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BACTÉRIAS E SUA CAPACIDADE DE REGULARIZAÇÃO TÉRMICA

Por:   •  11/9/2020  •  Trabalho acadêmico  •  494 Palavras (2 Páginas)  •  230 Visualizações

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Resumo do Artigo.

As bactérias se adequam as diversas condições de ambientes (como a temperatura, por exemplo) para poderem sobreviver, a membrana plasmática atua justamente como barreira entre essas bactérias e o ambiente. Essa função de ‘’barreira’’ da membrana depende do estado físico das bicamadas lipídicas. A maioria dos organismos têm suas bicamadas lipídicas extremamente fluidas em temperaturas fisiológicas, a mudança para um estado de maior temperatura é chamada de transição de fase lipídica (ordem-desordem). Em temperaturas mais baixas, passam para um estado não fluido das cadeias acído graxas. Sendo a temperatura no ponto médio chamada de temperatura de transição.
Há uma regra que diz que os fosfolipídios que contêm ácidos graxos insaturados têm temperaturas de transição muito menores que as dos lipídios feitos de ácidos graxos saturados devido ao empacotamento diferente dos dois tipos de cadeias. As cadeias de ácidos saturados se compactuam muito mais firmemente do que as de ácidos graxos insaturados devido a obstáculos estéricos, forçando que as bactérias e organismos que dependem da temperatura para sobreviver regulem suas transições para que mantenham sua fluidez apropriada.
Esse mecanismo de regulação pode ocorrer por meio da incorporação de mais ácidos graxos insaturados à medida que a temperatura diminui e vice-versa.
O artigo discute os mecanismos de alterações da bactéria conhecida como E. coli, que contém em sua composição simples três fosfolipídios com três cadeias de ácidos graxos diferentes.
Notaram que essa bactéria ajusta sua composição em relação a diminuição da temperatura aumentando a quantidade de ácido vacênico (ocupa a posição 1 da estrutura) e reduzindo a quantidade de ácido palmítico (ocupa a posição 2) na membrana. À medida que a temperatura diminui, o ácido vacênico compete com o palmítico pela posição 1, acredita-se que dessa forma o organismo regule a fluidez da membrana parar otimizar suas funções, que requerem enzimas produtos de FABA, FABB, FABF. FABA é a enzima chave da via anaeróbia de síntese de ácidos graxos insaturados, enquanto FABB é utilizado para expandir o produto de FABA ao carnono 12. O FABF é utilizado para converter espécies insaturadas do carbono 16 para o carbono 18. Observações como essas que renderam a descoberta de que, na verdade, a regulação térmica da fluidez da membrana dessa bactéria era resultado da atividade da enzima de condensação FABF. Bactérias em que essas enzimas sofrem mutações são incapazes para regular o conteúdo dos ácidos graxos insaturados, mas são viáveis em baixas temperaturas, embora que em situações de elevada pressão hidrostática não seja, devido a necessidade da enzima FABF para sobrevivência no fundo do mar.
Foi observado também que a superprodução da enzima de condensação FABB (embora catalise mal o alongamento do ácido palmitoléico) produz um aumento dos níveis de ácido vacênico independente da temperatura de crescimento, demonstrando que a enzima FABF é a única responsável pela modulação térmica da fluidez dos fosfolipídios da bactéria em estudo, sendo incapaz de controlar termicamente a composição lipídica da membrana.
Os autores sugeriram que a perda desse mecanismo se deve à falta de seleção ambiental.

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