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RESENHA CRÍTICA SOBRE O ARTIGO: ÉTICA E PRÁTICA PROFISSIONAL EM SAÚDE

Por:   •  17/8/2018  •  Resenha  •  1.096 Palavras (5 Páginas)  •  3.056 Visualizações

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Universidade Feevale

Instituto de Ciências da Saúde

Curso Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética

Profºs. Danielle Albrecht

RESENHA CRÍTICA SOBRE O ARTIGO: ÉTICA E PRÁTICA PROFISSIONAL EM SAÚDE.

ANDRIELI DE ANHAIA DA SILVA

 

Novo Hamburgo

 2017

O artigo Ética e prática profissional em saúde, da autora Maria Bettina Camargo Bub, enfermeira, doutora, professora do Departamento de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina, também membro do Grupo de Pesquisa em Filosofia e Ética, possui ao seu total 10 páginas que irão abordar a todo momento questões sobre o uso da ética em situações de práticas cotidianas entre os profissionais da área da saúde, direcionando quase que exclusivamente entre médicos e enfermeiros, o cliente e a relação vivida entre esses indivíduos.

A obra foi dividida em resumo, introdução e seu embasamento teórico foi dividido em cinco subtítulos  Um conceito mínimo de moralidade e a constituição do agente moral, Das barbáries na pesquisa ao nascimento da bioética, A ética principialista de Beauchamp e childress, Para além do principialismo e A relação entre cliente e profissional —, seguido de suas considerações finais e referências.

Segundo o texto, existem diversas teorias éticas e modelos de análise teórica, porém, a autora deixa claro que esse não é o seu propósito, tão pouco que irá abordar sobre assuntos que tenham como ênfase definir, caracterizar ou comparar às inúmeras maneiras que são aplicadas as questões de ética na área da saúde. O objetivo central desta escrita está na relação do ser humano em si com seu modo de agir sobre determinadas circunstâncias decorrentes do dia-a-dia de um profissional que atua na prática da saúde, posicionando-se entre o bem e o mal, determinando aquilo que é ético ou não dentro de sua profissão e do seu pensar.

Primeiramente em seu texto, a autora parte a exprimir um conceito sobre moralidade, descrevendo que a mesma é “uma questão de consulta à razão, onde uma atitude moralmente aceitável é determinada pelas melhores razões para realizá-la”. Destaca-se também quando a autora diz que julgamentos morais são diferentes de preferências pessoais e que os conceitos de moralidade podem ajudar na compreensão dos conflitos cotidianos na área da saúde, ressaltando os fatos ocorridos na história da humanidade, principalmente na história de pesquisas médicas.

Ao descrever os próximos seis parágrafos, onde se fala sobre as conseqüências das práticas e das pesquisas feitas na área da saúde, que foram escritas no artigo Ethics in Clinical Research, ocorridos durante a II Guerra Mundial, tendo como exemplo os maus tratos feitos em “cidadãos de segunda classe”  internos de hospitais de caridade, idosos, adultos com deficiências mentais, presidiários, crianças com retardos mentais, pacientes psiquiátricos  destaca-se o Código de Nuremberg, que fora promulgado após o Julgamento de Nuremberg, onde assim como nazistas, alguns médicos também foram condenados por desrespeitarem os direitos humanos e cometerem as barbáries escritas no artigo citado anteriormente. Porém, os experimentos não pararam após o julgamento, portanto foi criada a Comissão Nacional para a Proteção dos Seres Humanos da Pesquisa Biomédica e Comportamental, com o objetivo de salientar os princípios éticos básicos para nortear as pesquisas realizadas com seres humanos nas ciências do comportamento e na biomedicina.

Com a preocupação das pesquisas biomédicas, a Comissão Nacional para a Proteção dos Seres Humanos da Pesquisa Biomédica e Comportamental, publicou o Relatório de Belmont, em 1978, onde passou-se a ter noções sobre ética principialista, e que no mesmo se tinha três princípios básicos: a autonomia, beneficência e a justiça. Após esta publicação, as pesquisas com seres humanos deixaram de ser seguida pelos códigos e passou a ser analisada de acordo com estes três princípios de Belmont.

Um ano após a publicação do Relatório, em 1979, o livro Priciples of Biomedical Ethics foi publicado, porém com preocupações voltadas para a área médica, onde se acrescenta mais um principio junto aos três já existentes: não-maleficência. Uma ressalva importante a ser feita sobre o assunto do livro é de que esses princípios não estão em uma ordem hierárquica e que se deve obedecer ao melhor quesito para determinada situação e mesmo com inúmeras criticas feitas a à ética principialista, os mesmo são importantíssimos para a compreensão do que se trata um agente moral. Vale salientar também que esses princípios contribuíram para a noção de responsabilidade moral dos pesquisadores brasileiros.

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