Deste total, quatro foram confirmadas com doença de Guillain-barré.
SINAIS E SINTOMAS
Fase inicial
Parestesias nos membros inferiores progressiva para os membros superiores, tronco e músculos faciais;
Astenia moderada nos membros inferiores, que se espalha rapidamente para todo o corpo;
Algia severa e persistente no dorso e nas panturrilhas;
Paralisia dos músculos oculares;
Paralisia facial periférica unilateral ou bilateral;
Mialgias (dores musculares);
Artralgias (dores nas articulações).
Fase aguda
Paralisia dos músculos orofaríngeos;
Quando ocorre comprometimento dos nervos bulbares o paciente se queixa de: disfagia, disartria e disfonia;
Distúrbios da freqüência e do ritmo cardíaco (casos graves);
Insuficiência respiratória necessitando de ventilação mecânica;
Alteração da pressão sanguínea oscilando entre a hipertensão e a hipotensão;
Hiperidrose;
Alterações vasomotoras;
Distermias.
DIAGNÓSTICO
O diagnostico da Síndrome de Guillain-Barré pode ser feito com base nos sintomas apresentados pelo paciente, sendo fundamental a realização da anamnese nesse processo, é confirmado através de exames como:
Exame clínico;
Exame físico;
Exames neurológicos;
Exames laboratoriais como LCR obtido por punção lombar ( apresentando uma hiperproteinorraquia);
Eletroneuromiografia;
EEG – Eletroencefalograma;
ECG – Eletrocardiograma;
TC (Tomografia Computadorizada);
REM (Ressonância Magnética);
RX.
EXAMES COMPLEMETARES
Eletroneurografia: indicam desmielinação proximal
Eletromiografia: comprovam a extensão da desnervação.
RM: pode evidenciar realce das raízes nervosas após a injeção de contrates.
COMPLICAÇÕES
Insufiencia respiratória aguda com necessidade de antubação e ventilação mecânica em 10 a 23 % dos pacientes;
Arritmias cardíacas;
Labilidade da pressão arterial associada a sensibilidade aos medicamentos cardíacos e alta incidência de hipotensão arterial iatrogênica;
Diabetes
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