Resenha Sobre o Filme Nise O Coração da Loucura

Nise- O coração da loucura

O filme Nise- o coração da loucura é uma narrativa baseada em fatos reais que se passa no Engenho Dentro- Rio de janeiro em 1944, dentro do Centro psiquiátrico nacional Dom Pedro II, onde temos como a protagonista Dr Nice da Silveira uma psicóloga e médica psiquiatra muito bem representada pela atriz Glória Pires. No filme a nise  havia sido presa pela polícia política do Estado Novo, acusada de comunismo. Podemos observar uma cena no filme onde o Dr Nelson a chama de comunista por ela estar usando os cachorros, estar fazendo passeio e usando a arte  como terapia para os clientes. 

Ao entrar no hospital aos olhos da Dr Nice podemos ver o descaso e a desumanização com os pacientes que ali vivem, um local com aspecto de presídio, sujo, mal cheiroso só pela aparência, sem luz alguma, onde temos a sensação de um lugar sem sentimentos e emoções. Logo chegamos ao auditório, onde de “cara” observamos que a sala possui apenas psiquiatras homens o que para a época que o filme se passa era bem comum, no auditório é mostrando como se realiza a cirrugia de lobotomia e o tratamento de eletrochoque que é mostrado na pratica como se é realizado com um paciente chamado Fernando, onde podemos observar que ele está bem agitado com o tratamento e a todo modo recusa, mesmo assim é eletrocutado. Revoltada a psiquiatra interrompe muito revoltada e recusa a utilizar este tratamento . Com isso ela é transferida para a ala de Terapia Ocupacional, um lugar considerado de menor importância

Ao chegar a ala de Terapia Ocupacional ela se depara com um lugar escuro, sujo e esquecido mais esquecido do que o resto do hospital, ali trabalha a enfermeira Ivani e o enfermeiro Limeira( o enfermeiro não acata as ordens da médico deixando bem claro a ela que elnão é faixineiro para ajuda-la a limpar o local), mas a protagonista não desiste e segue fazendo aquilo que lea acredita que aquele local irá virar.

A Doutora consegue material de pintura para os pacientes que, logo em seguida prefere chama-los de clientes ou até mesmo pelo nome deles, para tratar eles de igual para igual. Podemos notar que a pintura acalma os pacientes que no começo eram bem agressivos e não queriam fazer nada, pois estavam acostumados a apanhar por tudo; Nice não admite a partir dali mais violência naquele hospital diz ela “A partir de hoje nenhum ato de violência será considerado como tratamento nesse lugar”. Com o passar da narrativa podemos ver as obras que esses clientes produzem e a evolução deles, as obras são indescritíveis, são lindas e emocionantes contam histórias da vida deles antes de chegarem ali.

A mandala é a pintura mais recorrente entre eles e notamos que acalma os esquizofrênicos principalmente, com isso começamos a ver as histórias dele, as famílias e Nice vai se envolvendo e elogiando eles pelos traços, ao longo disso ela usa também a Terapia com cachorros que geram neles afeto e responsabilidade. Com isso dizemos que as imagens do inconsciente são simbólicas e é algo que a psiquiatria tem como desafio de descobrir esses sentimentos e símbolos que o inconsciente produz.

Essa obra faz a gente pensar sobre o que é a loura? O louco é aquele que está ali precisando de cuidado ou aquele que está pesando em uma forma de “cura” no caso do eletrochoque para ele?; faz com que olhamos para esses pacientes/clientes com um olhar mais humano e tratar eles com mais afeto e paciência que eles vão aprender e irão realizar grandes obras.

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