RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO I - HOSPITALAR
Por: Andrag • 30/11/2017 • Relatório de pesquisa • 3.208 Palavras (13 Páginas) • 1.381 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU
NÚCLEO DE SAÚDE
CURSO DE FÁRMACIA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO I
Anny Danielly de França Andrade
Recife
Agosto, 2016
FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU
NÚCLEO DE SAÚDE
CURSO DE FÁRMACIA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO I
Anny Danielly de França Andrade
Relatório final de conclusão de Estágio Curricular Supervisionado I em Farmácia realizado pelo Discente Anny Danielly de França Andrade, apresentado como parte das exigências curriculares do curso de Farmácia.
Recife
Agosto, 2016
RESUMO
Em farmácia hospitalar tem-se como foco o bem estar dos pacientes, de modo onde o farmacêutico deve acompanhar todo o processo assistencial e medicamentoso, prezando o uso racional dos medicamentos. O estágio teve como objetivo proporcionar a vivência de práticas apresentadas na base teórica durante o curso em farmácia voltando-se para área hospitalar, desta forma o discente exerceu diversas atividades propostas pela ementa da instituição no qual ajudou no fortalecimento dos conhecimentos teóricos, práticos e administrativos a partir de uma visão crítica tendo em vista o bem estar do paciente. O estágio supervisionado nos cursos de farmácias abrangem diversos campos, dentre estes a Farmácia Hospitalar permite o acesso a vivências singulares, pois possibilita o contato com diversos setores hospitalares, dentre esses ressaltamos o centro clínico, o centro de abastecimento, as farmácias de manipulação, quimioterápicos, nutrição parenteral e hemodiálise. Além disso, esse ambiente proporciona um contato direto com profissionais experientes na área e viabiliza a transposição de conhecimento, dinamizando e proporcionando um trabalho coletivo.
1 INTRODUÇÃO
Desde a antiga Grécia o conceito de Farmácia Hospitalar vem sendo apresentado como um paralelo entre estudos da medicina e farmácia. Segundo o Ministério de Saúde após a chegada das especialidades farmacêuticas, o farmacêutico passou a não exercer a sua função de manipulador de fórmulas e orientador do uso de medicamentos (BRASIL, 1994).
Entretanto, diante do surgimento de antibióticos e sulfas na década de 40, e apesar da existência de diversas especificidades farmacêuticas, esses profissionais começaram a conscientizar-se da necessidade em ampliar suas áreas de atuação, iniciando os primeiros passos em direção a Farmácia Hospitalar (BRASIL, 1994).
Nesse cenário, as farmácias das unidades hospitalares, antes manipuladoras ativas de medicamentos, se transformaram em grandes depositários passivos desses fármacos. Com crescente valorização, tornou-se um serviço imprescindível ao funcionamento da estrutura organizacional hospitalar (DANTAS, 2011).
Segundo o Programa Regional de Medicamentos Essenciais da Organização PanAmericana de Saúde (OPAS), a Farmácia Hospitalar encarrega-se da seleção, da aquisição e do controle dos medicamentos, devendo seguir um sistema racional de distribuição que assegure a entrega dos fármacos aos paciente na dosagem prescrita pelo médico, para isso, o departamento ou serviço deve ser tecnicamente aparelhado para planejar, organizar, dirigir, controlar, desenvolver e executar planos, programas e projetos de ensino e pesquisa relacionados ás atividades de aquisição, armazenamento, distribuição de medicamentos e correlatos, de modo a garantir efetiva assistência farmacêutica (SBRAFH, 2007).
Nessa vertente, ressaltamos os aspectos da assistência farmacêutica, onde deve-se ter o paciente e não o medicamento como foco de qualquer forma de atuação profissional. A assistência farmacêutica envolve um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, garantindo os princípios da universalidade, integralidade e equidade (OSORIO-DE-CASTRO, et al., 2015).
De acordo com os autores (Idem, 2015) a Política Nacional de Medicamentos é definida como sendo um grupo de atividades destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade. Na qual envolve o abastecimento de medicamentos em todas suas etapas constitutivas, a conservação e controle de qualidade, a segurança e a eficácia terapêutica, o acompanhamento e a avaliação, a obtenção e a difusão de informação sobre medicamentos e a educação permanente dos profissionais de saúde, do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentos.
De acordo com o Portal Educação (2008), o seu perfil profissional apresenta algumas especificidades em nível mundial, sendo dever do farmacêutico hospitalar: organização e gestão, distribuição e informação, farmacotecnia, controlo de qualidade, farmacovigilância, ensaios clínicos em meio hospitalar, farmacocinética, radiofarmácia, atividades complementares da designada farmácia clínica e cuidados farmacêuticos, sem esquecer o seu importante papel como formadores.
Dentro dessas responsabilidades, chamamos a atenção para alguns setores onde o farmacêutico pode atuar no quadro hospitalar: farmácia clínica, oncológica, nutrição parenteral, hemodiálise, centro de distribuição, entre outros.
A área clínica, apesar de recente merece um cuidado especial, pois é neste setor que dedica atenção aos pacientes em colaboração com médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde em diversas áreas médicas e cirúrgicas, garantindo que se apliquem conhecimentos farmacêuticos para ajudar a maximização do efeitos clínicos de medicamentos, ou seja, usando o tratamento mais eficaz para cada tipo de paciente (NUNES, 2010).
Outra área muito abrangente é a Oncologia, que atua prestando a assistência integral ao paciente com câncer. Englobando o acompanhamento farmacoterapêutico tanto dos doentes ambulatoriais, quanto dos internados. Além de manipular e administrar o medicamento, também é responsável por levar informações aos pacientes, explicando sobre a administração dos remédios durante o tratamento e esclarecendo dúvidas em relação aos efeitos colaterais (INCA, s/d).
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