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O Holocausto Brasileiro

Por:   •  25/5/2015  •  Resenha  •  717 Palavras (3 Páginas)  •  485 Visualizações

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Desde os primórdios das sociedades, homens e instituições dominantes da época, quase nunca pensavam em fazer algo em prol da sociedade que os servia, e sim apenas em prol de sim mesmo, como por exemplo, reis, e a igreja católica, que praticava atos como a venda de indulgência, que seria a venda do perdão dos pecados de seus fiéis e também praticava perseguições e severas punições para quem não seguisse sua doutrina ou não concordasse com seus atos e suas “leis”, sendo totalmente egoístas e sem qualquer piedade ou misericórdia de seus punidos, aplicando rigorosas torturas e execuções em prol da longevidade do poder, e também do dinheiro.

No livro-reportagem holocausto brasileiro, escrito por Daniela Arbex, lançado em 2013, podemos evidenciar coisas muito parecidas feitas séculos atrás com as pessoas. O livro se trata de um manicômio que se localizava em Barbacena, Minas Gerais, onde ocorriam atrocidades desumanas e revoltáveis com seres humanos, em prol do dinheiro e do “bem-estar” da sociedade, na concepção “deles”. No colônia, entravam pessoas com problemas como epilepsia ou até por serem tímidos demais. Todos os dias chegava o “trem de doido”, o trem que traziam os “pacientes” para o manicômio, que eram retirados de sua família e as vezes nunca mais poderiam vê-los. No manicômio, os “pacientes” eram tratados como animais, ou até pior que isso, não tinha lugares decentes para dormir, roupas decentes para vestirem e se protegerem do frio, não tinham comida decente e só comiam duas vezes por dia, não tinha água potável para se beber e nem se quer banheiros para todos. No local havia uma superlotação, havia mais pessoas do que poderia caber, então dormiam em capins, bebiam água do esgoto, e faziam suas necessidades no chão. Todos os dias morriam muitas pessoas no hospital, o principal motivo era descargas de choque nas têmporas, no caso de pacientes com epilepsia. Alguns morriam de frio, pois tinham de ficar pelados no frio que estivesse havendo, outros de fome e tantos outros motivos normais se tratando de tal ambiente. Com tantas mortes assim, o acúmulo de corpos era evidente, mas resolvido facilmente com a venda de cadáveres para universidades sem qualquer autorização ou aviso prévio de seus familiares, arrecadando muito dinheiro para a instituição.

No Colônia, os filhos eram arrancados de suas mães ao nascer, e doados para outras famílias, algumas mães nunca se quer viram seus filhos novamente, mesmo lembrando deles diariamente. As grávidas tinham de passar fezes em suas barrigas para não serem tocadas por funcionários dos hospitais, uma forma de proteger seus filhos.

Nesse breve resumo do livro pode se ver que a instituição de poder não estava nem um pouco preocupada com o bem-estar de seus pacientes, mas sim preocupada com o dinheiro a receber e a “limpeza” da sociedade de pessoas “loucas” como aquela, no ponto de vista dos responsáveis por isso. Claramente os responsáveis por isso não queriam curar as pessoas “doentes”, apenas queriam um lugar para que essas pessoas não ficassem expostas a sociedade, evidenciando o egoísmo e a desumanidade com o próximo, com o conceito de mundo e de sociedade em prol de si mesmo, lembrando muito feitos de séculos passados, onde as pessoas eram torturadas e executadas covardemente e cruelmente pelas potências da época. Com certeza pode ser considerado

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