Atualização da Fisioterapia no Tratamento da Epicondilite Lateral em Praticantes de Tênis
Por: z1i2l3 • 19/11/2020 • Dissertação • 1.438 Palavras (6 Páginas) • 382 Visualizações
Olá, sou Zildete Sousa, acadêmica do curso de Fisioterapia, e vou compartilhar com vcs a cerca.
Atualização da Fisioterapia no Tratamento da Epicondilite Lateral em Praticantes de Tênis.
- CONCEITO:
É uma afecção dos tendões laterais do cotovelo e punho, que se inserem no epicôndilo lateral do cotovelo. E é principal causa de dor na região do cotovelo, sendo também conhecida por cotovelo de tenista. Tem como sintomas dor sobre o epicôndilo lateral, irradiada ao longo dos músculos extensores.E em atletas, a dor acontece geralmente maneira repentina e de rápida evolução. Já nos outros pacientes a dor inicia-se forma gradual e se tornam intensa e persistente, agravando-se por pequenos movimentos do cotovelo, o que faz com haja diminuição da força de pressão. O que pode inclusive impedir a realização das atividades de vida diária comuns como abrir a porta, escovar os dente,escrever, fazer a barba, agarrar objetos como um copo ou até mesmo num aperto de mão, nos quadros mais avançados.
- EPIDEMIOLOGIA:
Tem uma incidência de 1 a 3% da população;Acomete mais indivíduos entre 30 a 60 anos de idade; sendo que em 40 a 50% dos jogadores desenvolvem sintomas de Epicondilite lateral. E é 10 vezes mais comum que a Epicondilite Medial. Sendo comum tanto em esportistas, como também em trabalhadores submetidos a atividades que requeiram movimentos repetitivos.
- ANATOMIA: Do cotovelo é considerada uma das principais articulações do membro superior e uma das mais estáveis de todo o corpo, e é constituída por 3 ossos ( úmero, radio e ulna), que formam em conjunto 3 articulações que são envolvidas por uma cápsula articular, sendo dessa forma considerada uma articulação em dobradiça. FISIOPATOLOGIA: Acontece uma Degenerações angiofibrobástica,(LER) Lesões por esforço repetitivo; e Trauma na origem das musculaturas extensoras do cotovelo. Sendo o músculo extensor radial curto do carpo (ERCC) o mais acometido. É considerada uma doença ocupacional, que impossibilita o individuo na realização de suas atividades. É um estresse mecânico e conseqüente a um único trauma, ou mais freqüentemente, no caso do tênis, a vários micro-traumas OU uso excessivo da musculatura, levando os músculos a edemaciarem no antebraço criando um estresse altamente focalizado nas áreas de inserção dos tendões no cotovelo, e isso gera dor na parte externa do cotovelo, podendo se irradiar para o braço, punho e ombro, esses são os sintomas mais frequentes. A EP.L é Classificação em ESTÁGIONo 1ªocorre processo inflamatório,que é reversível sem alterações; No 2ª Estágio- estágio ocorre degeneração;já no 3 ª Estágio acontece uma como ruptura tendinosa; e por sua vez; No 4ª Estágio além das alterações do estágio III, terá presença de fibrose e também calcificação
- DIAGNÓSTICO: Acontece através da anamnese e exame físico, é possível identificar a patologia, e em alguns casos também é feito o uso de exames de imagens. O exame clinico é realizado por meio de: Palpação: em todo dorso do antebraço, até a inserção das musculaturas extensoras no epicôndilo lateral.Para um diagnóstico mais preciso é necessário a realização de testes ortopédicos, como o teste de Cozen e Mill. Durante o exame físico é comum dor na extensão ativa ou flexão passiva do punho, com o cotovelo em extensão. Teste de Cozen: O terapeuta orienta ao paciente, a posicionar o cotovelo em posição de 90° de flexão, e o antebraço em pronação, o mesmo deverá realizar uma extensão ativa de punho contra a resistência do examinador. O teste será positivo se houver dor relatado pelo paciente no Epicôndilo Lateral. Teste de Mill: O terapeuta orienta ao paciente a posicionar a mão fechada, punho em dorsiflexão, e o cotovelo em extensão, o examinador forçará uma flexão de punho contra a resistência do paciente. O teste será positivo se o houver dor no Epicôndilo Lateral. Há como opção os exames complementares de imagem, tais como: Radiografia: As radiografias de rotina do cotovelo são de pouco auxílio no diagnóstico da epicondilite. Cerca de 22% dos pacientes podem apresentar calcificações na região correspondente à inserção dos extensores no epicôndilo lateral. Contudo, esses achados não afetam o prognóstico e podem desaparecer após o tratamento. O exame é útil para exclusão de algumas anormalidades, como ex: artrose. Ressonância magnética: muito utilizado em casos refratários ao tratamento, serve para descartar outras patologias e técnica cirúrgica no momento, a ressonância magnética tem maior sensibilidade (entre 90% e 100%). E por último temos o:
- Ultrassom: é um exame auxiliar simples para avaliar tecidos moles, e pode demonstrar a presença de fluido hipoecogênico (lesão de baixa densidade, geralmente formada por líquidos, gordura ou tecidos poucos densos), subjacente ao tendão extensor comum dos dedos, laceração e também microrrupturas do tendão, e diminuição de ecogenicidade (capacidade própria de um tecido de refletir ondas ultrassónicas e de produzir eco)
- TRATAMENTO:
- Há uma grande gama de tratamentos que podem ser realizados dentro da fisioterapia, nos quais tem como objetivo evitar e/ou tratar o avanço da patologia, os tratamentos conservadores promovem a diminuição do quadro álgico, relatado como queixa principal dos pacientes. São diversos os recursos oferecidos na área da fisioterapia, através da kinesio taping, exercícios terapêuticos, eletroestimulação, iontoforese e fortalecimento muscular, e também repouso.O objetivo desse estudo é apontar eletroterapia e as terapias manuais, para o tratamento da EP.L .Como exemplo da eletro temos:
- LASER: O laser de baixa potência tem indicação em casos de tendinopatias, Uma vez absorvida pelos tecidos, a radiação do laser leva à liberação de substâncias, como histamina, serotonina, bradicinina e prostaglandinas,que são relacionadas com a dor, bem como pode modificar as atividades celulares e enzimáticas, inibindo-as ou estimulando-as.O principal efeito do laser é a manutenção do potencial de membrana celular, o que impede que os estímulos dolorosos se propaguem a centros nervosos
- ULTRASON: Pacientes com epicondilite lateral crônica, utilizando o modo pulsátil, de baixa intensidade. Os resultados encontrados apresentaram grande tamanho de efeito, nos casos de protocolos utilizado o ultrassom pulsado associado à cinesioterapia, foi determinante para a diminuição do quadro álgico e melhora da funcionalidade dos indivíduos com epicondilite lateral crônica.
- TENS: Para promover analgesia, deve ser aliando a fisioterapia convencional realizando atividades combinadas para alivio da dor.
- TERAPIAS MANUAIS:
- TÉCNICAS DE ALONGAMENTO: Sua função é recuperar o comprimento funcional das musculaturas, possibilitando o alívio de tensões e melhoramento na amplitude de movimento, além o ganho de propriocepção.
- MOBILIZAÇAO NEURAL: Diminui quadros álgicos e restabelece a mobilidade dos segmentos corporais do sistema nervoso periférico. Os efeitos mecânicos e fisiológicos desta aplicação vão promover a melhora da mobilidade e redução de aderências do tecido neural, melhora da condução nervosa, restauração do movimento articular, elasticidade, flexibilidade, aumento do fluxo sanguíneo e axoplasmático, e redução do processo inflamatório.
- MASSAGEM PROFUNDA TRANSVERSAS: A utilização terapêutica das fricções profundas apresenta efeitos benéficos nas lesões musculares, tendinosas e ligamentares .As fricções transversas atuam num maior aporte sanguíneo para os tecidos mal vasculariza, fazendo com que esse tecido tenha uma maior nutrição.
- MULIGAN: Como articulação pode ocorrer falhas posicionais levando a lesão, e isso atribui para que aja o desenvolvimento da epicondilite. O Muligan contribui na redução dor, aumento na amplitude de movimentos, e na recuperação da força de pressão da mão, pois oferece o alimento articular, e recuperação da dinâmica funcional.
- METOLOGIA:
- O presente estudo caracterizou-se por revisões literárias de artigos bibliográficos que abordavam o tema epicondilite lateral, publicados nas bases de dados Scielo e Lilacs .Foram utilizados os descritores: Epicondilite Lateral; Dor; fisioterapia e Cotovelo de Tenista. Foram encontrados 46 artigos, dos quais lidos 18, e utilizados 5 artigos. Os estudos foram publicados entre os anos de 2009-2018 na língua portuguesa. E objetivo da análise dos textos foi para obter informações consistentes sobre o assunto tratado e os artigos incluídos abordavam a atuação da fisioterapia no tratamento conservador da EP. L.
- RESULTADOS e DISCUSSAO: A EP. L do cotovelo tem sido tratada com eficácia com métodos conservadores da fisioterapia, entre eles terapia manual e eletrotermofototerapia associada à iontoforese, para a diminuição do quadro álgico e aceleração do tempo de recuperação. Embora, diante do tratamento disponível, e havendo a diminuição ou ausência da dor, é necessária que o paciente der continuidade a terapia com a finalidade de obter total restabelecimento do tecido.
- CONCLUSAO: Conclui-se que a EP. L é uma patologia causada por micro-traumas, que resulta em degeneração do tecido, e quando não tratada no início pode leva o indivíduo à incapacidade funcional. Entre as diversas opções de tratamento, os mais utilizados dentro da área da fisioterapia são: a eletroterapia e terapias manuais. Ressaltando que há escassez de literaturas que comprovem a efetividade do tratamento.
OBRIGADA, E ATÉ A PROXIMA.
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