RESENHA CRITICA: UM ATO DE CORAGEM
Por: Brenda Stephanie • 5/8/2018 • Trabalho acadêmico • 596 Palavras (3 Páginas) • 2.800 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB
DEPARTAMENTO DE SAÚDE - DS
CURSO DE ENFERMAGEM
DISCENTE: Brenda Stephanie C. Santa Rita
RESENHA CRITICA: UM ATO DE CORAGEM
Trabalho apresentado ao Prof° Eduardo Boery, ministrante da disciplina Deontologia e Bioética, para fins de avaliação.
JEQUIÉ (BA) – JULHO
2018
CONSEQUÊNCIAS DE UM ATO EXTREMO.
Brenda S. C. Santa Rita [1]
O filme relata a vivência hospitalar de um casal afro-americano de classe baixa, cujo filho adoece enquanto estavam vivendo uma crise matrimonial e financeira, como já é de conhecimento universal os Estados Unidos da América é o centro do capitalismo moderno, e seu sistema de saúde não seria exceção, durante longa percebemos nitidamente os traços desse “capitalismo selvagem”, desde o diagnóstico da criança, quando a empresa onde John Quincy (Denzel Washington) trabalha o transfere de turno, para que o seguro saúde pago pela empresa deixe de cobrir o funcionário, até o momento em que o hospital quer dar alta ao menino que precisa de transplante visto que mesmo com os grandes esforços o pai do garoto, este não seria capaz de arcar com os gastos de sua cirurgia.
O diretor Nick Cassavetes, atua em todas as vertentes da cenografia, desde a atuação, á produção e direção. Norte americano, nascido em 21 de Maio de 1959, na cidade de Nova York, atualmente com 59 anos, 46 deles de carreira, fez 23 trabalhos, e alguns deles foram: “Se beber não case: Parte 2”, ‘Uma prova de amor” e “Mulheres ao ataque”.
A obra nos leva a uma intensa reflexão de em até qual ponto o hospital, a família e a empresa seguradora foram éticos em seus papeis, pois tendo em vista que o hospital era uma instituição privada, não seria de sua obrigação arcar com os custos da cirurgia do garoto, já a empresa seguradora juntamente com a empresa a qual o protagonista trabalhava, foram nitidamente imorais com John, pois usaram de má fé ao diminuírem sua carga horária para que ambos não tivessem mais a obrigação de arcar com os custos da cirurgia de seu filho.
Diante da iminente morte da criança, é possível julgar a família como senda antiética? É possível nós apontarmos o dedo para o pai do menino, e dizer para ele que em seu lugar aceitaríamos que não haveria como pagar o tratamento, que iriamos para nossas casas e veríamos nosso filho morrer, exatamente como a ética manda? Apesar de ter agido por impulso, de ter violado leis, feito pessoas de reféns, ameaçado quem pode e chegado ao extremo, quando as consequências vieram, quando sua sentença foi desferida, John soube aceitar, como manda a lei.
Sendo assim posso concluir que, apesar de normas estabelecidas, de condutas éticas já previamente condicionadas a todos os profissionais, existem situações que a vida nos propõe em que todas essas condutas de tornam divergentes e em certo ponto obsoletas. É bem visto que na situação que nos foi apesentada, existem diversas condutas que um profissional poderia tomar, e as teoricamente corretas, acabariam no óbito do garoto, o que ferre um dos preceitos de nosso juramento enquanto profissionais da saúde, exatamente por isso em uma das cenas o médico responsável é confrontado com essa situação. O que fica depois de todos esses debates é a seguinte pergunta: Até que ponto a ética salva vidas?
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