Uma perspectiva de negócio para a indústria, um campo pouco explorado pelos farmacêuticos
Por: Camille Santos • 30/3/2022 • Resenha • 686 Palavras (3 Páginas) • 104 Visualizações
[pic 1] UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - Curso de Farmácia - Disciplina: Farmacognosia I
Discente: Maria Camille de Jesus Santos
ANÁLISE CRÍTICA
O artigo Produtos fitoterápicos: Uma perspectiva de negócio para a indústria, um campo pouco explorado pelos farmacêuticos, publicado na revista Infarma, volume 16, n°9-10, no ano de 2004, dos autores Juceni Pereira de Lima David, Jorge Antonio Píton Nascimento que são docentes do Departamento do Medicamento, Faculdade de Farmácia da Universidade Federal da Bahia e Jorge Mauricio Davi que é docente do Departamento de Química Orgânica do Instituto de Química, Universidade Federal da Bahia, abordaram uma de forma clara sobre uma área farmacêutica que tem grande potencial, que é a fitoterapia, devido a vasta diversidade inexplorada de plantas, podendo potencializar a indústria para a produção de novos fármacos para diversas doenças.
Começaram dando uma introdução, mostrando que na antiguidade já se fazia o uso de diferentes espécies de plantas utilizadas para a alimentação e o tratamento de diversas doenças dos humanos e que desde então a extração de substâncias das plantas para uso farmacológico se tornou de grande importância para a indústria. Ainda abordaram que mesmo com perda de espaço para fármacos de origem sintética ainda há pesquisas e desenvolvimentos fitoterápicos crescendo nos últimos anos, principalmente áreas de anticancerígenos e antivirais.
Além de instigar estudantes e farmacêuticos para essa área, mostrando que fitoterápicos têm grande potencial farmacêutico e econômico, tanto que grandes potências mundiais como EUA e Japão são os países que mais trabalham com os isolamento e testes de substâncias bioativas mesmo não possuindo a maior parte de florestas tropicais, mostrando o potencial industrial que os fitoterápicos possuem, para o Brasil, deter grande quantidade e diversidades de plantas, principalmente plantas nativas, gera um grande potencial para produzir fitoterápicos novos, influenciando pesquisadores brasileiros a seguir esse campo.
Além disso, os autores expuseram cálculos e acredita-se que com a grande diversidade de espécies de plantas existentes nas florestas tropicais do mundo, aproximadamente 250 mil espécies, possam ser criados cerca de 328 novos fármacos, podendo ser um número ainda maior, pois alguns pesquisadores estimam que há cerca de 600 mil espécies nas florestas, esses 328 novos fármacos a serem descobertos tem potencial para gerar cerca de 147 bilhões de dólares.
Mas não apresentaram só a parte vantajosa, evidenciaram uma parte complexa, a produção para novos fármacos, que dura em torno de 10 anos, uma fase de pesquisas e desenvolvimento que não geram lucros, também por alguns componentes de misturas das plantas não serem conhecidos, há uma dificuldade para criar uma padronização de fitoterápicos. Porém, os autores contornaram esse expondo as partes vantajosa, que mesmo com essas adversidades, a padronização já é feita a partir de substâncias marcadoras de extratos e que além desse método, há também a fitoequivalência, que consiste principalmente na criação de perfis químicos qualitativos e quantitativos dos componentes, para comprovar se são farmacologicamente equivalentes, também que a partir da produção e vendas, que acontece depois dos 10 anos de pesquisas e desenvolvimento, o lucro começa a crescer.
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