A Administração em Serviço Social
Por: 28062017 • 21/1/2020 • Projeto de pesquisa • 1.795 Palavras (8 Páginas) • 441 Visualizações
Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas e Exatas (FACSAE) Departamento de Ciências Humanas e Sociais (DCHS) Curso de Serviço Social
Administração em Serviço Social
ESTUDO DIRIGIDO (Valor: 20 pontos) NOME; DENISE GONÇALVES GOMES
1) O Brasil, tecido pelos elementos da sua formação social e histórica, possuí particularidades na formação de um “Estado Nacional” assim como no fomento de Políticas Sociais nos marcos do capitalismo. Assim sendo: Discorra sobre os elementos da formação sócio-histórica; em que período se deu a formação do “Estado Nacional” e quando, historicamente, tem-se indícios de Políticas Sociais no país. (Valor: 10 pontos)
Desde o início da formação nacional deu-se a partir da perspectiva de exploração e
dependência nas esferas, culturais econômicas e política. No período colonial, naquela época a classe dominante recebiam parte dos lucros obtidos pelo tráfico de mão de obra escrava e pela exploração de terras brasileiras, no qual servia como uma parte de renumeração da coroa portuguesa para manutenção do sistema colonialista sendo que grande parte da arrecadação voltava para a coroa portuguesa.
A abolição da escravatura traz à tona a generalização do trabalho assalariado. Nasce uma burguesia nacional que se consolida no poder mantendo os vínculos de dependência como capitalismo internacional, onde sua dominação era baseada na segregação interna e na dependência externa. A consolidação da burguesia brasileira não faz como em outros países.
O processo de revolução burguesa no Brasil realiza-se de forma atípica, pois não ouve uma revolução emancipatória burguesa. E isso não invalida o processo “revolucionário burguês”, se mantem dependente da burguesia estrangeira de exploração e de acumulação das riquezas produzidas socialmente. Uma outra diferença da revolução burguesa nacional é que o processo de revoluções não contou com a participação da população, foram decisões de interesse direto da classe dominante. As lutas populares brasileiras foram de suma importância para a formação da classe trabalhadora, porem acabaram sendo marginalizadas e extintas pela burguesia.
As origens da burguesia brasileira, tem origem na categoria dos senhores de engenho, donos de escravos e grandes latifúndios, e com o fim da Brasil colônia passam por um processo de aburguesamento e também de uma parcela dos estrangeiros que vieram para o brasil consolidar seus impérios fundindo-se com a classe dominante nativa. Até então as políticas públicas não foram concebidas para classes populares, qualquer meio de assistência social era advindo de instituições religiosas (igreja católica), ofertadas pela caridade e com discurso voluntario e amor aos cristãos menos favorecidos socialmente. Com o início do governo de Getúlio Vargas só foi concebido direitos sociais e políticas que garantiam os direitos sociais através das lutas e reinvindicações da classe trabalhadora. Direitos nos quais após o golpe militar de 1964 foram reformulados a fim de se adequar ao novo regime ditatorial. Programada e articulada pelo sistema capitalista internacional.
A consolidação federal de 1988 se deu com o fim da ditadura militar, aqui todos os direitos foram reformulados, afim de trazer uma valorização para as políticas públicas assistenciais e democráticas.
Analisando nossa atual conjuntura nacional, podemos observar que todo processo de consolidação e lutas vem se perdendo no cenário econômico social e político do Brasil. A partir daí, vejo que nosso pais nunca se consolidou com um Estado nação. O Estado nacional surge após a independência do Brasil.
2) Caracterize os modelos de Administração no Brasil e o impacto dos mesmos para as políticas sociais, campo de atuação profissional das (os) Assistentes Sociais.
(Valor: 2 pontos)
Foi instituído 3 modelos de Administração pública no Brasil.
O modelo patrimonialista é um modelo de administração pública no qual não se tem uma distinção clara entre o público e o privado, existe a apropriação da coisa pública. Os cargos públicos eram exercidos apenas por pessoas de confiança do rei. O governo era composto por familiares e pessoas que tinham os mesmos interesses dos monarcas. Não havia uma preocupação em utilizar os recursos públicos em favor da coletividade. O modelo patrimonialista foi perdendo força com a ascensão dos burgueses e o fortalecimento do Estado liberal, que foram determinantes para o término das monarquias absolutistas em várias regiões do mundo.
O modelo burocrático é um sistema pautado no controle rigoroso dos meios, das formas de fazer as coisas. Se caracteriza por conter regras e procedimentos para as autoridades e servidores públicos exercerem as suas funções de modo ético e responsável. Aqui, a divisão de responsabilidades abrange a hierarquia e a especialização para que os serviços sejam impessoais. Em outras palavras, as atividades governamentais devem favorecer a todos de maneira indistinta. Essas práticas se identificam com o Estado Liberal, pois os ideais republicanos valorizam a democracia e a necessidade de o poder ser exercido por pessoas escolhidas pelo povo. Na administração burocrática, os gestores púbicos cuidam do patrimônio e tomam decisões pensando no bem comum.
O modelo de administração gerencial vem para flexibilizar os princípios da burocracia. Este, parte da definição clara de quais são os objetivos da administração pública. A proposta é que o modelo gerencial incentive e internalize na rotina da administração pública procedimentos que levem em consideração a atuação coletiva na elaboração de políticas públicas e a participação social nos processos de tomada de decisão. Além disso, é desejável a competição dentro das organizações públicas e entre organizações públicas e privadas a fim de garantir a prestação de serviços com maior qualidade.
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