Classes terapêuticas
Por: 33621134 • 22/4/2016 • Trabalho acadêmico • 1.932 Palavras (8 Páginas) • 613 Visualizações
CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO NORTE GOIANO
FACULDADE DO NORTE GOIANO (FNG)
CURSO DE FARMÁCIA
CLASSES TERAPÊUTICAS
Jaqueline Lemes Borges Anjos
Porangatu/GO
Mar/2016
ANTIBIÓTICOS
Os antibióticos (do grego anti=contra e bio=vida) são fármacos empregados no tratamento de infecções. Algumas destas substâncias são totalmente artificiais, mas existem aquelas produzidas a partir de organismos vivos, tais como fungos e bactérias. Estes medicamentos têm o poder de destruir ou controlar o crescimento de organismos infecciosos do corpo.
Existe um grande número de classificações dos antibióticos, a mais habitual os agrupa em função de seu mecanismo de ação perante os agentes causadores de infecção, quer dizer, alguns lesionam a parede da célula, outros alteram a membrana celular. A maior parte deles inibe a síntese de ácidos nucléicos, os polímeros constituintes da célula bacteriana. Outra classificação agrupa os antibióticos em função das bactérias contra as quais são eficazes: estafilococos, estreptococos e escherichia, por exemplo. Também podem ser classificados em função de sua estrutura química, diferenciando, desta forma, as tetraciclinas, penicilinas, macrólidos, cefalosporinas, sulfamidas, lincosamidas e outros.
Aminoglicosídeos
Os aminoglicosídeos são um grupo de antibióticos com estrutura química complexa, parecendo-se entre si na atividade antimicrobiana, nas características farmacocinéticas e nas toxicidades. Os principais agentes são a gentamicina, a estriptomicina, a amicacina, a tobramicina e a neomicina.
Gentamicina
Mecanismo de ação: Interfere na síntese protéica bacteriana através da ligação a 30S e subunidades 50S ribossomal.
Indicações terapêuticas: Infecções externas do globo ocular e anexos causadas por germes sensíveis à gentamicina, conjuntivites, ceratite, ceratoconjuntivite, ulcera de córnea, blefarite, episclerite, dacriocistite.
Contra-indicações: hipersensibilidade aos componentes da fórmula.
Interações medicamentosas: Clindamicina (sinergismo sobre stafilococcos-associação útil em terapia); Cloranfenicol (antagonismo sobre Proteus; recomendado: evitar a administração conjunta); Digoxina (redução dos níveis séricos da digoxina; recomendado: administrar essas medicações com intervalo de 3 horas entre eles); Eritromicina (potenciação do efeito antimicrobiano dobre stafilococcos-associação útil em terapia).
Amicacina
Mecanismo de ação: Inibe a síntese protéica em bactérias sensíveis ligando-se a subunidades ribossômicas 30S.
Indicações terapêuticas: Tratamento de infecções graves causadas por organismos resistentes à gentamicina e à tobramicina, incluindo pseudomonas, proteus, serratia, bacilos Gram-negativos (infecções ósseas, do trato respiratório, endocardite, septicemia).
Contra-indicações: Hipersensibilidade à medicação ou aos outros aminoglicosídeos.
Interações medicamentosas: Aciclovir, aminoglicosideos (outros), anfotericina B, cisplatina, ciclosporina, tacrolimo e vancomicina: aumento da nefrotoxicidade; Anestesicos e bloqueadores neuromusculares: possível potencializaçao do bloqueio neuromuscular; Cefalotina: aumento da nefrotoxicidade; Furosemida: aumento da otoxicidade. Penicilina: inativação da amicacina.
Macrolídeos
O termo macrolídeo relaciona-se com a estrutura - um anel de lactona com muitos membros, aos quais estão conectados um ou mais desoxiaçúcares. Os principais antibióticos macrolídeos sao a eritromicina, a claritromicina e a azitromicina.
A espiramicina e a telitromicina sao de menor utilidade.
Claritromicina
Mecanismo de ação: Liga-se reversivelmente às subunidades 50S dos ribossomos bacterianos. Com isso, impedem o movimento de translocação do ribossomo ao longo do tRNA, reduzindo a síntese protéica bacteriana.
Indicações terapêuticas: tratamento de infecções de vias aéreas superiores e inferiores; infecções da pele e tecidos moles causadas por microrganismos sensíveis à claritromicina; úlcera duodenal causada pelo H. pylori em esquema com outros medicamentos.
Contra indicações: Disfunção hepática e renal. Nunca associar a terfenadina, aztemisol e cisaprida.
Interações medicamentosas: Astemizol (elevação do nível do astemizol); Carbamazepina (elevação dos níveis séricos da carbamazepina; recomendado: evitar uso associado); Clobazam (potencialização da toxicidade do clobazam; recomendado: administrar com precaução); Delavirdina (aumento da biodisponibilidade de ambos os fármacos; recomendado: administrar com precaução); Derivados do ergot (elevação dos níveis séricos da digoxina; recomendado: evitar a administração conjunta); Efavirenz (possível perda da eficácia da claritromicina; recomendado: evitar a administração conjunta); Flunitrazepam (potencialização da toxicidade do flunitrazepam; recomendado: administrar com precaução); Ritonavir (redução do metabolismo da claritromicina); Tacrolimo (possível aumento dos níveis séricos de ambos os fármacos; recomendado: evitar administração conjunta); Teofilina (elevação dos níveis séricos da teofilina; recomendado: evitar a administração conjunta); Terfenadina (elevação dos níveis séricos da terfenadina; recomendado: evitar administração conjunta); Varfarina (risco de hemorragia; recomendado: administrar com precaução); Zidovudina (possível redução do efeito da zidovudina. Essa interação não ocorre com a administração EV).
Azitromicina
Mecanismo de ação: Inibe a síntese protéica dependente do RNA (no alongamento da cadeia); liga-se à subunidade ribossômica 50S, levando ao bloqueio da transpeptidação.
Indicações terapêuticas: Infecções do trato respiratório inferior (bronquite e pneumonia); infecções da pele e tecidos moles; otite média; infecções do trato respiratório superior (sinusite, faringite, amigdalite); infecções sexualmente transmissíveis; infecções genitais não complicadas (chlamydia trachomatis; neisseria gonorrhoeae).
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