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RELATÓRIO HOLOCAUSTO BRASILEIRO

Por:   •  4/3/2019  •  Resenha  •  485 Palavras (2 Páginas)  •  853 Visualizações

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RELATÓRIO HOLOCAUSTO BRASILEIRO

No dia 29 de janeiro de 2019 tivemos a oportunidade de assistir ao documentário “ Holocausto Brasileiro”, onde retrata um episódio vivido por milhares de pessoas na cidade de Barbacena-Minas Gerais por volta dos anos 1930 e 1980. O documentário apresentou a história da morte de mais de 60.000 pessoas internos que eram mantidos em condições desumanas em manicômio. O filme exibe imagens da linha férrea que levava os pacientes para a estação mais próxima ao Hospital Colônia em Barbacena e vai apresentando fotos atuais e antigas dos pavilhões do Hospital. Semanalmente chegava pacientes de trem na estação Ferroviária e segundo o documentário os vagões eram conhecidos como Vagão para Loucos e outros passageiros não podiam ir lá e durante décadas, milhares de pacientes foram internados à força, sem diagnóstico de doença mental, ali foram torturados, violentados e mortos sem que ninguém se importasse com seu destino. Eram apenas epilépticos, alcoólatras, homossexuais, prostitutas, meninas grávidas pelos patrões, mulheres confinadas pelos maridos, moças que haviam perdido a virgindade antes do casamento. Pelo menos 60 mil pessoas morreram entre os muros da Colônia.Em sua maioria, haviam sido internadas à força. Cerca de 70% não tinham diagnóstico de doença mental.

O filme ressalta que quando as pessoas chegavam ao hospício, suas cabeças eram raspadas, suas roupas arrancadas e seus nomes descartados pelos funcionários. Os pacientes da Colônia às vezes comiam ratos, bebiam água do esgoto ou urina, dormiam sobre capim, eram espancados, violados, deixados ao relento, nus ou cobertos apenas por trapos. Muitos bebês foram roubados de suas mães que logo depois do parto eram tirados de seus braços e doados. Alguns morriam de frio, fome e doença. Morriam também de choque que recebiam quando faziam algo considerado desnecessário, quando desobedeciam as ordens, ou quando apresentavam comportamentos indesejáveis e às vezes os eletrochoques eram tantos e tão fortes , que a sobrecarga derrubava a rede do município. O documentário encerra entrevistando duas pessoas que viveram por anos dentro do Hospital Colônia e que hoje não fazem mais partes, mas que tem grandes histórias e experiências marcantes vividas dentro deste “holocausto”.

Enfim, a partir desta aula proveitosa pudemos compreender um pouco da história do tratamento psiquiátrico que por muito tempo foi visto e entendido de maneira tão equivocada, o que levou a morte de muitas pessoas, pessoas onde ninguém ouvia seus gritos, pessoas que precisavam muitas vezes de apenas um pouco de atenção, alegria, alguém que as compreendessem como se sentiam mas que infelizmente ficaram marcadas na história por condições desumanas. Foi muito importante este conhecimento para que possamos enxergar novos horizontes a respeito da neuropsiquiatria, de tudo que foi esquecido e o que temos ainda para conquistar. Gostei muito do filme.O filme faz refletir demais sobre toda a questão envolvendo o descaso com os menos favorecidos, além de servir de paralelo com os demais flagelos sociais que habitam o Brasil como um todo.

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