Staphylococcus Aureus - APS MICROBIOLOGIA
Por: Eweront15 • 23/5/2017 • Trabalho acadêmico • 605 Palavras (3 Páginas) • 795 Visualizações
Staphylococcus aureus
Em 1980, os microrganismos gram-positivos, principalmente o Staphylococcus aureus, emergiram como causadores de infecções hospitalares, sendo importante enfatizar as características biológicas, patogênicas e o impacto da área farmacêutica para o tratamento/controle dessa bactéria.
As bactérias da espécie S. aureus apresentam-se como cocos esféricos e formam estruturas semelhantes a cachos de uva, são considerados não capsulados, possuem a capacidade de fermentar lentamente muitos carboidratos, produzindo ácido lático, mas não gás e crescem bem nos meios de culturas mais comuns, como o caldo ou ágar simples, a uma temperatura de 37ºC. Alguns isolados de S. aureus produzem uma série de fatores de virulência, como a superfície celular, toxinas e enzimas que contribuem para a patogenicidade do microrganismo, garantindo êxito em sua instalação e manutenção nos tecidos dos hospedeiros, assim como, também produzem uma série de enzimas e toxinas extracelulares como a coagulase, a esfoliatina e a toxina da síndrome do choque tóxico.
O S. aureus é o agente mais comum em infecções piogênicas como: foliculite, furunculose, carbúnculo, impetigo, etc., podendo ser localizadas na pele ou em regiões mais profundas. Em indivíduos debilitados por doenças crônicas, traumas físicos, queimaduras ou imunossupressão, podem causar infecções como a osteomielite, a bacteremia, a endocardite, a pneumonia, a meningite e a artrite bacteriana.
O diagnóstico das infecções é feito pelo isolamento e caracterização da bactéria em amostras biológicas. No caso de intoxicação alimentar, o diagnóstico é realizado pela pesquisa de enterotoxinas nos alimentos ingeridos e/ou vômito do paciente e testes como o de aglutinação em látex, os bioquímicos comercias e os métodos moleculares.
Como prevenção, devem-se lavar as mãos com frequência, evitar locais com aglomeração e não compartilhar itens de uso pessoal.
O S. aureus é suscetível à ação de várias drogas tais como penicilinas, cesfalosporinas, eritromicina, aminoglicosídios, tetraciclina e cloranfenicol, porém como possui elevada capacidade de desenvolver resistência, a antibioticoterapia adequada dessas infecções estafilocóccicas devem ser precedidas da escolha da droga com base nos resultados de teste de susceptibilidade.
Microrganismos e a área farmacêutica
Com o aparecimento de microrganismos multirresistentes aos antimicrobianos usados rotineiramente na prática médica, as infecções hospitalares tornaram-se um grave problema de saúde pública. Essas infecções hospitalares resultam do surgimento de microrganismos resistentes e virulentos, entre outros fatores.
Na década de 40, a área farmacêutica já contava com a penicilina para combater o Staphylococcus aureus, porém logo após o seu uso, algumas cepas da bactéria passou a apresentar resistência à penicilina, que ocasionou novos estudos farmacêuticos até chegarem à meticilina (oxacilina) para combater as cepas resistentes a penicilinase.
Aproximadamente um ano após o uso da meticilina, surgiram cepas resistentes a ela, obrigando os farmacêuticos a desenvolverem uma nova opção para o tratamento desse patógeno que foram os glicopeptídeos (vancomicina e teicoplanina).
Como pode-se observar, os antibióticos no tratamento de uma infecção bacteriana é de uso curto, ou seja, em geral tratam de infecções agudas. Além disso, como o surgimento de resistência é um fenômeno natural para as bactérias, com o passar dos anos, os antibióticos desenvolvidos por um laboratório já não funcionam mais o qual desestimula a indústria farmacêutica a realizar novos estudos e produção de novos antibióticos devido ao custo de desenvolvimento ser alto e o retorno financeiro ter prazo curto. Portanto a indústria farmacêutica necessita de incentivos que as façam produzir novos antibióticos uma vez que esta produção deve ser constante à medida que os microrganismos se tornam resistentes aos medicamentos disponíveis no mercado.
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