UTI - MÉTODOS DIALÍTICOS
Por: Roberta Guimarães • 17/4/2017 • Trabalho acadêmico • 5.715 Palavras (23 Páginas) • 1.106 Visualizações
GABRIELA ESCORCE
ROBERTA GUIMARÃES
MÉTODOS DIALÍTICOS
Ceres, GO
2016
GABRIELA ESCORCE
ROBERTA GUIMARÃES
MÉTODOS DIALÍTICOS
Trabalho apresentado como requisito da disciplina de UTI, para composição da nota de 3ªVA, do curso de Enfermagem da Facer Faculdades – Unidade Ceres.
Docente: Anamaria Donato
Ceres, GO
2016
Sumário
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................04
2 HEMODIÁLISE..............................................................................................................................05
2.1 MÉTODO INTERMITENTE.................................................................................................08
2.2 MÉTODO CONTÍNUO.........................................................................................................08
3 DIÁLISE PERITONIAL.................................................................................................................10
3.1 O FUNCIONAMENTO DA DIÁLISE PERITONEAL .......................................................11
3.2 QUAIS AS COMPLICAÇÕES DA DIÁLISE PERITONEAL .............................................12
4 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO....................................................................................................13
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................................18
6 REFERÊNCIAS.......................................................................................................................19
1 INTRODUÇÃO
Os métodos dialíticos representam importante papel no tratamento da disfunção renal. Temos a diálise, que consiste em um processo de depuração do sangue, no qual a transferência de solutos e líquidos ocorre através de uma membrana semipermeável que separa dois compartimentos. A hemodiálise é um processo mecânico de terapia de substituição renal, que tem por objetivo remover as substâncias tóxicas e o excesso de líquido que se acumulam em virtude da falência renal, como se fosse um rim artificial. Os métodos podem ser contínuos ou intermitentes (MORTON; FONTAINE, 2011).
Porém, segundo Padilha et al (2010), os contínuos ganham destaque em relação aos intermitentes no emprego em pacientes críticos devido à vantagem de maior estabilidade hemodinâmica, requerendo uma enfermagem capacitada no conhecimento para instalação e condução desse procedimento.
Para melhor compreensão dos métodos dialíticos, os princípios físicos envolvidos no transporte de solutos serão abordados.
• Difusão é o transporte de solutos de um compartimento líquido para outro, através de uma membrana semipermeável, do local de maior concentração para o de menor concentração.
Ultrafiltração é o processo de remoção de líquido por um gradiente de pressão hidrostática ou osmótica (diálise peritoneal), por meio de uma membrana semipermeável. Durante a ultrafiltração também ocorre o transporte de solutos acompanhado do fluxo de líquido filtrado (convecção)
• Adsorção é o mecanismo pelo qual os solutos aderem a superfície da membrana semipermeável, através de sítios de ligação presentes na membrana.
O tratamento dialítico tem como objetivo:
• remover os subprodutos do metabolismo proteico (ureia,creatinina, ácido úrico);
• remover o excesso de água;
• restabelecer o equilíbrio ácido-base;
• restabelecer o equilíbrio de eletrólitos.
O tratamento dialítico de pacientes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) é muito diferenciado, em comparação ao trata- mento de pacientes com insuficiência renal crônica. Os pacientes com lesão renal aguda (LRA) em UTI necessitam de suporte cardiovascular, respiratório e nutricional, que impõe um tratamento com grandes volumes para o uso de medicamentos vasoativos, administração de antibióticos e nutrição parenteral.
As principais indicações clínicas para a realização de um tratamento dialítico são:
• pacientes ligúricos (volume urinário inferior a 400 mL em 12 horas);
• pacientes anúricos (volume urinário inferior a 100 mL em 24 horas);
• hipercalemia (valores plasmáticos superiores a 6,5 mEq/L);
• acidemias graves (pH menor que 7,1);
• azotemia (ureia em valores plasmáticos acima de 150 mg/dL);
• hipervolemia (sinais de congestão pulmonar, edema agudo de pulmão);
• encefalopatia, pericardite e neuropatia urêmica;
• disnatremias graves (valor plasmático de sódio superior a160 mEq/L ou inferior a 115 mEq/L).
Os processos dialíticos podem ser divididos em duas categorias:
• diálise com circulação extracorpórea;
• diálise peritoneal.
2 HEMODIÁLISE
Segundo Smeltzer e Bare (1998), a hemodiálise baseia-se na transferência de solutos e líquidos por meio de uma membrana semipermeável pelos seguintes processos: difusão (é o transporte de solutos de um compartimento líquido para outro, por meio de uma membrana semipermeável, do local de maior concentração para o de menor concentração), osmose (passagem do solvente de uma solução através de uma membrana impermeável ao soluto) e ultrafiltração (é o processo de remoção de líquido por um gradiente de pressão hidrostática ou osmótica, por meio de uma membrana semipermeável).
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