O GINSENG NO METABOLISMO GLICÊMICO
Por: adrianaberti • 2/8/2020 • Relatório de pesquisa • 2.759 Palavras (12 Páginas) • 174 Visualizações
O GINSENG NO METABOLISMO GLICÊMICO
ADRIANA SIMONI BERTI[1]
JOÃO RAFAEL DE ASSIS 2
VANESSA DE ALMEIDA RAIA3
- INTRODUÇÃO
O diabetes mellitus (DM) é uma patologia crônica e não transmissível. A cada dia essa doença vem sendo amplamente estudada por cientistas, pois, atualmente acomete aproximadamente um terço da população mundial (OMS – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2018), e no Brasil mais de 13 (treze) milhões pessoas são portadores da doença, se fazendo necessário então, a constante pesquisa e descobertas de substâncias para melhorar o referido metabolismo hormonal glicêmico (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2019).
Posto isto, a pesquisa no uso dos fitoterápicos está muito em destaque, uma vez que estão se obtendo relevantes resultados positivos pelo seu latente poder medicinal. (VOGLER, et al., 1999). Um exemplo importante tem sido o uso favorável do Ginseng (Panax quinquefolius) pois, tem se evidenciado muito convincente em regular os níveis de glicose no sangue dos portadores da DM, tendo efeitos muito positivos e sua raiz melhorou a produção de insulina. (VUKSAN, 2000.)
O principal objetivo deste artigo é demonstrar a eficácia do Ginseng (Panax quinquefolius) no tratamento auxiliar do Diabetes Mellitus, utilizando uma revisão bibliográfica do tema, com base em dados científicos públicos, pelos órgãos médicos e da ciência, para um melhor entendimento do uso e dos efeitos causados nos pacientes, tendo como justificativa a elucidação e respostas quanto a eficácia do Ginseng (Panax quinquefolius) para tratamento preventivo e constante da patologia hormonal glicêmica. Sendo relevante para a sociedade comprovar que o uso regular do fitoterápico pode acarretar boa qualidade de vida do paciente, objetivando a pesquisa bibliográfica deste artigo (SCHENKEL, 1995).
Este trabalho trata-se de uma revisão de literatura, exploratória, com abordagem qualitativa. Tem como objetivo possibilitar maior entendimento sobre o tema, com o intuito de deixar mais compreensível para o leitor ou a elaborar hipóteses (GIL, 2010). A pesquisa qualitativa é realizada através da análise e interpretação de ideias de uma forma meticulosa, que se difere da pesquisa quantitativa pela realização de coletas e análises de dados (LAKATOS e MARCONI, 2011).
Critério de inclusão de bibliografia: Foram utilizadas as plataformas de busca Organização Mundial de Saúde, Sociedade Brasileira de Diabetes, Web of Science, Ministério da Saúde, Saúde Brasil, com evidência das palavras-chave Ginseng (Panax quinquefolius), Diabetes e Glicemia como também a legislação vigente dos órgãos reguladores no território nacional e internacional, o lapso temporal dos artigos variam entre 1995 e 2020 (juntamente com os publicados online), tais artigos encontram-se nos idiomas português, inglês e espanhol.
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Diabetes Melittus
Quando o metabolismo do organismo, com relação a glicose, não absorve ou tem uma má absorção da insulina, hormônio este que o pâncreas produz com a função de transformar em energia quebrando as moléculas da glicose, com o fim de que seja aproveitada por todas as células, gera-se uma patologia nominada de Diabetes Mellitus. (VARELLA, 2015).
A falta do da insulina no organismo, ainda que parcial, dificulta a queima do açúcar, causando ainda a ausência de transformação desta em outras substâncias necessárias como por exemplo proteínas, gordura e até mesmo músculo já a não produção ou produção reduzida da insulina, acumula glicose no sangue, fazendo com que as células não consigam absorve-la, mantendo os níveis glicêmico elevados. Esses níveis de glicemia elevado é chamado de hiperglicemia acarretando falta de glicose nas células e a longo prazo agrava para lesão dos vasos sanguíneos causando problemas típicos da diabetes. Entre eles citaremos cegueira, problemas nos rins, gangrena de membros etc. (FERNANDES, 2011)
Atualmente, a diabetes mellitus acomete aproximadamente um terço da população mundial (OMS – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2018), e no Brasil mais de 13 (treze) milhões pessoas são portadores da doença. O aumento da glicose no sangue, ocorrida pela falta de produção de insulina pelo pâncreas pode ser provocada por duas situações diferentes que abordaremos na sequência, que é a diabetes mellitus tipo 1e a diabetes mellitus tipo 2 (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2019).
2.1.1 Diabetes mellitus tipo 1
A diabetes tipo 1 é uma doença autoimune de origem, ou seja, as células produtoras de insulina são agredidas pelos anticorpos da própria pessoa, ocorrendo quase sempre na infância ou juventude, dando origem ao nome muito usado de Diabetes Juvenil, contudo pode ocorrer também, com menos frequência, na idade adulta. Ocorre devido a uma imperfeição no sistema imunológico, acarretando um ataque nas células do pâncreas que produzem a insulina, não deixando que o mesmo possa desenvolvera sua tarefa de forma correta. (BALDA, 1999)
Não há uma cura para a DM tipo 1, necessário se faz, então, seu controle. Para que haja o referido controle há necessidade de aplicação de injeção de insulina diariamente, objetivando a normalidade da glicemia, em conjunto com outras medidas preventivas incluindo praticar exercícios físicos, uma alimentação regulada e saudável além do uso de medicamentos. (SARTORELLI e FRANCO, 2003)
As pessoas com diabetes tipo 1 são mais vulneráveis a crises de hipoglicemia, e pela rapidez, necessitam de um imediato atendimento e tratamento. Hipoglicemia é um termo técnico que médico usam quando há uma baixa dos níveis de glicose (açúcar) no sangue. A glicose é a principal fonte de energia do organismo, e quando ocorre a hipoglicemia é produzido alguns sinais e sintomas característicos, tais como fraqueza, suores, tremores e outros, que só desaparecem se o nível sanguíneo de glicose for normalizado. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2019).
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