O ARTIGO DO CONHECIMENTO ETNOBOTÃNICO POPULAS DE PLASTAS MEDICINAIS
Por: lessandra07 • 1/12/2022 • Artigo • 2.607 Palavras (11 Páginas) • 131 Visualizações
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FARMACOGNOSIA
ARTIGO DO CONHECIMENTO ETNOBOTÃNICO POPULAS DE PLASTAS MEDICINAIS
Flávia Fernanda Gouvêa de Oliveira - RA 20211372
Jhennifer Lopes da Silva - RA 20215831
Juliana Zambello Santana - RA 2022901
Lessandra Aparecida de Aquino - RA 20211540
Matheus Hatamoto Cordeiro - RA 20211468
Farmácia 3º/4º semestre
20/11/2022
AMERICANA – SP
2022
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FARMACOGNOSIA
ARTIGO DO CONHECIMENTO ETNOBOTÃNICO POPULAS DE PLASTAS MEDICINAIS
PROFº LEANDRO RODRIGUES
AMERICANA – SP
2022
Sumário
1. Introdução
2. Objetivos
3. Metodologia
3.1 Tipo de Estudo
3.2 Local de Estudo
3.3 Procedimento
3.4 Análise de Dados
4. Resultados
5. Discussão
7. Conclusão
8. Referências
Anexo 1
Lista de figuras, tabelas e gráficos
Figura 1. Localização da cidade de Americana
Tabela 1. Dados do conhecimento etnobotânico dos entrevistados
Gráfico 1. Classificação do gênero dos participantes da pesquisa
Gráfico 2. Partes utilizadas das plantas medicinais
Gráfico 3. Modo de preparo das plantas medicinais
1. Introdução
Desde a antiguidade as plantas são utilizadas com fim terapêutico e seu uso é tratado como anterior à existência da ciência (1), portanto o uso de plantas com propriedades medicinais vem caminhando paralelamente ao desenvolvimento da humanidade, quando o homem primitivo passou a observar a natureza buscando remediar seus problemas do corpo e da alma. Indícios do uso de plantas medicinais e tóxicas foram encontrados nas mais remotas civilizações sendo de 2800 a.C. o que se acredita ser o registro mais antigo (2).
As plantas medicinais são aquelas com propriedades capazes de aliviar ou curar doenças e são utilizadas tradicionalmente como remédio pela população em geral e por comunidades. As plantas são uma fonte rica de metabólitos secundários com várias atividades biológicas que podem servir no tratamento e prevenção de doenças. São utilizadas pela medicina alternativa pela sua eficácia, por seu baixo custo e acessibilidade, sendo o principal tipo de medicamento utilizado atualmente no mundo, destacando os países tropicais e em desenvolvimento (1).
Os estudos com plantas medicinais têm contribuído para obtenção de substâncias com potencial terapêutico e que, em virtude da grande quantidade de espécies vegetais, presume-se que ainda exista um vasto número de compostos a serem descobertos (3).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem estimulado os países a identificar e explorar os aspectos da medicina tradicional que fornecem remédios ou práticas seguras e eficazes para a obtenção de saúde, os quais devem ser recomendados nos programas voltados para cuidados primários de saúde (4).
Neste contexto, a etnobotânica busca o resgate dos conceitos locais que são desenvolvidos em relação às plantas e ao uso que se faz delas. Portanto, pode ser entendida como o estudo do conhecimento e das conceituações desenvolvidas por uma sociedade a respeito do mundo vegetal (3).
Logo, a crença sobre o poder de cura das plantas induziu o crescimento da fitoterapia, a qual adquiriu características técnicas e científicas, consequentemente, o conhecimento sobre o poder curativo das plantas deve ser considerado como ciência que vem sendo estudada, aperfeiçoada e aplicada por diversas culturas, ao longo dos tempos.
2. Objetivo
Investigar o conhecimento e uso popular de plantas medicinais pela população de Americana - São Paulo.
3. Metodologia
3.1 Tipo de Estudo
Foi realizado um estudo qualitativo, através de entrevistas estruturadas com o objetivo de coletar dados etnobotânicos, bem como opiniões e crenças sobre o uso de plantas medicinais.
3.2 Local de Estudo
Este estudo foi desenvolvido na cidade de Americana, que está localizada na região Leste do Estado de São Paulo (Figura 1), região Sudeste do Brasil, há 129 Km da capital São Paulo. Possui uma área total de 133,63 Km2 e clima tropical (5) .
Estima-se que a cidade tenha uma população de 244.370 habitantes, segundo dados do IBGE 2021 (6), com influência americana, portuguesa, alemã, arábe, com predominância italiana (5).
Figura 1. Localização da Cidade de Americana
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Fonte: IBGE, 2017.
3.3 Procedimentos
Foram realizadas entrevistas etnobotânicas no período compreendido entre 05 de novembro a 12 de novembro de 2022. Foram visitadas 105 residências, e após selecionado o morador para realização dos questionamentos, foram verificados os seus conhecimentos sobre métodos de diagnose e cura, bem como as questões associadas às suas crenças, que foram obtidas por meio de entrevistas e observações dos participantes, enquanto os dados pessoais e etnofarmacológicos foram obtidos durante entrevistas estruturadas.
Para realização das entrevistas estruturadas foi elaborado um questionário (Anexo 1), sobre os dados pessoais dos entrevistados e sobre os dados etnofarmacológicos. As entrevistas foram registradas, mediante consentimento dos entrevistados, numa tentativa de evitar perdas de informações, contribuindo para a fidelidade dos dados da pesquisa.
3.4 Análise de Dados
Para a análise e interpretação dos dados obtidos foram utilizadas planilhas elaboradas com o software Microsoft ExcelⓇ.
4. Resultados
Durante o período de pesquisa, foram entrevistados 105 moradores, destes 32 (30,5%) do sexo masculino e 73 (69,5%) do sexo feminino (Gráfico 1), com idades entre 38 e 82 anos, residentes na da cidade de Americana, que são familiares e vizinhos dos discentes que compõem o grupo. O conhecimento do uso das plantas medicinais, segundo os interrogados, foi adquirido com amigos e os informantes mais velhos referem que os aprendizados foram passados também por avós e mães, e que transmitem essas informações para nova geração dos descendentes e para pessoas interessadas, sempre de forma oral.
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