Sindrome Guillain Barre - Guideline
Por: RaquelS7 • 17/1/2017 • Trabalho acadêmico • 921 Palavras (4 Páginas) • 505 Visualizações
Síndrome de Guillain-Barré – retirado e traduzido de (Hansen)
Guidelines para o Tratamento da SGB
De acordo com (Hansen), os dois objetivos principais da terapia são:
- Ajudar o paciente a chegar ao uso ótimo dos músculos com um nível de dor tolerável à medida que o aporte nervoso retorna; e
- Usar equipamento de suporte e outras adaptações funcionais para ajudar os pacientes com deficiências residuais para que o seu nível de atividade seja semelhante ao que tinha anteriormente.
A terapia ocupacional ou a fisioterapia, não facilitam a recuperação nervosa, contudo, ajudam o paciente a aprender usar os músculos enquanto ocorre a reparação nervosa e a inervação melhora. Cada pessoa responde de maneira diferente quer à doença, quer à medicação, quer às próprias intervenções de reabilitação, pelo que é essencial mantermos em mente que o corpo apenas irá realizar aquilo que é fisicamente capaz. Devemos assim realizar apenas as atividades que o paciente consegue fazer em segurança (Hansen).
Fase Aguda
Durante a fase aguda, os doentes podem não tolerar ou ser capazes de participar ativamente na reabilitação. Embora a situação nesta fase esteja ainda a piorar, e os cuidados a prestar sejam mais médicos do que reabilitativos, a fisioterapia a terapia ocupacional têm um papel importante (Hansen).
O plano de tratamento nesta fase será mais de aconselhamento/educação e de uma participação passiva do doente (Hansen).
Na fase de aconselhamento/educação devemos incluir (Hansen):
- Ensinar, educar e ensinar o paciente e o cuidador de como se devem prevenir contraturas, úlceras de pressão e o correto posicionamento, assim como informar o curso esperado da futura reabilitação.
- Alertar o paciente e os cuidadores para evitar as seguintes situações:
- Evitar flexão de anca e joelho prolongadas.
- Mudar a posição na cama a cada 2 horas, e quando sentado, realizar movimentos para levar à diminuição de pressão nas zonas de proeminências óssea.
- Utilizar suportes para as extremidades superiores com descanso para braços, uma cadeira de rodas e/ou almofadas para evitar o alongamento dos músculos do ombro e tecidos articulares.
- Os FT e/ou TO devem informar-se acerca da vida dos pacientes em casa, necessidades no trabalho, das suas atividades recreativas e qual o seu sistema de suporte familiar/económico, para dirigir melhor o seu plano de tratamento.
- Antecipar a necessidade de dispositivos assistidos e outros equipamentos adaptativos ou tecnologia, e preparar e treinar o paciente e o cuidador para o seu uso.
- Utilizar de forma suave e passiva a amplitude de movimento disponível para diminuir o risco de contraturas e trombose venosa profunda.
- Realizar exercícios respiratórios e de tosse para manter uma boa troca gasosa nos pulmões.
- Comunicar claramente ao paciente os procedimentos antes e depois do tratamento.
Recuperação
À medida que o paciente começa a recuperar a sua sensibilidade e o controlo motor, os exercícios podem progredir do passivo para o ativo assistido. No inicio, o movimento ativo deve ser realizado com um número baixo de repetições e resistência com paragens de descanso frequente (Hansen).
Vários recursos podem ser utilizados como uma superfície lisa projetada para permitir a redução da gravidade do deslizamento ativo de um membro, slings e até mesmo hidroterapia, com exercício realizado numa piscina ou banheira grande (conforme o caso), pode facilitar o movimento ativo de grupos musculares que ainda não são capazes de se mover independentemente contra a gravidade. É essencial ajudar o paciente a mover-se por conta própria o mais rapidamente possível, sem exercer a fadiga, a fim de ajudar a reduzir a progressão de atrofia e outras complicações. A filosofia "No pain, no gain" não deve ser aplicada. Exercitar a exaustão retardará a recuperação sem beneficiar o paciente (Hansen).
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