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A atuação da fisioterapia no tratamento e prevenção da incontiência urinária

Por:   •  16/10/2017  •  Projeto de pesquisa  •  2.731 Palavras (11 Páginas)  •  1.000 Visualizações

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A atuação da fisioterapia no tratamento e prevenção da incontinência urinária em mulheres idosas – uma revisão de literatura.

Alessandra Harumi Funatsu

Vanessa Megumi Ychihara

RESUMO

A incontinência urinária é definida como a perda involuntária da urina pela uretra, sendo na terceira idade mais frequente, decorrente do envelhecimento que traz alterações que interferem na força de contração da musculatura detrusora, pois a capacidade vesical e a habilidade de adiar a micção é reduzida, tanto em idosos do sexo masculino quanto feminino. Os principais fatores associados são: alterações hormonais, cognitivas, constipação intestinal, imobilidade, atrofia dos músculos do assoalho pélvico, doenças crônicas e aumento do índice de massa corpórea. O presente trabalho, se trata de uma revisão de literatura, na qual foram levantados artigos publicados entre 2007 e 2015 que abordam a intervenção da fisioterapia na incontinência urinária. A área da fisioterapia na geriatria tem papel importante na prevenção e tratamento das alterações decorrentes da incontinência urinária. A abordagem fisioterapêutica na incontinência urinária se baseia em técnicas de exercícios para a reeducação da musculatura do assoalho pélvico e seu fortalecimento, utilizando a eletroestimulação neuromuscular, cinesioterapia, cones vaginais, modificação comportamental e biofeedback. Podemos concluir com o presente trabalho, que os tratamentos que mostram melhores resultados são a cinesioterapia e a eletroestimulação promovendo melhora dos sintomas que a paciente apresenta, melhorando sua qualidade de vida.

ABSTRACT

Palavras-Chave: assoalho pélvico, fisioterapia, incontinência urinária, prevenção, saúde do idoso, tratamento fisioterapêutico

Introdução

A incontinência urinaria é a perda involuntária da urina pela uretra, sendo na terceira idade mais frequente, decorrente do envelhecimento que traz alterações que interferem na força de contração da musculatura detrusora, pois a capacidade vesical e a habilidade de adiar a micção é reduzida, tanto em idosos do sexo masculino quanto feminino [1,2].

A pressão máxima de fechamento uretral e as células da musculatura estriada do esfíncter alteram-se predominantemente nas mulheres, além de outras doenças que podem estar relacionadas as alterações que acometem a incontinência urinária. O sexo feminino, em relação a raça, acomete mais mulheres brancas que as negras [3].

Na população de idosas, os principais fatores que podem contribuir para o aparecimento da incontinência urinária são: alterações hormonais, alterações cognitivas, constipação intestinal, imobilidade, atrofia dos músculos e tecidos, lentificação da resposta funcional do sistema nervoso e circulatório, diminuição da capacidade da bexiga, doenças crônicas e aumento do índice de massa corpórea. A incontinência afeta mulheres em diferentes idades, as causas desse sintoma podem ser muitas, mas a mais comum é a idade e a paridade, isso quer dizer, o número de partos e a idade mais avançada. Estudos em relação ao Brasil, indicam que entre 26,2 e 35 % das mulheres no período pós menopausa apresentam incontinência urinária (alterações hormonais) [4].

Para que não ocorra a incontinência urinária é necessário que haja um funcionamento adequado do aparelho urinário inferior, que implica integridade anatômica dos centros e vias venosas, que coordenam a musculatura lisa e estriada do aparelho urinário e pavimento pélvico [5].

A área de fisioterapia na geriatria tem papel importante na prevenção, inibição e evolução do quadro, mantendo a qualidade de vida do idoso. Uma das doenças mais acometidos nessa área é a incontinência urinária. A fisioterapia na incontinência urinaria da idosa utiliza técnicas de exercícios para aquisição do fortalecimento muscular, além da reeducação da musculatura do assoalho pélvico e seu fortalecimento, utiliza-se eletroestimulação neuromuscular, cinesioterapia, cones vaginais, modificação comportamental e biofeedback [5].

Dentre tudo, as orientações são necessárias, onde inclui-se mudanças de hábitos alimentares, como a diminuição da ingestão de cafeinados, excesso de líquidos antes de dormir, frutas ácidas, achocolatados e refrigerantes. Esses são considerados irritantes vesicais e por isso podem agravar os episódios de perdas urinárias, portanto tais mudanças devem ser estimuladas [6].

Há testes para avaliação do assoalho pélvico como: a eletromiografia, o estudo histomorfológico por biópsia muscular ou avaliação clínica pela palpação bidigital vaginal, perinêometro e cones vaginais [6].

Em relação aos exercícios, as pacientes podem utilizar de contrações longas ou curtas, sendo as longas ficando em posição deitada de costas ou de lado com as pernas afastadas e o tórax relaxado, levantar o assoalho pélvico e sentir a contração conforme os esfíncteres são apertados e a passagem interna se torne estreita e tensa, prendendo por 10 segundos e relaxando a musculatura completamente [6].

Para contração mais rápidas o mesmo procedimento sendo a única diferente o tempo o qual será de 2 a 3 segundos de contração da musculatura [6].

Para que o tratamento seja eficaz, é necessário uma interação terapeuta-paciente, com total dedicação tanto daquele quanto desta, espera dela. As reavaliações devem ser periódicas para progredir com o programa de exercícios e de comando verbal do terapeuta que são imprescindíveis [6].

Com isso exercícios físicos como o fortalecimento do assoalho pélvico, as contrações corretas dos músculos perineais em concominância com a respiração adequada é de grande importância, pois a fisioterapia mostra-se eficaz na sustentação dos órgãos pélvicos e reforça a resistência uretral, dando condições para o equilíbrio do grupo muscular [6].

Portanto, este artigo tem o objetivo de destacar um conhecimento amplo sobre a atuação da fisioterapia na incontinência urinária, tanto no tratamento, quanto na prevenção, apresentando os tratamentos disponíveis, e com isso ajudar a aumentar a autoestima da população idosa contribuindo para sua interação social e melhoria na qualidade de vida.

Metodologia

        Trata-se de uma revisão de literatura, com busca eletrônica de publicações científicas na base de dados Scielo. Foram levantados artigos publicados entre 2007 e 2015, utilizando como os descritores “fisioterapia em idosas com incontinência urinária”, “tratamento fisioterapêutico em idosas”, “fortalecimento pélvico em idosas”, todos em língua portuguesa.

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