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O Delírio e sanidade na vida cotidiana

Por:   •  27/1/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.119 Palavras (5 Páginas)  •  270 Visualizações

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Fichamento de O Alienista

Disciplina: HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA E DA REFORMA PSIQUIÁTRICA

Aluna: Vitória P. Rodrigues dos Santos

Referencia

LEADER, D. O que é loucura?. Delírio e sanidade na vida cotidiana. Rio: Zahar, 2013.

Resumo

Com o objetivo de se dedicar-se ainda mais a sua profissão, Simão Bacamarte retorna à Itaguaí, sua terra-natal,  depois de conquistar uma carreira de respeito como médico na Europa e no Brasil. O mesmo casa-se com uma viúva D. Evarista, que escolhei por acreditar que ela seria capaz de gerar bons filhos, porém não teve nenhum. A moça não era bonita e nem possuía simpatia e tinha cerca de vinte e cinco anos.

O Dr. Bacamarte e cria um manicômio chamado Casa Verde com o intuito de instalar todos os considerados loucos da cidade e região, sendo assim resolve dedica-se aos estudos da psiquiatria. Rapidamente o local começa a comportar uma grande quantidade de pacientes e isso acarreta em uma obsessão crescente pelo trabalho. No inicio os pacientes internados eram realmente loucos, contudo, após um tempo, o Dr. Bacamarte passou a internar pessoas que causavam espanto, pois acreditava que eram loucos. O primeiro caso foi o Costa, no qual perdeu tudo que havia herdado emprestando dinheiro para outras pessoas que não pagaram, ainda que ele não conseguia cobra-los. Em seguida houveram vários outros  pacientes internados sem realmente estarem loucos pelo alienista.

D. Evarista estava ficado muito deprimida pela falta de atenção do marido, de modo com que possuía um sentimento de perda novamente, ou seja viúva. A população da cidade estava preocupada com a quantidade de internações desnecessárias. Nesse momento a senhora estava em uma viagem para conhecer o Rio, na qual havia ganhado de seu marido. Por inocência do povo, acreditava-se de que o retorno da mulher do médico para a cidade iria mudar a atitude dele de internações inesperadas. Contudo, a volta dela para a cidade não mudou as atitudes do Dr.

Depois de um tempo, a população vai ficando cada vez mais revoltada e ociosa com a situação das internações, sendo assim o barbeiro Porfírio planeja um protesto contra o alienista. Entretanto, o movimento se enfraqueceu quando se descobriram que o médico não cobrava mais pela internação, a população percebeu que as inúmeras reclusões não tinham como o objetivo fins lucrativos. Porfírio, no entanto, movido por sua ambição de chegar ao poder, pois o mesmo gostaria de ingressar na carreira politica, consegue provocar a Revolta dos Canjicas (o barbeiro era conhecido por “Canjica”). Quando a população dirigiu-se para a casa do médico, o mesmo agiude forma muito equilibrada e racional, detendo assim a fúria do povo. Entretanto, quando o alienista lhes dá as costas e volta a seus estudos a comunidade entra em fúria novamente.

A força armada da cidade se junta aos revoltos e Porfírio se vê em uma posição poderosa como líder da revolução. Com plenos poderes, Porfírio chama o médico para uma reunião, porém o mesmo não o despede e acaba unindo-se ao Dr, sendo assim as internações continuaram na cidade.

As internações continuam absurdamente  até D. Evarista é internada por apenas ter passado uma noite sem dormir por não conseguir decidir que roupa usaria numa festa. Assim, 75% de sua população da cidade estava internada na Casa Verde. O médico analisou e viu que sua teoria estava errada, tendo que refazer a mesma, ele liberta todos os pacientes.

Por analise, o Dr. Bacamarte chegou à conclusão de que se a maioria das pessoas possuíam desvios de personalidade, então o considerado louco seria quem possuísse firmeza de caráter. Fundamentado nessa sua nova teoria, o alienista recomeça a internar as pessoas normais da cidade. O primeiro  a ser internado foi o vereador Galvão que propôs na Câmara uma lei que impedia os vereadores de serem levados. Deste modo as internações continuaram e algumas pessoas foram consideradas curadas quando apresentaram algum desvio de caráter.

Ao perceber que sua teoria estava errada outra vez, solta todos os internos novamente. Por acreditar que ele era o único que tinha uma personalidade perfeita,  concluiu ele era o único anormal e decide trancar-se sozinho na Casa Verde para o resto de sua vida.

Citações

Os horizontes do Alienista se ampliam. O espírito humano é uma concha e, nela, habita uma pérola, a razão. Cumpre abrir a concha, submetê-la ao rigor da ciência, extrair a pérola. Neste continente a ser conquistado é preciso evitar toda imprecisão, toda delicadeza de distinções: só há um caminho possível, a delimitação exata, científica, dos limites que separam razão e loucura. E a concha se abre (ou não, pois a ciência é uma investigação constante): a saúde mental deve ser entendida como o “perfeito equilíbrio de todas as faculdades. Fora daí, insânia, insânia e só insânia”. PG 261.

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