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O Psicose Puerperal

Por:   •  29/4/2019  •  Seminário  •  1.270 Palavras (6 Páginas)  •  198 Visualizações

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O Papel do Enfermeiro na Assistência de Saúde ao paciente com diagnóstico de Psicose Puerperal.[pic 1]

Matias, Alcione Da Silva Leandro ¹; Torquato, Amanda de Sousa¹; Silveira, Carini¹; Dornelas, Giovanna Miguel¹; Ronqui, Isabella Christina¹; Bispo, Josué de Menezes¹; Leal, Naomy de Cristo Leal¹; Lopes, Rebeca Valentim¹; Marreira, Marcelo².

  1. Graduandos do curso de Enfermagem da Universidade Nove de Julho – UNINOVE
  2. Docente do curso de Enfermagem da Universidade Nove de Julho - UNINOVE

         INTRODUÇÃO        

A gestação e o puerpério são as fases de maior vulnerabilidade da mulher frente à ocorrência de transtornos mentais, principalmente depressão e psicose puerperal. São ocorrências de exímia importância para a saúde feminina, mas nem sempre contam com estatísticas precisas, que resultem em políticas públicas de prevenção e promoção da estabilidade psicológica e emocional da gestante e da puérpera.1 Puerpério é a terminologia médica que se refere ao período, cronologicamente variável, na vida da mulher após dar à luz, que pode, ou não, vir acompanhado de alterações clínicas designadas pelos transtornos puerperais, sendo um deles a Psicose Puerperal(PP).2

A PP é a forma mais séria, felizmente rara (1 caso em 500 mil nascimentos), de enfermidade depressiva após o parto. Ocorre logo no início do primeiro mês, de forma abrupta, caracterizada por depressão profunda, mudanças extremas de humor, possivelmente decorrente de transtorno bipolar, e alterações do pensamento e senso percepção levando a quadros de delírios e alucinação.1

A conduta infanticida nesse caso é descrita como a morte do próprio  filho  nascente ou recém-nascido pela mãe. No direito pátrio ele é tratado como homicídio privilegiado, em razão da circunstância psicológica, o que acaba por influenciar na imputabilidade da mulher.2

Sabendo tratar-se de um evento raro e embora a literatura careça de trabalhos sobre a PP, seu diagnóstico é de extrema importância, pois interfere na segurança tanto da mãe quanto do bebê. Ela interfere em toda a estrutura familiar, pois os sentimentos ambivalentes em relação à maternidade, inerente a ela, estão expostos e exagerados. A mãe pode ver a criança como algo diabólico,  ou ainda  não a reconhecer como filho, sendo assim diante do exposto este trabalho visa apresentar uma definição de conceitos sobre psicose puerperal, além disso, o  papel do enfermeiro na assistência de pacientes diagnosticados com PP.

         OBJETIVO        

Realizar um Levantamento Bibliográfico de conceitos sobre Psicose Puerperal e o papel do Enfermeiro na Assistência ao paciente diagnosticado com psicose puerperal.

         MÉTODO        

O desenvolvimento deste trabalho deu-se através da busca de artigos científicos sobre o papel do enfermeiro na assistência ao paciente com diagnóstico de psicose puerperal, através da base de dados Scielo e Google Acadêmico e Cofen (Conselho Federal de Enfermagem). Os descritores utilizados foram “Enfermeiro”,  “Assistência” e “Psicose Puerperal”. Foram incluídos artigos de Língua Portuguesa e Espanhola, que compreenderam os anos de 2010 a 2018.

         DESENVOLVIMENTO        

A PP comumente se apresenta através da fragilidade da mulher, diante de circunstâncias afetivas, sendo o parto o fator estimulador, principalmente se o mesmo obtiver intercorrências que possam causar traumas e sofrimento a  mesma.1

Dentre todos os transtornos puerperais o mais citado é a depressão pós-parto tendo em vista o maior número de mulheres acometidas deste evento logo após o nascimento de seus filhos.2

Incidência de Transtornos na

Gravidez

Gráfico 1- Gráfico Incidência de Transtornos na Gravidez .[pic 2]


Os sinais iniciais de PP são identificados pela euforia, irritabilidade,  compulsão para falar e emissão de frases sem sentido (logorréia), agitação e dificuldades para dormir. Na sequência, aparecem sintomas como delírios, mania de perseguição, alucinações, desorientação, confusão mental, perplexidade e despersonalização.1

Delírio apresenta-se através de alguns aspectos como: alteração de atenção e concentração; distúrbios cognitivos (desorientação, memória e percepção).   Já alucinação é definida como experiências sensoriais que não estão realmente presentes (vozes, imagens), em vista que, ilusão se trata  de distorções de interpretações da realidade.3

Frente a um diagnóstico de PP, a internação da mãe se faz necessária, a conduta medicamentosa rotineiramente será realizada através de antipsicóticos, estabilizantes de humor e, em pontuais casos, eletroconvulsoterapia. Após ser iniciado o tratamento com os fármacos, a amamentação deve ser suspendida pelo fato dos mesmos serem excretados no leite materno, diminuindo assim a eficácia do tratamento. Já quanto a eletroconvulsoterapia é utilizada quando os tratamentos rotineiros  não surtem efeito, sendo bastante eficiente e de rápido resultado.1

Através da Reforma Psiquiátrica e a proposta de intersetorialidade do Sistema Único de Saúde (SUS), os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), vêm incorporando e acolhendo a grande demanda de mulheres vítimas de transtornos psiquiátricos maternos. A Estratégia de Saúde da Família, fundamentada no princípio da integralidade, a exemplo de outras iniciativas, fornece recursos para que já no pré-natal se faça presente à problemática da PP. Sendo assim, é da competência dos profissionais de saúde, em especial,  do enfermeiro, não apenas uma atuação clínica na identificação e tratamento desses casos, mas também a humanização do cuidado e a disponibilização de educação em saúde na vivência da PP.4

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