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Diagnóstico clínico e laboratorial 1 – doenças infecciosas: Staphylococcus aureus, na intoxicação alimentar.

Por:   •  12/2/2017  •  Resenha  •  1.396 Palavras (6 Páginas)  •  686 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

SAMARA MUTTINI

TALISSA DOS SANTOS CORRÊA

THAYNÁ MARINHO DOS SANTOS

Diagnóstico clínico e laboratorial 1 – doenças infecciosas:

Staphylococcus aureus, na intoxicação alimentar.

Tubarão

2016

Identificação dos artigos

Título: Prevalência de Staphylococcus aureus em manipuladores de alimentos das creches municipais da cidade do Natal/RN*

Referência: ADDISON, C.; XAVIER, C. Prevalência de Staphylococcus aureus em manipuladores de alimentos das creches municipais da cidade do Natal / RN * Prevalence of Staphylococcus aureus in food handlers from grades schools located. v. 39, n. 3, p. 165–168, 2007.

Título: Pesquisa sobre a bactéria Staphylococcus aureus na mucosa nasal e mãos de manipuladores de alimentos em Curitiba/Paraná/Brasil

Referência: MARIA, B. et al. PESQUISA SOBRE A BACTÉRIA STAPHYLOCOCCUS AUREUS NA MUCOSA NASAL E MÃOS DE MANIPULADORES DE ALIMENTOS EM CURITIBA / PARANÁ / BRASIL Nasal and hands carriage of Staphylococcus aureus in food handlers in Curitiba , Parana State , Brazil. p. 27–32, [s.d.].

Staphylococcus aureus: na intoxicação alimentar

        Os alimentos são contaminados por bactérias patogênicas como resultado de deficientes condições de higiene durante seu processamento. As enfermidades de origem alimentar ocorrem quando uma pessoa faz a ingestão de alimentos contaminados com microrganismos ou toxinas, assim contrai a doença.

Staphylococcus aureus é um importante patógeno devido a sua virulência, resistência aos antimicrobianos e associação a várias doenças, incluindo enfermidades sistêmicas potencialmente fatais, infecções cutâneas, infecções oportunistas e intoxicação alimentar (LOWRY, 1998).

Esta bactéria habita frequentemente a cavidade nasal sendo parte da microbiota humana normal, e a partir desse local atinge tanto a epiderme e feridas como ar, água, solo, leite, esgoto e qualquer superfície e objeto que tenha entrado em contato com o homem.

Para causar intoxicação alimentar, o S. aureus contamina o alimento em temperaturas ambiente ou mais elevadas, ocorre a liberação de enterotoxinas que causam a intoxicação, ou seja, a ingestão do alimento com a toxina (enterotoxina) pré-formada causa a intoxicação alimentar. Portanto, o agente causador não é a bactéria, mas as enterotoxinas produzidas por ela. A intoxicação alimentar por S. aureus é de início abrupto, com período de incubação curto, geralmente de 2 a 4 horas após a ingestão do alimento contaminado. Geralmente a sintomatologia é restrita ao trato intestinal, com náuseas, vômitos, dores abdominais, diarreia e sudorese.

A enterotoxina causa um processo de enterocolite, sendo sua intensidade diretamente proporcional à quantidade de toxina ingerida. As enterotoxinas são termorresistentes, e isto é importante para as indústrias alimentícias, pois a maioria dos alimentos processados sofre algum tratamento térmico durante o processamento. Por exemplo, a pasteurização do leite destrói o Staphylococcus aureus, mas não inativa a toxina, caso esteja presente.

Costumam ser agentes de intoxicação estafilocócica o leite, cremes, tortas recheadas com creme, saladas de batata, atum, frango, presunto (cru ou cozido) e outras carnes cozidas. Essa bactéria tolera elevadas temperaturas (47,8ºC) e concentrações de NaCl e nitratos (10 a 20%), e em relação ao pH crescem na faixa de 4 a 9,8 (ideal entre 6 e 7).

Os portadores nasais e manipuladores de alimentos que apresentem feridas infectadas com S. aureus nas mãos e braços são importantes fontes de contaminação do alimento. Com isso, foram escolhidos artigos para desenvolver esse trabalho que mostram a relação dos manipuladores de alimentos com o S. aureus e a contaminação de alimentos. Como esta bactéria habita as mucosas é de grande relevância a higienização, principalmente o procedimento de lavagem correta das mãos e o uso de luvas no que se refere a alimentação.

Os artigos aqui citados tratam de oferecer informações relevantes sobre a forma de infecção e os ambientes que esta bactéria se sente confortável. Podemos então comparar tanto as metodologias aplicadas como assim o objetivo proposto do trabalho e os resultados obtidos.

O artigo “Pesquisa sobre a bactéria Staphylococcus aureus na mucosa nasal e mãos de manipuladores de alimentos de CURITIBA/PARANÁ/BRASIL” foi realizada em uma Unidades de Alimentação e Nutrição (restaurante, cozinha hospitalar e indústria) e além da coleta de amostras houveram questionamentos como: idade e função na unidade, ainda foi visualizada a metodologia aplicada pelos trabalhadores para a lavagem das mãos. Houve padronização na forma de coletar amostras da mucosa e pele (narina direita e mão direita) com swab estéril. Já o artigo “Prevalência de Staphylococcus aureus em manipuladores de alimentos das creches municipais da cidade do Natal/RN” onde foram visitadas 48 creches, sendo que foi traçado um perfil socioeconômico para os que participaram, respondendo a escolaridade, número de cômodos em suas residências entre outras questões relacionadas.

Podemos então evidenciar as diferenças entre as metodologias alegando que o primeiro artigo citado se prendeu mais ao meio prático, observando a lavagem das mãos dos trabalhadores, buscando relacionar esta prática com os resultados obtidos. Já o segundo artigo entra em outra via, ao fazer questionamentos acerca do modo de vida das pessoas.

Para fazer a determinação dos resultados a partir das amostras coletadas o primeiro estudo resolveu fazer cultura em ágar manitol, nas colônias em que houve suspeita de presença de S. aureus fez-se coloração Gram, após aquelas que ainda possuíam possibilidade de ser a bactéria em questão foram submetidas a prova de catalase de acordo com as lâminas, de acordo com Pilonetto e Pilonetto, e ainda passaram pela prova de coagulase para confirmação.

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